Em uma sala onde você consegue ouvir apenas o som da caneta caminhando através do papel, a pressa dos oficiais indo e vindo e às vezes a voz de um jovem rapaz dando as instruções e a voz de um assessor responsável, a porta foi repentinamente aberta, escancaradamente.
A pessoa que chegou e abriu a porta sem avisar, não foi ninguém menos que a Princesa Herdeira, esposa do Príncipe Herdeiro, Mariana. Ninguém culpou Mariana, a qual repentinamente abriu a porta, e entrou sem nenhuma intervenção. Apesar de pessoas que estavam lá dentro terem ficado surpresas com o barulho da porta se abrindo, tão logo eles viram que era Mariana, eles imediatamente retornaram ao trabalho de uma maneira calma, como se nada tivesse acontecido.
Enquanto isso, apenas Rizban virou seu olhar para Mariana e sorriu com alegria:
— O que houve com a minha amada Rainha?
— Você não deveria estar me perguntando isso...Quantas vezes mais isso vai acontecer? Eu pensei que eu já tivesse dito a Vossa Alteza muitas vezes... E eu achei que já tivesse pedido no nosso noivado também...
Mariana estava com seus ombros balançando, como se ela estivesse contendo sua raiva, mas Rizban apenas sorriu e incentivou Mariana a continuar com suas palavras:
— Vossa Alteza, eu direi isto novamente...
— O que é?
Mariana olhou para Rizban, o qual continuou a se fazer de desentendido, e disse vagarosamente:
— Você conhece a palavra “limite”?
— Claro que eu conheço. Há muitos assuntos governamentais que podem ser difíceis se você errar.
— Então, porque o meu quarto de vestir está naquela situação?
— Claramente isso foi decidido porque eu ordenei que tivessem vestidos para ti, minha amada Princesa.
— Você conhece a palavra “limite”, certo?
— Você sabe que eu conheço, não sabe? Com que você está tão brava? Um sorriso fica melhor no rosto da minha fofa Rainha. Apesar de claro, a tua cara de brava ser fofa também!
Por conta de Rizban, que continuou sorrindo Mariana conteve ainda mais a sua raiva e respirou bem fundo.
— Tudo bem, então. Será que você pode por favor me dizer por que colocou tantos vestidos no meu quarto, que eu quase não consigo entrar nele?!
Rizban gentilmente pegou na mão de Mariana, a qual ela geralmente utilizava para bater na escrivaninha dele, e a beijou
— Você não pode bater na mesa... Isso machucará a tua mão.
— Eu não me importo com isso agora
— Isso não é bom, eu não posso deixar ninguém machucar a minha amada... nem que seja você mesma. Veja, ficou vermelha.
Após dizer aquilo, Rizban beijou a palma de Mariana uma vez mais, mas não conseguiu mais esconder seu ressentimento.
— Eu não me importo com a minha mão! Mesmo que eu trocasse de roupa todos os dias, eu ainda seria incapaz de usar todos aqueles vestidos! Você não sabe o quanto aquilo é um desperdício? Por favor, não gaste mais dinheiro!
— Isto não é um desperdício. Eu trabalhei duro para juntar dinheiro apropriadamente para te comprar coisas. Se você diz que não precisa de mais vestidos, então eu procurarei por joias que combinem com os vestidos que eu lhe enviei. Não importa o que você vista, ou que você coloque, eles combinam contigo, e isso os fazem valer a pena.
O Rizban que descobriu qual seu próximo presente estava muito feliz, e Mariana, que o disse muitas vezes desde o início do noivado deles, soltou as mesmas palavras:
— Vossa Alteza, você conhece a palavra “limites”?
— Claro que eu conheço. Entretanto, não sei se há limites para os meus sentimentos por ti. Ah, é isso. Você está brava porque eu apenas te dou presentes, mas não fico contigo sempre, apropriadamente, huh?
— V - Você está errado...
Rizban sorriu grandemente e ficou em pé, atrás de sua mesa de escritório, e Mariana, que sentiu estar em perigo tentou fugir, mas Rizban já havia envolvido seus braços na cintura dela, de forma circular, e em seguida, a beijou.
— Ah... Espere...
A resistência de Mariana para se mover e protestar também foi em vão, e Rizban encontrou seus lábios deliciosamente, e a beijou profundamente.
Naquele momento, os assessores e funcionários ficaram atentos ao que estava acontecendo, e silenciosamente se levantaram de seus assentos.
Àquela altura Rizban já havia desfrutado completamente dos lábios de Mariana, e Mariana já estava mole e encostada em Rizban.
— Fufu... Teus lábios ainda continuam doces... Não há mais ninguém prestando atenção... Eu devo descansar por um instante?
Ao dizer isso, Rizban pegou Mariana, que se tornou fraca e a levou até o quarto de descanso, próxima ao escritório.
Depois disso, Rizban desfrutou completamente de Mariana por um tempo, e retornou ao escritório de bom humor, e retomou a aprovação de documentos.
Quando a empregada pessoal de Mariana foi chamada ao quarto de descanso, Mariana estava deitada na cama.
E as fracas palavras de protesto contra Rizban, se derramaram da boca de Mariana:
— Vossa Alteza... Longe do limite... Você também conhece a palavra “descanso”?
Nenhum comentário:
Postar um comentário