sexta-feira, 19 de abril de 2024

Introdução à Moda Feminina Japonesa

Hoje, neste blog, vou falar um pouco sobre a moda japonesa e apresentar alguns de seus estilos e sub-estilos, a maioria deles vista em Harajuku, considerada o centro da moda no Japão


Lolita

Lolita é um estilo que começou na década de 1980 em Harajuku e se expandiu na década de 1990, sendo considerada uma subcultura. Em linhas gerais, as lolitas utilizam vestidos com rendas e rodadas na altura do joelho, com anáguas e acessórios delicados, como laços, cintos, fitas, por exemplo. 

As estampas são as mais variadas, assim como a paleta de cores, que vai do pastel até as mais sóbrias, a depender do sub-estilo ou tema proposto. 

Existem algumas que se vestem de uma única cor, como preto, branco, vermelho, azul ou cor-de-rosa. Outras, se vestem com temática, que varia de acordo com cada sub-estilo, como militar, marinheira ou de kimono. 

Alguns não são oficiais, porém utilizados por algumas pessoas, como Halloween Lolita e Easter Lolita, que se vestem com elementos que remetem a estas datas especiais 

No entanto, os principais sub-estilos são Sweet, Clássico e Gótico, como nas fotos abaixo:




Gyaru

“Gyaru” nada mais é do que a pronúncia japonesa para “girl” (“garota”, em inglês), mas são um grupo de meninas com um comportamento mais punk / grotesco, mesmo aquelas que desejam ser mais fofas, se vestindo como se fossem princesas, as chamadas Hime Gyaru, em que elas mais parecem uma boneca de plástico, de tão artificiais que aparentam. 

As maquiagens utilizadas são bem mais carregadas e os vestidos bem mais chamativos e volumosos, diferente das Lolitas que tem um visual mais delicado. Muitas gyaru fazem tratamento de pele para ficarem mais morenas ou mais claras, quase tão branca quanto a porcelana e usam perucas coloridas que chamam a atenção. 

Os sub-estilos variam de acordo com a temática

Alguns deles são: 

Kogyaru / Kogal: Meninas que se vestem de uniforme escolar japonês mais customizado. 

Mori Gyaru / Mori Girl: As “garotas da floresta”, que possuem um estilo que remete à natureza 

Gothic Gyaru: Garotas no estilo gótico, com roupas e acessórios basicamente pretos, ainda com maquiagem carregada da mesma cor. 

Onee Gyaru: Uma versão mais madura das gyaru, com peças de roupas mais básicas. 




Girly 

Girly significa literalmente “feminino”, “relativo à garota”. É o estilo mais básico voltado para as meninas, com peças de roupas simples e uma paleta de cores nos tons pasteis e com estampas delicadas que podem ser florais, xadrez ou outro detalhe que combine com o visual. 

Os sub-estilos mais conhecidos são: 

Casual: o mais simples, como descrito acima. 

Natural: Usam tecidos de origem natural e possuem temática mais clean, apostando no branco e tons pasteis bem claros 

Retro: Usam cores mais sóbrias e estampas xadrez ou que lembram épocas antigas 

Dark: Quando o preto entra em ação 

Otona Girly: uma versão mais madura desse estilo 

French Girly: Inspirado na moda francesa, usam cores neutras e monocromáticas como preto, branco e cinza 

Sweet Girly: Um sub-estilo mais fofinho, com peças de roupas com rendas , com lacinhos e fitas, sendo o sub-estilo mais popular do girly. 




Kawaii 

Muitos já devem ter ouvido essa palavra, que significa “fofo” em japonês. O estilo é realmente fofo, às vezes, até demais, com decorações e elementos que eu penso serem exagerados, utilizando até estampas com desenhos de anime ou demais personagens. Alguns estilos próprios como Fairy Kei, Decora e Yume Kawaii se enquadram nessa categoria. 

A seguir, vamos ver cada um deles: 

Fairy Kei: Literalmente “estilo fada”, é um estilo bastante colorido e infantil, baseado em fadas, contos de fadas e elementos fantásticos como unicórnios, arco-íris e estrelas. A paleta de cores é toda pastel, e pelas combinações, o visual se torna bem fofo! 

As estampas geralmente são de personagens dos anos 1980, seja de animes dessa época ou de desenhos animados ocidentais, como os My Little Pony. Camisetas com ursinhos fofos também estão incluídos nas opções. 

Além disso, usam também roupas com estampas de bolinhas ou listradas, dependendo do gosto da pessoa 

Entre os acessórios estão: lacinhos, presilhas de cabelo de diferentes formatos e óculos coloridos. A make é bem tranquila e delicada (ou pelo menos, deveria ser) e os cabelos incluem cores chamativas, como pintar (ou usar perucas) de azul ou rosa. Há quem deixe seu cabelo da cor natural, como castanhos ou pretos. 


Decora: É um estilo que surgiu em meados de 2000 cujo nome provém da palavra “decoration” (decoração, em inglês), sendo bastante colorido e espalhafatoso, mostrando a que veio com suas cores e estampas chamativas dos mais variados tipos. É considerado a base do estilo Pop Kei e do sub-estilo Decora Lolita, ou Deco Loli. 


Yume Kawaii: Yume Kawaii é um estilo fofo que surgiu em 2013, sendo um pouco mais casual que o Fairy Kei, cuja temática tem tudo a ver com “sonhos”, como as estrelas, nuvens e elementos celestes, sendo a base para os acessórios e estampas em tons pasteis.  

O estilo em questão foi influenciado pelos desenhos e animes de garotas mágicas da década de 1990, como a Sailor Moon. Algumas se vestem de maneira mais casual, com estampas de animes


Pop Kei 

É um estilo de cores vivas, como rosa-choque, amarelo fluorescente e preto. As estampas podem ser de listras ou bolinhas e o diferencial deste estilo é combinar várias delas, algo que também vemos no Decora. 

Algumas pessoas, às vezes, utilizam tons pasteis em suas combinações, havendo certa similaridade com o Fairy Kei, mas o diferencial do POP é ter cores vibrantes em sua paleta. 

Há quem use meias listradas e chamativas e cabelos coloridos, por vezes com mechas e mais de uma cor.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Historinhas com a dona Xepa

 

O  personagem Xaveco, apesar de secundário (sendo sempre zoado por isso), tem a família mais completa da Turma da Mônica, incluindo a sua avó paterna, dona Xepa, uma senhora que, por conta de sua idade, vive em uma cadeira de rodas para se locomover e confunde os nomes de seus dois netos, Xabéu e Xaveco, gerando comédia nos quadrinhos, pois o mais nunca é lembrado! 

Ela é bem geniosa, e às vezes bate nos outros com sua bengala. Em alguns momentos, entra em conflito com a ex-nora, Xarlene, nos quais vemos seus momentos de braveza, sobrando para seu filho, Xavier Lorota, resolver a situação.

Ainda assim, ela consegue ser alegre e se divertir com a Turma, interagindo com Mônica, Cebolinha, Marina e outros. Apesar de idosa, ela gosta de atividades radicais e com muita agitação, dizendo que Xaveco não tem tanta imaginação para fazer algo com ela, pois só a leva ao campinho. 

Aqui, vamos comentar algumas das histórias em que a avó Xepa é a protagonista. A lista contém spoilers, então leia por sua conta e risco. 


A Avó do Xaveco (Cebolinha nº08, 2007) 

Essa é a história de estreia da dona Xepa, quando ela mandou uma carta para voltar ao Limoeiro. Nela, vemos a falta de memória da idosa e sua língua afiada. Ela não reconheceu o Xaveco e nem a Xarlene, mas estranhamente reconheceu o Cebolinha. 



Ela implicou com a ex-nora, com Magali, e confundiu os netos, deixando Xaveco bravo. O comportamento dela é reprovado por seu filho Xavier, que se estressa e se envergonha com as atitudes da mãe, que até tentou empurrá-lo para a dona Cebola, sem saber que ela era casada.




No fim, descobrimos que tudo não passou de um mal entendido, porque a dona Xepa não queria que os outros sentissem sua falta. Mas é claro que tinha que acabar em confusão (de novo!) 

O roteiro foi elaborado por Emerson Abreu, também responsável por criar a dona Xepa e dar uma família para o Xaveco. Nos quadrinhos, vemos as expressões exageradas e a comédia marcante, características do escritor. 


Adivinha quem é o novo dono da rua? (Cebolinha nº11, 2016)

É a história em que Xaveco pensa ser o dono da rua, finalmente conseguindo deixar sua vida de personagem secundário para trás. A dona Xepa aparece apenas na segunda parte da história, dizendo que a rua é “da sua netinha”, confundindo mais uma vez seus netos. 


A verdadeira dona da rua (Cebolinha 28, 2023)

Esta é a história em que Cebolinha pensa que a dona Xepa é a verdadeira dona da rua, e que, portanto, não pertence à Mônica. No fim, tudo não passa de um mal entendido, pois Dona da Rua era o nome de uma peça de teatro que a dona Xepa encenou quando mais jovem. 

No mais, vemos a doce amizade entre dona Xepa e Cebolinha, e a preferência da idosa por atividades radicais e com adrenalina (Ela topa até mesmo, um plano infalível) 


Antigas novidades (Cebolinha nº03, 2021) 

É uma história que protagoniza a avó Xepa e seu neto Xaveco. De quebra, também aparecem seu pai Xavier e sua mãe, Xarlene! O garoto foi encontrar a tia Anita, irmã gêmea da avó Xepa, que mora no sul. Elas discutem o que aconteceu no carnaval de 1998 e continuam de onde pararam. 

A tia Anita é tão doida quanto a dona Xepa e também confunde Xabéu e Xaveco, para a infelicidade do menino.

Ambas possuem personalidade forte e batem boca, mas, no fundo, se dão bem. A diferença entre elas é que a dona Xepa usa uma cadeira de rodas, enquanto Anita consegue andar normalmente 


A Fórmula da Juventude  (Turma da Mônica nº46, 2023)

É uma história que protagoniza os personagens Franjinha, Xaveco e Dona Xepa. 

A idosa tomou a Fórmula da Juventude, inventada pelo Franjinha, pois a confundiu com um suco de morango, virando criança novamente, sendo apelidada de Xepinha. Assim, ela começou a brincar com as crianças do Limoeiro, como Mônica, Magali e Cascão, tendo um dia cheio de descontração e diversão, como não havia tido faz tempo. 

Um dia com a dona Xepa (Mônica nº46, 2023)

É uma história em que Xaveco pede para Mônica cuidar de sua avó Xepa. No início, a garota não gosta da ideia, mas depois, passam o dia juntos fazendo várias coisas diferentes