terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

[Resenha] The Bride of the Water God #4 - Yoon Mi Kyung

Informações Gerais: 
Título: The Bride of the Water God 
Autora: Yoon Mi Kyun
Volume: 4
Capítulos: 22 a 29
Ano: 2007
Tipo: Manhwa
Gênero: Fantasia,  Slice of Life, Histórico, Romance, Shoujo e Drama 

Boa noite, pessoal! Já faz um tempo deste que eu postei minha última resenha, certo? Agora volto a falar da série The Bride of Water God, um manhwa da autora Yoon Mi Kyung

Neste 4° volume tudo começa com conflitos entre Soah e seu pai, com seu "amigo" para defendê-la. Soah passar por muitas indecisões e confusões em sua mente ao longo dos capítulos, sempre com uma dose de romance para suavizar a trama e torná-la ainda mais emocionante 

Soah decidiu se casar com seu amigo de infância que pediu-lhe em casamento. O problema é que a garota não tem sentimentos fortes pelo rapaz além da amizade. O grande momento é a volta da protagonista ao Reino das Águas, que acontece de forma inesperada. É no Reino das Águas que acontecem cenas românticas entre o casal principal e muitas revelações que deixam Soah confusa 

Ela precisa saber em quem e no que confiar, já que mais de uma pessoa fala com ela sobre o mesmo assunto. Acontece que tem gente que é para desconfiar mesmo...
E apesar de ela se lembrar de Habaek (uma coisa boa, finalmente se lembrou dele), ele ainda não sabe de sua dupla-identidade, o que mexe demais com o seu psicológico. 

E, além de muitas confusões e uma grande inimiga, ainda há Nakbin, o antigo amor do Deus das Águas...

E agora, como tudo ficará para a nossa heroína? Estou ansiosa para as próximas emoções! 

Considerações: 
Na trama, neste volume foram mencionais alguns mitos/lendas asiáticas também presentes na Coreia como a da Flor de Lycoris e a "Linha Vermelha do Destino", tal como uma lenda coreana do "Vaqueiro e a Tecelã" que diz que os amantes podem apenas se encontrar  uma vez ao ano, em um dia chamado "Chil-Suk", que é a sétima noite do sétimo mês do calendário lunar. Em uma outra oportunidade farei posts mencionando estas histórias! 

Minhas leituras de 2017 - Mês de Fevereiro

Aqui, listarei as minhas leituras do mês de Fevereiro deste ano. A postagem será atualizada sempre que houverem mais resenhas minhas! Espero que gostem das minhas recomendações e que também possam ter o prazer de ler tais histórias!

A) Japão 
Mangá
  1. Kaname Étoile - Kayoru 
  2. 1/2 Love - Kayoru 
  3. Shin Shunkaden - CLAMP 
Mangá (One-Shot) 
Mangá (Antologia/Coletânea de One-Shots) 
  1. Junai Bride - Kayoru 
  2. Sensei, Suki  - Aikawa Hiro 
  3. Sensei to Uwakichu- Fujinaka Chise 
Série de Mangá
  1. The Bride of the Water God (Volume 4) - Yoon Mi Kyun 
C) China 

Coletânea de One Shots 

sábado, 25 de fevereiro de 2017

[Conto Chinês] O Pintor do Céu

Há muito tempo, vivia no Sul da China, um velho pintor de muito talento. O que ele mais gostava de retratar eram rostos de crianças. Toda semana, pintava sete carinhas diferentes, uma para cada dia.
Certa noite, enquanto o pintor trabalhava, caiu uma tempestade horrível. Ele estava tão entretido em fazer o retrato de uma linda menina que nem percebeu que à sua porta surgira uma misteriosa figura. Ela atravessou o cômodo e quando chegou ao seu lado, disse:
Eu sou a Morte, e preciso levá-lo comigo hoje
O velho, porém, não ficou assustado. Pelo contrário, continuou a pintar, respondendo apenas:
Morte, por favor, diga ao Senhor do Céu que estou muito ocupado e não posso partir sem terminar meu retrato.
Surpresa com a atitude do pintor, a Morte aproximou-se do quadro. Ficou paralisada. O rosto que ele pintava era tão lindo e vivo que parecia-lhe sorrir. Emocionada, a morte foi-se embora. Quando chegou ao céu, o Senhor do Céu lhe perguntou:
Morte, o que aconteceu? Você voltou sozinha?
Senhor, me perdoe, mas não consegui interromper o velho mestre. Ele estava pintando um rosto tão lindo...
O Senhor do Céu ficou furioso com a morte:
O que é isso? Você nunca me desobedeceu! Volte já para a Terra e traga-me o pintor!
Mas quando a Morte chegou à casa do pintor, ficou novamente paralisada. Os quadros do velhinho eram tão maravilhosos que ela não queria que ele parasse de trabalhar. Porém, desta vez não poderia falhar, e pediu que o pintor apanhasse seu material e o quadro que estava pintando e a acompanhasse
Quando viu o quadro do velho, o Senhor do Céu compreendeu a atitude da Morte e disse:
Meu velho e sábio mestre, soube que na Terra você era um pintor célebre. Pois bem, vou permitir que continue a trabalhar no céu. E foi assim que o pintor se instalou no maravilhoso palácio celeste junto com o Espírito da Vida. Cada vez que o Espírito da Vida desejava fazer nascer um bebezinho, chamava o pintor para que ele criasse um lindo rosto. E é por isso que, até os dias de hoje, todas as crianças são belas, trazendo em suas pequenas faces o toque mágico do eterno mestre chinês, o pintor do reino dos céus
(História do folclore chinês)
Fonte: Livro “Lá Vem História”, de Heloisa Pietro, com ilustrações de Daniel Kondo. Editora Companhia das Letrinhas.  

[Conto Chinês] Wang-Fo e a magia da arte

Era uma vez um velho pintor chamado Wang Fo. Seus quadros eram tão perfeitos, tinham tanta magia, que, quando ele ia pintar um cavalo, por exemplo, pessoas lhe pediam para retratar o animal preso num cercado, pois, sabiam que, se Wang-Fo pintasse o animal solto nos campos, ele um dia fugiria do quadro galopando e nunca mais voltaria
Wang-Fo tinha um discípulo cujo nome era Liu. Certa manhã, ambos trabalhavam no ateliê, quando subitamente apareceram os guardas do rei e os prenderam sem explicações
“O que será que imperador quer de mim? ”, pensou Wang-Fo. “Por que enviou soldados que me tratam com tanta grosseria? ” Quando chegaram ao palácio, o pintor descobriu que fora chamado pelo jovem filho do imperador. O belo rapaz lançou lhe um profundo olhar de raiva e lhe disse:
Como vai, meu velho? Quer saber por que eu o chamei? Para contar-lhe que você arruinou a minha vida!
Mas como foi isso? Perguntou o velhinho com os olhos cheios de lágrimas O que foi que eu lhe fiz?
E o filho do imperador explicou:
Quando eu era menino, meu pai enfeitou meu quarto com suas pinturas. Vivi cercado pela beleza de suas paisagens e criaturas mágicas. Mas quando saí para conhecer o mundo real, detestei tudo que encontrei. Nada tinha a beleza de suas obras. Por isso, resolvi matá-lo, velho pintor.
Nisso, Liu, o discípulo que amava o mestre como a um pai, atirou-se contra os guardas para defendê-lo. Estes, imediatamente, lhe cortaram a cabeça. As lágrimas escorriam pelas faces de Wang-Fo.
Então, o filho do imperador continuou:
Mas antes de sua morte, quero que você pinte sua obra prima E ordenou aos guardas: Vamos, tragam a tela, pincéis e tinta para o velho!
Ainda chorando, Wang-Fo começou a trabalhar. Primeiro, pintou o mar. Estava tão concentrado em seu trabalho que não percebeu que as águas mágicas de sua pintura estavam inundando todo o palácio. De repente, ouviu a voz de Liu. Virou-se e o encontrou vivo, de pé ao seu lado.
Você não morreu, meu filho? Perguntou ao jovem.
Enquanto o mestre estiver vivo, eu jamais poderei morrer...Respondeu Liu. E acrescentou: Mestre, o senhor já percebeu que está inundando o palácio? Olhe só para os guardas e o imperador!
Só então Wang-Fo percebeu que eles flutuavam nas águas saídas de seu quadro. O pintor sorriu e disse:
Não se preocupe, meu jovem. Daqui a pouco tudo volta ao normal. Agora, vamos, chegou a nossa hora de partir
E Wang-Fo pintou um pequeno barco riscando o mar a azul, e dentro dele desenhou sua figura ao lado da de Liu. O filho do imperador nadou até o quadro. Mas só teve tempo de ver um barquinho deslizando e depois sumindo, levando o pintor e seu discípulo para outras terras, onde ninguém poderia alcançá-los e onde seriam muito mais felizes.

Fonte: Livro “Lá Vem História”, de Heloisa Pietro, com ilustrações de Daniel Kondo. Editora Companhia das Letrinhas.

[Conto Chinês] O Sábio Brincalhão

Na antiga China vivia um velho muito sábio, que todos procuravam para pedir conselhos. O sábio gostava também de fazer brincadeiras. Um dia, ele foi se hospedar na casa de um rei. Rapidamente, uma multidão reuniu-se às portas do palácio. Irritado, o rei pediu a seus lacaios para verem o que estava acontecendo
Disseram que desejam ouvir o sábio, Majestade, porque ele é um homem muito inteligente
O rei ficou enciumado do prestígio do sábio. Afinal, ele era apenas um velho e não poderia ser mais amado que o próprio rei
Chamou o sábio e lhe disse:
Vamos ver quem é o mais inteligente do reino. Quero lhe fazer um desafio. Olhe bem para esta joia que carrego no colar. É a gema mais preciosa daqui. Se conseguir tirá-la de mim, eu o aceitarei como o homem mais inteligente do reino
Já que o senhor está pedindo, prometo tirar-lhe a joia Disse o sábio.
Assim que ele deixou o salão o rei ordenou:
Ponham um lacaio na porta do meu quarto com um tambor bem grande nas mãos. Ao menor ruído, o tambor deverá ser tocado. Quero também que ponham uma mulher para cuidar da lareira. Ao menor ruído, ela deverá avivar as chamas para que o palácio fique iluminado. Desejo ainda que quatro cavalheiros guardem o palácio dia e noite. Ao menor ruído, eles deverão sair em busca do ladrão.
Todas as providências foram tomadas, porém o sábio nada de aparecer. Começaram até a achar que o rei ganhara a aposta. Foi então que surgiu uma velha senhora diante dos quatro cavalheiros:
Vocês parecem tão cansados Ela lhes disse Querem um pouco de vinho?
Os cavalheiros aceitaram a oferta. Tomaram o vinho, e assim que adormeceram, a velhinha cuidadosamente levou os cavalos embora. Aproximou-se da lareira e viu que a mulher também havia cochilado. Encheu os cabelos dela de palha, e dirigiu-se ao aposento real. Sentando com um tambor no colo, o lacaio até roncava. A velhinha cuidadosamente pôs uma faca em sua mão. Depois, entrou no quarto do rei, onde o sábio já a esperava. Vendo que a pedra não estava pendurada no pescoço do rei, o sábio pegou um punhado de pó e colocou sob o nariz dele. O rei bocejou, a pedra que estava escondida em sua boca, caiu. O sábio a apanhou. Em seguida, cobriu a cabeça do rei com um pano preto e saiu gritando:
 Vejam! Ganhei a aposta! A pedra está comigo!
O lacaio despertou e tocou o tambor, mas, como tinha uma faca na mão, furou. A mulher perto da lareira acordou de um salto e abaixou-se para avivar as chamas. Mas, como seu cabelo estava cheio de palha, pegou fogo, e ela saiu correndo. Os quatro cavalheiros, ao abrirem os olhos, perceberam que não haviam mais os cavalos para perseguir o sábio. O rei também despertou, mas, com a cabeça coberta, não enxergava nada. Nervoso, apenas pulava e gritava
Na manhã seguinte, o sábio foi até o rei e lhe devolveu a pedra. Este, ficou tão furioso que pediu que seus lacaios a quebrassem. O povo então decidiu que o rei estava louco e precisava ser substituído.
Pediram ao sábio que assumisse o trono. E, daquele dia em diante, governados por sábio brincalhão, as pessoas daquele reino desfrutaram muita felicidade.

(História do folclore chinês)

 Fonte: Livro “Lá Vem História”, de Heloisa Pietro, com ilustrações de Daniel Kondo. Editora Companhia das Letrinhas. 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

"A Flor" por Kim Chun-Soo

Estava pesquisando por literatura coreana quando encontrei um site com poemas escritos por autores coreanos. Neste post, vou compartilhar um que gostei muito. Chama-se "A flor", escrita por Kim Chun-Soo (1922-2004)

Coloquei a flor de Lótus Vermelha como ilustração porque significa amor, paixão e compaixão, características presentes no poema 
A Flor 

Antes de eu chamar pelo seu nome,
Ela não era nada
Além de um gesto.

Quando eu chamei pelo seu nome,
Ela veio até mim,
E em uma flor se transformou

Da mesma forma que eu chamo pelo seu nome,
Alguém chamará pelo meu nome e
Haverá de convir com a minha luz e minha fragrância?

Eu também desejo chegar até ela,
E transformar-me em sua flor
Todos nós ansiamos nos tornar em algo,

De ti para mim, e de mim para ti,
Nós desejamos nos transformar em um olhar,
Que não será esquecido

Fonte (em inglês): The Flower 

Sobre o autor: 
Kim Chun-Soo nasceu em 1922, em Tongyeong. Ele estudou no Departamento de Artes da Nihon University, no Japão. Ele foi professor na Universidade de Masan e na Universidade Nacional de Kyungpook. Ele recebeu o prêmio de Literatura da Ásia e o Prêmio de Literatura da Coreia, dentre outros. Suas coletâneas de poemas incluem Clouds and Roses,The Swamp, Flag, Death of a Boy in Budapest, Possessed by Dostoyevsky, e uma coletânea de poemas selecionados chamado The Snow Falling on Chagall’s Village and The Selected Poems of Kim Chun-soo. Seus mais notáveis trabalhos são: "The Flower" (A Flor) e “An Introductory Poem for a Flower” entre outros

Fonte: Korean Literature Now 

Su Shi – Jiang Cheng Zi

Depois de Poetry Pavillion deu uma vontade imensa de pesquisar mais sobre literatura chinesa até que encontrei esse poema, que também estava incluso no manhua.

Vamos ao que interessa:
Jiang Cheng Zi - Sonhando com a minha finada esposa 

Dez anos separados pela vida e pela morte,
Eu tento não me recordar
Mas esquecê-la é difícil

A solidão se agrava a mil milhas de distância
Pensamentos frios. Posso dizê-los em voz alta?
Mesmo se nos encontrássemos, você não me reconheceria,

Há poeira em minha face
E o cabelo é como geada
Em um sonho, eu repentinamente estou em casa,

E na janela de seu pequeno quarto,
Você estava penteando teus cabelos e se maquiando
Você se vira e olha ao redor, sem nada dizer
Apenas lágrimas estão se derramando.

Ano após ano, isto partirá meu coração?
Envolto pela intensa luz da lua
Está o pequeno pinheiro.

Fonte (em inglês) 

Traduzido a partir do inglês, através do meu entendimento, mas por ser um poema clássico, há várias outras interpretações/traduções para este poema.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

[Resenha] Peony Pavilion - Xia Da

Informações Gerais: 
Título: Poeny Pavilion
Autora: Xia Da
Ano: 2008
Tipo: Manhua
País: China
Gênero: Poema, Lírico, Histórico, Romance e Drama
Sentido de Leitura: Esquerda para a Direita

Esse foi um daqueles manhuas que me conquistaram completamente, do início ao fim. Fiquei interessada por conta da sinopse, a uma primeira vista, e realmente o manhua me cativou, através da escrita e dos desenhos feitos pela autora.

O que me chamou atenção é que estas histórias (é uma coleção de One-Shots) são baseadas em poemas ou contos clássicos da literatura chinesa ou em óperas, igualmente milenares. Os poemas são transcritos no fundo dos quadrinhos, que com traços delicados e singelos (e a cores) dão mais beleza e vivacidade à história. Além disso, as personagens dos quadrinhos são representadas com vestimentas de época, o que contribui para dar um ar histórico ao manhua.

Por ser do gênero lírico, os textos são formados por rimas, o que dá mais ritmo e sentimentalismo à escrita. O interessante é que nem todos os quadrinhos possuem diálogos/falas, mas ainda assim, apenas pelo traço (pelo olhar da personagem) é possível identificar a mensagem que a autora quer transmitir através de sua arte

As passagens são tão românticas quanto tristes e/ou dramáticas. Menciona-se a perda de uma pessoa amada, ou alguém que espera encontrar. Amor é amor, sempre trazendo tanto o prazer quanto a dor. E assim são as pessoas, que desejam incansavelmente e incessantemente encontrar algo ou que anseiam ter para si e perto de si

Às vezes, parece ser o amor algo inalcançável, inatingível, indomável, nesta trilha interminável. Interminável a ponto de querer alcançar aos céus ou ao mar, para que com sua amada possa se reencontrar. Ou então, pode escolher apenas esperar
E em outras tantas vezes pode querer dela se lembrar, porque das cinzas, ela já não pode retornar. Como *"a fênix, que procura pela fênix".

Ah, sim, a fênix. Nestas histórias/poemas chineses inseridos nessa one-shot, é bem comum a presença de elementos da natureza (como o mar) e de seres místicos, como a fênix que segundo as lendas têm seu simbolismo e significado. A fênix, especificamente simboliza graça e virtude, sendo também um símbolo de paz.
Como se sabe, na cultura oriental há significado por trás de muitas coisas, e de certa forma, é isso que a torna tão brilhante!

É interessante também notar que no final de cada um das One-Shots, a autora coloca uma explicação sobre de onde teve a inspiração para trabalhar. Só de ler essas explicações (e claro, esse manhua maravilhoso) deu uma vontade imensa de conhecer mais sobre a literatura chinesa e a cultura da China! 💘 Realmente foi uma leitura muito prazerosa e extremamente produtiva, que até mesmo me instigou a pesquisar mais a fundo, e mergulhar na Antiga China com muito, muito mais intensidade

Essa resenha foi um pouco diferente, escrevi de um modo mais poético justamente para entrarem no clima. Espero que tenham gostado da resenha e que também, em algum momento possam ter a oportunidade de ler esse manhua que tem a imensa capacidade de fisgar o leitor, instigá-lo a ir até o fim, e terminar com uma imensa mistura de sensações no interior de seu coração

[Resenha] Shin Shunkaden - CLAMP

Informações Gerais: 
Título: Shin Shunkaden
Autora (as): CLAMP
Tipo: Mangá
Ano: 1992
Gênero: Ação, Magia, Fantasia, Histórico, Shoujo & Drama

Encontrei esse mangá por acidente enquanto pesquisava por mangás baseados em lendas coreanas (eu me interesso bastante pela cultura coreana) e então magicamente encontrei essa história da CLAMP. É baseada na famosa Lenda de ChunHyang, que deu origem a várias adaptações em filmes e dramas também

A trama se passa na época da Dinastia Goryeo, uma das dinastias mais marcantes de toda a Coreia. Entretanto, no mangá foi adaptado para "País de Koriyo", talvez como forma de "construírem" um lugar alternativo, na qual se passa o enredo.

[Nota: O mangá inteiro foi romanizado como "Koriyo", provavelmente da forma como os japoneses pronunciam o nome coreano "Goryeo"]

ChunHyang é a heroína da história. Órfã de pai, tem apenas a mãe como sua família e protetora. Como sempre foi extremamente apegada à mãe, ChunHyang sempre fez de tudo para protegê-la.
Cheia de atitude, energia e muita bondade em seu coração, a garota é valente, corajosa, destemida e tem um temperamento forte. Sua especialidade são as artes marciais, as quais pratica toda vez que precisa se proteger e proteger aqueles que ama, das injustiças do filho do governante da cidade onde mora

Tudo muda quando a jovem perde sua preciosa mãe e tem que seguir seu caminho. Na verdade, uma missão muito importante a espera e ela precisa enfrentar muitos obstáculos e desafios pela frente! E quem a acompanha é um "viajante desconhecido". Mas qual será a real identidade deste rapaz?

Bom, não vou dizer mais nada para não dar muito spoiler, até porque a história é curta. Só digo que fiquei com o coração bem apertado em determinadas cenas e ri demais em outras! As "tias" da CLAMP arrasam!

Algumas considerações a mais: 
- Como a história é baseada na História Coreana tem algumas palavras/expressões em coreano, como por exemplo, nomes de alimentos típicos coreanos e formas de tratamento

- A representação das personagens dá aquele ar mais histórico por conta das vestimentas tradicionais da época (super chiques, na minha opinião), além dos cenários.

- Quanto às semelhanças e diferenças com a lenda, ainda não li esta lenda coreana para dizer alguma coisa a este respeito, mas quem sabe num futuro próximo eu faça algumas comparações, se der. Entretanto, vale lembrar que "A Lenda de Chunhyang" é milenar e possui várias versões da história

sábado, 11 de fevereiro de 2017

[Fanfic] (De)cisões da Vida


Sinopse: 
Na Inglaterra do século XIX, a família Marchi, e principalmente Elizabeth Marchi, mais conhecida como Beth terá muitas surpresas e obstáculos à sua frente. Sua irmã Meg decidiu o caminho que quer seguir. Mas será que Beth também terá o mesmo sucesso que a mais velha para tomar uma grande e forte decisão em relação ao amor e ao seu próprio futuro? Descubra lendo esta fanfic 

Obs: Esta fanfiction é baseada no manhwa "Dear, My Girls", da autora coreana Kim Hee Eun 

Gênero: Comédia, Drama, Família, Romance & Shoujo 

Lista de Capítulos: 
 Capítulo 01: Uma carta de Meg 
Capítulo 02: "Não seja idiota, Adrian!" 
Capítulo 03:"Elizabeth March, você é estupidamente honesta" 
Capítulo 3.1: "Vamos a um passeio!"
Capítulo 4: Nós encontramos Greg-sunbae e Meg 
Capítulo 05: "Vote em Elizabeth March para Estelle (título provisório) - em breve 
Capítulo 06: Eu o amo, mas ele não sente o mesmo que eu - POV Amy 
Data original da publicação: 01/02/2017

Capítulo 3.1 - "Vamos a um passeio!"

POV Adrian Avery
Ah, a Bela Adormecida despertou! Foi a primeira coisa que lhe disse naquela manhã Não está com fome, senhorita?
Ela respondeu de uma maneira nada delicada, encarando-me e me pedindo para esperar
Sugiro que vá na frente
De maneira alguma, eu te espero Eu tinha o dia livre, além de que eu gostava de provocá-la o máximo possível. Ela era extremamente prática e ela somente precisa arrumar seu cabelo, algo que fez rapidamente
Então, vamos? Eu lhe perguntei, estendendo a minha mão cordialmente, e pela primeira vez em algumas horas ela concordou comigo, pacificamente, sem me questionar. Estendeu-me a mão e eu a guiei para comermos algo bem reforçado naquela manhã e assim se fez. Ao término da refeição, perguntei à Beth:
Tem planos?
Não, mas...ela sentiu corar, colocando as mãos nas próprias maçãs do rosto, e eu percebi que ela estava realmente corada. Devia estar imaginando coisas...
Então, me acompanhe por hoje, Milady
Como? Está querendo algo de mim? Ela perguntava, desconfiada e na defensiva
Quero sim lhe disse, com um sorriso intencional direcionado a ela, que me perguntou:
E o que seria?
Como assim “O que seria? ” Ela tinha problemas, por acaso?
Quero que me acompanhe por hoje, senhorita. Ou você é surda?
Surda eu não sou, mas essa sua gentileza extrema para comigo é completamente descomunal
Tem certeza do que pensa a meu respeito, Milady? Eu a desafiei
Tenho sim Ela continuou séria, mas eu tinha impressão que não era exatamente isso que ela queria dizer, então perguntei a ela
—Não se lembra da noite anterior, Senhorita March? Eu estava realmente curioso, mas queria saber se aquela pergunta um tanto intencional ia surtir algum efeito na mudança de comportamento/opinião de Beth.
Não tive sorte. Não adiantou nada, ela continuou a responder-me no mesmo tom indiferente de antes, como quem não quer absolutamente nada comigo – muito menos naquela manhã de domingo –
Além do fato de você ter sido totalmente arrogante? Não, não me lembro de nada
Então era isso. Ela não deve ter sentido/percebido que na noite anterior eu fui vê-la secretamente e gentilmente, eu a acariciei. Ela não sabia disso, nem fazia ideia. Mas eu ainda tinha minhas dúvidas. Apesar de suas palavras indiferentes, será que ela realmente não se lembrava de nada do que havia acontecido? Será que aquele beijo... não significou nada a ela?
Ei, por que eu estou pensando neste assunto?! Ainda mais a esta hora da manhã! O que estava acontecendo comigo? Eu nunca fui de refletir sobre sentimentos nem nada do gênero, mas de repente só penso nisso. Oh, isso sim é realmente descomunal da minha parte!
Por fim, já tentando afastar aqueles pensamentos alheios de minha mente, eu apenas lhe encarei por alguns segundos e lhe disse:
Então, vamos ao nosso passeio?
Para minha surpresa ela imediatamente concordou, estendendo-me sua pequena mão. E desta vez, não havia mais ironias trocadas entre nós. Ela sorriu de canto e eu retribui, pois desta vez eu não estava sendo sarcástico nem fazendo nenhum jogo de palavras ao oferecer-lhe o meu tempo e a minha gentileza para um passeio. Naquele domingo, eu queria ficar com ela, e apenas com ela
Rapidamente, chamei por Kurt e avisei a ele que estaríamos de saída. Ele imediatamente disse que compreendia, deixando-me satisfeito. Não demorou para que eu pegasse um cavalo e saíssemos a passeio. A viagem até o local onde a levaria demoraria cerca de 7 horas de viagem. A princípio seguimos viagem silenciosamente, mas quem quebrou o silêncio entre nós foi ela: Elizabeth March
Para onde exatamente você está me levando? Ela perguntava-me curiosamente
Não consegue ficar quieta e esperar a surpresa, Beth?
Então ela se calou por alguns segundos e disse:
Surpresa? Ela estava impressionada com aquilo
Assenti.
Sim, Beth, uma surpresa para você. Então você vai esperar?
Então, quando achei que estava tudo resolvido sobre aquele assunto, ela começou a argumentar, imaginando coisas que nem haviam de fato acontecido ainda
Eu agradeço muito, mas é que eu tenho pensado tanto na Meg que...
Droga! Ela estragou meu plano de surpreendê-la! Como vi que ela não ia parar de falar, eu a interrompi devolvendo-lhe com uma pergunta:
E para onde a senhorita acha que eu estou te levando, Beth?
No mesmo instante, ela se calou de vez. Estava completamente sem reação àquilo. No fim, o meu plano não foi totalmente um fracasso, porque naquele momento percebi que eu realmente havia conseguido surpreendê-la, sem nem precisar apelar para truque algum.
A única estratégia que eu precisava para ter sucesso com ela – e para vê-la contente naquele dia –, era realizando seu desejo.                                        

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

[Resenha] Emma #1 - Mori Kaoru

Informações Gerais 
Título: Emma
Autora/Artista: Mori Kaoru
Ano: 2002
Tipo: Mangá
Gênero: Romance Histórico, Drama, Seinen & Slice of Life
Volume: 1
Capítulos: 1 ao 6
Sentido de Leitura: Da direita para a esquerda

Esse é um dos mangás pendentes que tinha para ler em janeiro, e enfim, comecei a leitura, que é muito cativante. Tomei conhecimento da obra depois de pesquisar mais sobre a autora Mori Kaoru, após ler "Shirley"

Assim como "Shirley", essa obra também é do gênero histórico, entretanto, desta vez, em "Emma", a trama se passa no ano 1896, na antiga Londres, Inglaterra, em meio à Revolução Industrial. A história gira em torno de Emma, uma empregada que trabalha para um senhora chamada Kelly, a qual é viúva e aposentada, além de que ela não possui filhos. Sua grande companheira é Emma, que a auxilia para tudo

A relação de Emma com sua patroa é bem tranquila, visto que são bem próximas e compreendem uma a outra. Mas no caminho surge William Jones, um cavalheiro atraente e herdeiro de uma prestigiada família londrina, o qual necessita arranjar logo uma companheira. Emma se sente atraída pelo rapaz assim que o vê pela primeira vez, entretanto, ele pertence à alta sociedade Inglesa e precisa honrar tal posição, enquanto Emma é "apenas" uma empregada que sonha em ter alguém que lhe ame ao seu lado. É nesse contexto que se desenrolará a história de amor de ambos.

Quanto à narrativa de um modo geral, a autora explorou bem as características da época em que se passa a trama, de maneira que deu um ar mais histórico. Primeiramente, o preconceito que existia naquele período no que se refere à
  1. Relacionamentos entre pessoas de classes sociais distintas, 
  2. Utilização de cartas como meio de comunicação formal para fazer pedidos de relacionamentos "amorosos" (que na verdade eram arranjados) 
  3. O chamado "Baile das Debutantes", que eram um evento obrigatório entre as famílias da classe alta, porque a garota apenas podia se casar após uma apresentação formal à sociedade, através de um Baile das Debutantes. 
Além disso, no mangá foram mencionados vários lugares conhecidos de Londres como: 
  1. Na primeira página vemos a Torre do Relógio, um dos "símbolos" de Londres, e um ponto turístico conhecido mundialmente
  2. É mencionado o Piccadilly Circus, uma Praça (e a região perto dela), que se localiza no centro de Londres e uma das regiões mais movimentadas atualmente
  3. Mudie's: Sabe-se que na época o inglês Charles Mudie começou seu negócio ao abrir uma livraria, mas se expandiu tanto que ele transformou uma biblioteca. No mangá, é um lugares bastante frequentados, inclusive por Emma, quando foi pegar alguns títulos à pedido de sua senhora 
  4. O Rio Tâmisa é um rio que banha Londres, e se situa ao sul da Inglaterra. É mencionado rapidamente em um dos diálogos com Emma, no capítulo 6

[Resenha] Kuzu no Honkai - Yokoyari Mengo

Informações Gerais:
Título: Kuzu no Honkai
Autora/Artista: Yokoyari Mengo
Ano: 2012
Tipo: Mangá
Volume: 1
Capítulos: 1 ao 5
Gênero: Drama, Romance, Shoujo, Seinen, & Escolar

"Kuzu no Honkai" me chamou atenção primeiramente pela sinopse. Trata-se de duas pessoas que tem seus amores secretos e não correspondidos até o momento, e então decidem ser a escória um do outro.

Hanabi é apaixonada por um amigo da família que sempre cuidou dela desde a infância, e agora, passados muitos anos, seu "Onii-chan" (como ela o chama carinhosamente) é seu professor. Pelo fato do "Onii-chan" continuar frequentando sua casa, os sentimentos de Hanabi por ele apenas aumentam

Mugi é um garoto que ama muito sua tutora, mas não consegue chegar até ela. Em plenos 17 anos, esses dois adolescentes (e colegas de classe) começaram a namorar, para serem a "escória", o "substituto amoroso" um do outro, de forma que sempre que precisassem de consolo eles teriam um ao outro, com a condição de que não se apaixonassem. Mas será possível controlar os sentimentos estando todo dia juntos?

E para completar (tinha que ter uma garota chata) ainda há a Noriko, uma menina metidinha e patricinha que é louca pelo Mugi e que acha que o rapaz é seu único amor. Então, como ficará a situação para os protagonistas?

Acompanhem "Kuzu no Honkai" pois está muito interessante

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

[Fanfic] Pássaro Ferido - One-Shot

Nota: Essa fanfic foi levemente inspirada na música "The Thorn Birds", (após ver a performance do GFriend) Se alguém quiser escutar enquanto lê dará mais sentimento à história 
Segue link da música: https://www.youtube.com/watch?v=aabQwcur51M

Escrito por Rebeca A. Suzuki 
Capítulo Único 
Olho ao redor e escuto as pessoas falarem ao meu respeito. Às vezes há pessoas que nem sequer me conhecem, mas estão ali para falar de mim. Ali, naquela sala de aula, com aquela turma que nem ao menos olham para mim ou percebem a minha presença – ou fingem muito bem não perceber –

Entretanto estão ali a postos para falar algo que, por vezes, me machucam. Quando escuto tais palavras, eu me sinto um pássaro ferido. Ou melhor, as pessoas pensam que sou um pássaro ferido, incapaz de voar e de ir além. Alguém cuja principal habilidade lhe foi tirada. Mas mal sabem eles que eu apenas quero ser livre para voar. Livre, como um pássaro (e sem mais feridas) 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

[Resenha] Sawaru na, Kiken! - Kayoru

Informações Gerais: 
Título: Sawaru na, Kiken!
Artista: Kayoru
Ano: 2014
Tipo: Mangá/One-Shot
Gênero: Romance, Shoujo, Drama, Slice of Life & Escolar
Sentido de leitura: Da direita para a esquerda

Himukai Megumi-kun é maníaco por higiene e por isso detesta tocar nas pessoas ou que alguém o toque. Por conta disso, ele rejeita todos os pedidos de namoro que recebe das garotas (ele é extremamente popular), inclusive da graciosa Matsubara-san.

Acontece que o charmoso e perfeito protagonista já está comprometido com uma noiva. Entretanto, ele precisar "treinar" como tratar uma garota, por conta de sua obsessão por higiene. Matsubara não perde tempo e lhe pede para que a use como uma "cobaia" por duas semanas. Mas, neste meio tempo bastante coisa acontece...

Gostei da história e dos personagens também, e atrevo-me a dizer que me apaixonei logo de cara pelo Megumi-kun. Outra coisa interessante e que me chamou a atenção foi a característica peculiar do personagem, pois nunca havia lido uma história na qual alguém fosse maníaco por higiene

Quanto à personagem, ela possui uma personalidade decidida, típico das obras da Kayoru, uma característica que gosto bastante em protagonistas de mangás/livros/animes, e que dá mais brilho à história  💓

[Resenha] Ore dake no Nakimushi-chan - Kayoru

Informações Gerais: 
Título: Ore dake no Nakimushi-chan
Títulos Alternativos: My Sweet Cry Baby
Gênero: Romance, Shoujo & Escolar
Tipo: Mangá
Sentido de leitura: Da direita para a esquerda

"Ore dake no Nakimushi-chan" (literalmente "Minha Chorona") é uma one-shot escrita e escrita pela perfeita da Kayoru. A história é sobre um garoto que é apaixonado pela sua senpai Azusa. Ela é tida como alguém assustadora por ser séria demais, mas na realidade ela é alguém sensível, emotiva e chorona

O rapaz sempre a encontra na biblioteca quando devolve os livros. Mas as visitas constantes à biblioteca têm uma razão em especial: Azusa

Apesar de curta gostei demais da história, como sempre. O que mais me atraiu foi que se trata da relação senpai/kouhai, ainda mais o rapaz sendo mais novo que a garota. Isso foi de fato o que me chamou atenção ao ler

A personalidade tímida e reservada da personagem também me cativou, além de que isso resultava em cenas muito fofas entre o casal

[Resenha] Sensei, Suki - Aikawa Hiro

Informações Gerais:
Título: Sensei, Suki
Autora: Aikawa Hiro
Ano: 2011
Gênero: Shoujo, Romance, Comédia & Escolar
Tipo: Mangá/One Shot
Sentido de Leitura: Da direita para a esquerda

"Sensei, Suki" é uma antologia/coletânea de one-shots escrita e ilustrada por Aikawa Hiro, e cada uma das histórias trata-se da paixão entre um professor(a) e um aluno (a)

A primeira história é a respeito de Tsukishima Ruka uma menina que é péssima em matemática e que por isso precisa frequentar aulas extras em plenas férias, mas o problema é que... seu professor é um homem demoníaco (e que lhe passa inúmeras tarefas!)

A segunda história é sobre Kannon, uma menina tímida e reservada, mas qure por alguma razão especial seu professor sempre a escolhe como sua "assistente" para auxiliá-lo na limpeza do laboratório de ciências

A terceira história de amor é sobre Kokona, uma garota que sempre admirou o amável e gentil Hiragi-sensei, responsável pela enfermaria da escola, mas com o tempo ela descobre sua real personalidade, uma pessoa atrevida ao ponto de fazer algo de pecaminoso com uma garota inocente...

A quarta e última história é sobre a Saki-Sensei e Kanada-kun, seu aluno do primeiro ano do ensino médio. Achei interessante essa última pois, diferentemente das demais, essa one-shot trata-se da paixão de um garoto por sua professora. Acontece que "Saki-chan" - como Kanada-kun a chama, carinhosamente - é uma mulher ambiciosa e que deseja ter como parceiro um homem maduro e com um bom emprego (como um advogado, por exemplo). Mas será que será que o amor não está mais perto do que Saki-chan imagina? 💘

domingo, 5 de fevereiro de 2017

[Resenha] 1/2 Love - Kayoru

Informações Gerais: 
Título: One Half Love
Títulos Alternativos: 1/2 Love ou Flower of Love
Autora & Artista: Kayoru
Ano: 2010
Tipo: Mangá
Gênero: Romance, Shoujo, Idol, Comédia & Drama
Sentido de leitura: Da direita para a esquerda

E o assunto desta noite não é ninguém menos que a minha diva Kayoru, sempre me cativando com suas histórias lindamente fofas e com personagens tão cativantes que dá vontade de entrar na história e levá-los para casa!

Esse mangá é sobre Akari, uma garota que sempre foi fã de uma dupla chamada Flower. Eles estavam à procura do novo membro, que não compareceu na data marcada. Por conta da situação, a protagonista canta e todos a adoram, até que após receber uma proposta, ela aceita se tornar a nova membro do Flower, mas ela terá uma grande surpresa ao descobrir a verdadeira identidade das integrantes "Yuu" e "Kaoru", as quais ela acreditava ser meninas, mas na verdade eram... Garotos?!

Achei bem interessante essa temática, porque na maioria dos doramas ou animes é a menina que se veste de homem, e aqui foi exatamente o contrário: rapazes (lindos) que se apresentavam como garotas. Essa foi uma história bem fofa e extramente leve, pois não houveram conflitos e nem um triângulo amoroso intenso como em outros mangás, apesar de ambos simpatizarem com a doce Akari-chan

O que mais me conquistou na personagem foi a sua personalidade. Como de costume nas obras da Kayoru a protagonista sempre é muito decidida e essa "força" e a "determinação", além de seu espírito cheio de energia e alegria foram características que realmente me encantaram, e que me fizeram identificar com ela em determinadas cenas. Me apaixonei muito e posso dizer que o final foi surpreendente! Leiam, vão amar!

Extras 
Esse mangá tem um pequeno extra, no qual Akari finalmente revela seus sentimentos...

Além disso há uma one-shot como um extra, chamado "Koisuru Vampire", é uma one-shot bem curtinha sobre uma garota que tem um segredo: ela é uma vampira. Mas depois ela percebe que o sangue de alguém especial é realmente doce e delicioso...
*Não tem nenhuma relação com o filme "Koisuru Vampire"/"Vampire in Love"

[Resenha] Boku Kara Kimi ga Kienai #4 - Aikawa Saki

Informações Gerais: 
Título: Boku kara kimi wa Kienai
Título Alternativo: You can't disappear from me
Autora: Aikawa Saki
Ano: 2008
Volume: 4
Capítulos: 7 capítulos: (17 a 23)
Tipo: Mangá
Gênero: Shoujo, Romance, Drama & Escolar

Sabia que nesse volume teríamos muitas emoções, como de fato tivemos. E posso dizer que a autora fechou a série com chave de ouro, pois não consegui parar de ler e quando dei por mim, eu já estava no capítulo final, querendo que a história não se acabasse. Foi perfeito, pois nesse último volume tivemos tudo na dose certa, comédia, romance e um pouquinho de drama, o que fez com que eu quisesse ainda mais descobrir o que aconteceria a seguir

As cenas dos protagonistas juntos foram muito fofas e adorei demais estes momentos. Também me identifiquei bastante com os pensamentos e sentimentos da protagonista e se tenho algo em comum com a personagem isso se chama "determinação"

O drama foi o fato de que ela precisaria se mudar, então, Hotaru fica triste e deseja e o que o tempo pare ali mesmo, naqueles momentos com Kyosuke. Deu uma dorzinha no coração ver essas cenas... Sem contar que é possível ver o lado mais sensível e cavalheiro do Kyosuke. Felizmente, tudo acaba bem quando termina bem

Garanto que vocês leitores vão adorar a série, então leiam porque vale muito a pena!

sábado, 4 de fevereiro de 2017

[Resenha] Boku Kara Kimi ga Kienai #3 - Aikawa Saki

Informações Gerais: 
Título: Boku kara kimi wa Kienai
Título Alternativo: You can't disappear from me
Autora: Aikawa Saki
Ano: 2008
Volume: 3
Capítulos: 6 capítulos: (11 ao 17) + 1 extra (17.5)
Tipo: Mangá
Gênero: Shoujo, Romance, Drama & Escolar

Neste volume, descobre o incidente com Kyosuke, e é aqui que tudo se resolve. Yukako e Hotaru voltam a ser amigas e a protagonista finalmente diz o que sente a Kyosuke. Além de tudo um grande segredo é revelado a Hotaru: Quem a salvou no trem há exatos dois anos, não foi Haruna-sensei, e sim Kyosuke. Sendo assim, é dele que Hotaru sempre amou desde aquela época 

A partir de então, tem muitas cenas fofas e de amor entre o casal principal, porém tudo se complica quando a ex-namorada de Kyosuke reaparece. No fundo, eu sabia que algo aconteceria, pois após analisar o rumo que a história estava tomando, eu percebi que a coisas não seriam fáceis para Hotaru (porque sempre acontecia alguma coisa inesperada) e a chegada da ex de Kyosuke apenas confirmou isso 

A minha relação com essa personagem no entanto é extremamente ambígua: Pelo fato da ex ser uma garota muito insistente, isso me irritou bastante, pois chateava a protagonista, e me dava um aperto no coração 💔 Mas de outra eu tinha pena da garota, porque apesar de ela ser a ex de Kyosuke, a menina estava sendo perseguida por caras bem violentos, o que de certa forma explica o fato de ela querer ser protegida por alguém. 

Assim, pode-se dizer que além de romance teve bastante drama neste volume, especialmente por causa da volta da ex, porque isso gerava constantes desentendimentos entre os personagens, não apenas entre o casal, mas também entre os dois irmãos

Esse volume foi cheio de emoções e espero que no próximo tenha ainda mais! 

[Resenha] Boku kara kimi ga Kienai #2 - Aikawa Saki

Informações Gerais: 
Título: Boku kara kimi wa Kienai
Título Alternativo: You can't disappear from me
Autora: Aikawa Saki
Ano: 2008
Volume: 2
Capítulos: 6 capítulos: (06 ao 11)
Tipo: Mangá
Gênero: Shoujo, Romance, Drama & Escolar

Neste volume, Hotaru ainda fica indecisa a respeito de seu sentimento, especialmente depois de sua melhor amiga começar a observar Kyosuke. Ela então fica sem saber o que fazer, pois não quer magoar nem a amiga e nem o rapaz.

E, apesar de ela não conseguir ignorar seus sentimentos, ela tenta se convencer de que gosta realmente de seu professor, para que sua amiga tenha uma chance com Kyosuke

Por conta disso, neste volume há mutos conflitos entre Hotaru & Kyosuke, que fica chateado ao saber dos sentimentos de Hotaru em relação ao seu irmão mais velho, o 100% correto Haruna Kakeru-sensei. Sem contar os desentendimentos entre a protagonista e sua melhor amiga Suzuki Yukako

As coisas pioram ainda mais quando algo grave acontece com Kyosuke em uma trilha na mata...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

[Resenha] Boku Kara Kimi ga Kienai #1- Aikawa Saki

Informações Gerais: 
Título: Boku kara kimi wa Kienai
Título Alternativo: You can't disappear from me
Autora: Aikawa Saki
Ano: 2008
Volume: 1
Capítulos: 5 capítulos + 1 extra (5.5)
Tipo: Mangá
Gênero: Shoujo, Romance, Drama & Escolar

Confesso que quando vi este mangá achei que era apenas mais uma "paixão por um professo de Ensino Médio", mas me enganei completamente, porque a trama não é tão simples assim. Este mangá possui um triângulo amoroso bem construído - que eu particularmente amei, por se tratar de dois irmãos -, um enredo cativantes e personagens que te fisgam sem nem perceber, porque aliás já me apaixonei pelo protagonista! (No coração de uma leitora sempre cabe mais um! hehehe)

Me apeguei tanto em tão pouco tempo à esta história que, confesso que em determinados momentos eu bem que gostaria de estar no lugar da protagonista, para ficar perto daquele rapaz lindo! E, falando nela...

....Hotaru sempre sempre foi apaixonada por seu professor, Haruna-sensei. Em pleno primeiro ano do ensino médio ela resolve se confessar ao seu querido professor. Entretanto, no primeiro dia de aula ela esbarra com um garoto muito parecido com seu sensei. Logo, a inocente garota descobre que se trata de Haruna Kyosuke, irmã mais novo do professor

A princípio, Hotaru acha que ele é um grosso, e para completar Kyosuke estuda na mesma sala que ela (e bem do seu lado!). Ela não sabe como agir já que aquele grosso está bem perto dela, o que gera cenas hilárias nos quadrinhos.

Por causa do dia a dia, ela percebe que Kyosuke-kun é uma pessoa incrível (literalmente), bom em tudo, tanto nos estudos quanto nos esportes. Aos poucos ela vai descobrindo a real personalidade de Kyosuke: um rapaz gentil e atencioso, que encantou o coração da jovem Hotaru, a qual começa a ter sentimentos por seu colega de classe, mas fica dividida entre gostar de seu professor (por quem foi apaixonada durante dois anos) ou por Kyosuke-kun, que passou a acompanhá-la para diversas coisas, como por exemplo, na hora do almoço

Dividida entre os sentimentos destinados a estes dois irmãos, ela tem como missão descobrir a quem realmente pertence seu coração. Mas tudo fica mais complicado quando sua amiga começa a notar Kyosuke-kun? E agora, qual será a decisão que a nossa mocinha tomará? Ansiosa para desvendar as emoções do próximo volume!

Capítulo 3: "Elizabeth March, você é estupidamente honesta"

Nota: "Sunbae" é maneira que os coreanos chamam alguém com mais experiência que eles, semelhante a "veterano". Apesar de a história se passar na Inglaterra, vou colocar algumas expressões de tratamento em coreano, uma vez que a autora é coreana e algumas formas de tratamento como esta, estavam presentes no manhwa original 
POV Adrian Avery 
Quando eu a vi, já de noite, a primeira coisa que pensei no momento foi: “O que raios ela está fazendo aqui? ” Aproximei-me ainda mais para ver seu estado. Ela parecia exausta e cansada e não entendia por que motivos ela teria para estar ali, parada na calçada, em uma noite chuvosa como aquela
Beth? Eu a chamei, logo atrás dela, que se assustou, dando um sobressalto
O que você está fazendo aqui? Ela me questiona sem perder tempo, e eu a rebato, como quem não quer nada:
Eu é que pergunto isso, garota! Que diabos você está fazendo aqui, parada no meio da chuva? Ela de alguma forma mexia comigo, e apesar da grosseria, eu estava preocupado com ela.
Se eu te disser você não vai acreditar mesmo. Ela falava, dando de ombros, como se não fosse nada de importante
Beth, diga logo o que se passa!
Eu estou à procura de Meg. Ela.... Nos deixou
Fiquei pensativo, sem dizer nada, e ela continuou:
Quero abraçá-la uma última vez, Adrian, custe o que custar ela estava determinada, batendo os pés nas poças d’água que se formavam por conta da chuva
Eu estava impressionado com ela. Ela queria ver a irmã uma última vez e se despedir dela, ainda que Margareth March já tivesse partido. Mesmo assim, não consegui dizer nada mais gentil a ela, então as únicas palavras que saíram foram:
Você é estúpida, garota?! Você nem mesmo sabe onde ela está!
Não começa! Você está parecendo a minha irmã falando assim!
E você não escutou, certo? Eu a provoquei
Tirou a noite para me provocar, Senhor Avery? A Beth quase nunca me chamava pelo sobrenome. Sinal de que ela já estava ficando irritada
Imagina, senhorita eu lhe respondi com uma pontinha de sarcasmo, sem nada melhor para responder àquilo, e ela pareceu não se convencer muito daquilo.
Com uma pausa, eu lhe interroguei, desta vez, sinceramente:
—Por acaso sua irmã te deixou uma carta?
Ela pareceu estar enormemente surpresa com a minha pergunta, porque arregalou os olhos e devolveu-me com outro questionamento:
Como você sabe disso?
Eu não sabia de nada, Beth, acredite. Apenas perguntei por curiosidade
Está dizendo a verdade? Ela perguntou, analisando de cima a baixo, um pouco desconfiada, arqueando as sobrancelhas.
Sim, é verdade. E se quer saber eu também recebi uma carta
Uma carta de quem? Seu tom de voz continha um misto de surpresa e curiosidade
Gregory Thomas respondi, imediatamente, e ela colocou a mão na boca de tão espantada que estava com aquela informação
Mas isso...Ela começou, e eu já até sabia o que ela iria comentar
É muita coincidência comentamos ao mesmo tempo
Aproximei-me dela e fiz carinho em suas maçãs do rosto. Por alguma razão eu estava com vontade de acariciá-la e os conselhos de Greg sobre não a deixar partir ainda continuavam em minha mente. Raios! Por que Greg tinha que ser tão melhor com as mulheres do que eu?
Sim, é muita coincidência, Beth! Eu lhe disse, dessa vez um pouco mais gentilmente É estranho nós dois recebermos cartas no mesmo dia!
Espere um pouco, Adrian! Se você também recebeu uma carta, então você por acaso sabe onde Greg-sunbae e Meg estão? Ou ele também não deixou endereço nenhum no envelope?
Tem um endereço, mas eu nunca ouvi falar do tal lugar
Não importa! Adrian, você precisa me levar até Meg! Eu PRECISO vê-la! Beth suplicava-me, insistente.
—Não, agora não. Você não está bem! Nem tem mais forças de tão cansada que está! A minha voz soava mais tranquila, de maneira a convencê-la e acalmá-la devido àquela situação. Todavia, de nada adiantou, porque ela continuou a insistir-me:
Mas você pode me levar até lá! Está a cavalo, certo? Ela tentou me convencer, fazendo-me uma pergunta retórica, e eu apenas a fitava para ver até onde ia aquela teimosia toda. Contudo, não resisti à tentação de dizer-lhe:
Garota tola! Eu a xinguei Mesmo que eu te leve até o local, com que expressão vai recebê-la? Com essa expressão de cansada mesmo? Só a preocuparia ainda mais, porque como você sabe melhor do que eu, a Senhorita Meg sempre foi extremamente sensível. E quando o assunto era você...
Ela sempre me protegeu
Exatamente por isso que você não deve preocupá-la
Mas eu já estou melhor! Ela alegava, e claro que eu não me convencia de nada daquilo, porque ela ainda estava visivelmente cansada E, afinal, eu apenas quero abraçá-la. Que mal tem isso? Só estou te pedindo uma carona! —Ela explodiuSem contar que eu nunca te pedi nada, Senhor Avery! —Ela me chamou de novo pelo sobrenome, sinal que ela já estava altamente irritada
—E que mal tem em você parar de ser teimosa, Senhorita March? Que eu saiba a saúde e o bem-estar de alguém é bem mais importante do que ficar se arriscando por aí!
—Desde quando você se importa comigo, posso saber? E a minha irmã é mais importante do que eu, entendeu?!
—Cale-se, eu não penso da mesma forma que você, senhorita. E controle-se, estamos em uma estrada. Quer que o resto da cidade te escute também?
Pouco me importa a tua maneira de pensar. Apenas sei que seguirei em frenteela afirmou, batendo os pés, insistente, já se virando para continuar seu caminho
Seguir em frente? Nesse estado? Eu a interroguei com perguntas retóricas e intencionais, as quais ela nem se deu o trabalho de responder, e continuou a dar seus passos, ignorando-me completamente. Mas eu não permiti que ela prosseguisse, tampouco me daria por vencido.
Foi então que peguei em seus braços com força, a ponto de ela reclamar:
— Ficou louco? O que você pensa que está fazendo, puxando-me desta maneira?
Onde a Senhorita pensa que vai? Inquiri, com um sorriso torto, e então a peguei e a montei no cavalo A Senhorita vai passear comigo falava, ainda sorrindo maliciosamente
O quê?!
Apenas cale-se, mocinha. Eu tapei sua boca, delicadamente Você logo verá onde nosso passeio te levará
Eu com certeza a levaria à minha casa, pois era o mais sensato a se fazer em um momento como aquele, goste ela ou não. A viagem demorou horas e horas, até que em certo momento, a senhorita atrás de mim comenta:
Eu conheço esta estrada
Todo mundo conhece esta estrada, Beth Respondi-lhe como quem não quer nada, para não deixar muito evidente o meu plano de escoltá-la à minha residência.
É, todo mundo...Ela claramente não havia se convencido das minhas palavras, mas pelo menos ela se aquietou um pouco. Mais duas horas de estrada e finalmente havíamos chegado na mansão
—Chegamos, senhorita!
Mas aqui é a tua mansão! Ela exclamou, ao chegarmos frente ao local
Exatamente, senhorita! É este o local em que passará a noite
Não estou acreditando! Ela exclamou, enérgica
Pode acreditar, você não está sonhando
Quer parar com isso? Por que me provoca tanto? Ela ainda estava brava e de braços cruzados, mas eu não me importei, pois ela chamava ainda mais a minha atenção quando se irritava, e dava ainda mais vontade de mirá-la nestes momentos. Não querendo revelar nada a ela e não importando nem um pouco com a braveza momentânea dela, - eu sabia que isso era apenas passageiro -, eu apenas lhe disse, natural e casualmente:
Ah! Eu gosto de te provocar, Senhorita
Estou percebendo, e estou começando a não gostar disto Ela comentou e eu dei de ombros
Mas voltando ao assunto principal, Senhor Avery Ela começou e eu até já sabia até onde aquela conversa chegaria Não era para estar aqui, e eu nem queria estar aqui! Eu queria ver a Meg!
Sabia que ela ia dizer essa mesma coisa pela milésima vez, mas eu já tinha a resposta na ponta da língua, e estava certo de que desta vez ela cederia às minhas palavras
Amanhã te levo para vê-la. Por ora, descanse aqui
Já que discutir contigo não resolverá nada...ela comentou, assentindo, derrotada pela primeira vez
Ainda bem que me entendeu. Agora, vamos entrar eu disse, guiando-lhe à entrada da mansão e ela me acompanhou. Quando adentramos, Kurt já estava a postos para nos receber
Seja muito bem-vindo de volta, Senhor Adrianele se pronunciou com uma reverência.
Agradeço a recepção, Kurt.
Não há de que, Senhor! Se me permite a pergunta.... De quem se trata esta graciosa dama ao teu lado, Senhor?
Trata-se da Senhorita Elizabeth March, da prestigiada família March. Esta jovem passará a noite aqui, portanto ela ficará no quarto de hóspedes esta noite.Comunique à família dela que ela ficará aqui e diga para não se preocuparem
Está na mais perfeita ordem. E claro, lhes comunicarei prontamente ele garantiu a mim
—Assim que gosto
—Há apenas uma coisa restante para tratar-lhe, Senhor Adrian
—E a respeito de que ou de quem seria, Kurt?
—A respeito da honorável Senhorita Leonora. Ela esteve aqui na propriedade há algumas horas atrás, procurando pelo senhor e comunicou-me que havia alguns assuntos para tratar apenas com a tua pessoa. Parecia ser de extrema importância a julgar pela expressão da senhorita Leonora, que espera prontamente teu retorno, Senhor
—Compreendo. Entretanto, seja o que for, vou adiá-lo, visto que amanhã terei um compromisso marcado. Diga-lhe que estarei disponível para falar-lhe somente daqui a dois dias
—Como desejar, Senhor —E se retirou dali, após despedir-se com uma última reverência. Quanto a Elizabeth March, ela me fitava intensamente, provavelmente por conta do que ouviu a respeito da “pendência” com Leonora, mas nada comentou sobre o assunto. Eu a escoltei até o quarto de hóspedes, onde ficaria por algumas horas. Mal chegamos ao local, e aquela tonta começou a discutir outra vez (acho que certas coisas nunca mudarão, afinal)
—Como pretende me levar amanhã?
—Da mesma forma que hoje—respondi-lhe ironicamente
—Você entendeu a pergunta, Adrian, não tire a minha paciência
—Já se esqueceu que eu sou? Sou o herdeiro da honorável Família Avery. Ninguém ousa me contrariar, afinal sou Adrian Avery
—Quase ninguém, você quer dizer. Porque eu contrario-te sim!
—Ah, é! Quase me esqueci de você, senhorita —a provoquei, sarcástico, fingindo ter esquecido dela
—Eu te odeio sabia, seu arrogante?!
—Só porque você me insultou você terá uma penalidade enorme, Elizabeth Marche então eu segurei em sua cintura fortemente e a beijei, de uma maneira igualmente forte e enérgica. Era extremamente tentador eu ter que resistir beijá-la e apenas mirá-la de longe, e com ela ali à minha frente, percebi que naquele instante eu queria ficar com ela
Após soltá-la, ela abriu a boca para dizer-me alguma coisa, mas não conseguiu fazê-lo, por conta do choque daquele momento. Eu por outro lado, disse-lhe casualmente, como uma última provocação (até o momento) daquela noite:
Eu também te odeio, Beth. Durma bem e sonhe comigo, tudo bem?
Ah! Deixe de ser idiota, Adrian! Foram as suas últimas palavras daquela noite, mas àquela altura eu já estava um pouco longe dali...

Naquela noite tentei dormir, mas não foi possível, fiquei apenas pensando na Beth. Não entendia o porquê de estar com ela rondando a minha mente até altas horas da noite, e, contudo, era apenas nela que conseguia pensar. Estava tão inquieto que resolvi sair do meu quarto e ir direto para a sala, ler um livro, mas de nada adiantou, porque continuei inquieto, rodando em círculos pela sala, de um lado para o outro, com a imagem daquela garota invadindo a minha mente por completo, sendo que eu nem mesmo sabia o motivo daquilo. Por que tantos pensamentos direcionados a ela? Por que eu estava lembrando do momento em que a coloquei para montar no cavalo? Por que aquela cena daquele beijo ardente que havia lhe dado há uma hora atrás ainda continuava em minha cabeça, e não queria sair de maneira alguma? Por que eu desejava tanto tê-la por perto? Por que eu desejava tanto sentir seu corpo contra o meu? Por que, raios?! Por que?!
Percebendo que aquilo não me levaria a nada, e que não chegaria à conclusão alguma, sem contar o fato de que o sono já havia desaparecido há bastante tempo, decidi que a veria uma última vez naquela noite. Sorrateiramente, levemente, e sem fazer barulho algum, abri a porta com cuidado e leveza para não a acordar. Aproximei-me dela, que dormia como um anjo, e senti sua pele branca e macia uma vez mais. Acariciei-lhe as suas macias maçãs do rosto, com a palma da minha mão carinhosamente, e em seguida, seus cabelos, cujos fios negros como o anoitecer eram tão macios quanto seu rosto. Por fim, a beijei discretamente, porém com tenacidade, em sua pequena testa, e lhe disse, sussurrando:
Elizabeth March, você é estupidamente honesta. Durma bem, tenha uma boa noite de sono

Independentemente do fato que nós somente discutíamos, e de que ela me disse que me detestava, naquele momento era o que eu desejava àquele anjo: uma boa noite de sono. Mas algo bem, bem lá no fundo me dizia que eu desejava muito mais a ela. Ela era muito preciosa para mim.