sexta-feira, 1 de junho de 2018

Resenha Kimi no Suizo Wo Tabetai[J-Movie]


Lançamento: 28 de Julho de 2017

Diretor: Sho Tsukikawa
Gênero: Colegial, Melodrama, Romance, Live Action
Duração: 115 min.
Áudio: Japonês
Legenda: Português - BR
Distribuidor: Toho
 Olá, amantes da cultura asiática! Sentiram saudades de mim? Espero que sim, já que eu e minha xará trazemos ótimas recomendações para vocês(risos). Não sou nenhum pouco convencida, certo? Brincadeiras à parte, vamos ao que interessa. Hoje vou expressar minhas opiniões sobre Kimi No Suizo Wo Tabetai, cujo título em inglês é I Want to Eat Your Pancreas. O J-Movie foi baseado na novel de Yoru Sumino.

A adaptação é contada a partir das lembranças de Shiga, um colega de classe que descobre no chão do hospital o diário de coexistência com a doença, pertencente a Sakura Yamauchi. Esse diário, como o próprio nome sugere, detalha a reação da adolescente ao descobrir sua doença fatal no pâncreas, seus sentimentos em relação a enfermidade e como convive com isso.
Se você encontrasse um diário no chão, o que você faria?
Opção A: Tentaria encontrar o dono e não se atreveria a ler o diário.
Opção B: Não conseguiria conter sua curiosidade e leria?
Sem sombra de dúvidas, a maioria das pessoas pegaria o diário para ler. Se você não pensou nisso, parabéns! Você é quase um santo kkkkkkkkkkkkkkkkk
Shiga leu o diário e assim conquistou sua primeira amiga. Inicialmente ele achou a moça bem inconveniente, pois seu único desejo durante o ensino médio era ser invisível, ou seja, que ninguém prestasse atenção nele. Shiga tinha uma personalidade extremamente introvertida, não se importando com os juízos que possam fazer dele. Além disso, desprezava qualquer informação referente à outra pessoa. Para Haruke, saber mais sobre outras pessoas era perda de tempo.
A fase jovem do Shiga foi interpretado por Takumi Kitamura, que atuou nos filmes Sing My Life, Koi to Uso, Destruction Babies, Hidamari No Kanojo e School Days With a Pig.  Na verdade, esse ator só atuou em live-actions.  Esse foi o primeiro trabalho do ator que assisti e posso garantir que amei. Gostei da atuação dele, bem como da “fofura” que emprestou ao personagem. Dei uma olhada nos trabalhos dele e algumas sinopses são do meu interesse. Isso significa resenhas de mais trabalhos dele.
Oguri Shun interpretou a fase adulta do personagem com maestria. Como devem ter percebido, eu arrasto uma asa enorme por esse ator. Tudo começou em Hana Yori Dango. O Hanazawa Rui domou meu coração. Oguri se adequa bem a qualquer personagem, principalmente introvertidos.
Ao invés de passar o pouco tempo que lhe resta chorando e pensando na data de sua morte, Sakura resolve aproveitar seu tempo restante criando boas lembranças com seus amigos e família, bem como na realização de seus desejos. Com sua doce personalidade, encanta todos a sua volta, inclusive um certo alguém que dificulta relações intrapessoais.  Yamauchi pensa sempre no próximo, razão pela qual não contou nada sobre sua doença aos seus amigos.
Desse modo, estes também poderiam tirar melhor proveito se divertindo do que derramando lágrimas. Foi graças a ela que Shiga se tornou professor do ensino médio.
Tive dois motivos para assistir esse filme: Oguri Shun e seu título, pouco convencional. Admito que o título intrigante foi o fator que ocasionou mais curiosidade em mim, pois se traduzirmos o título em inglês para o português, fica” Eu Quero Comer Seu Pâncreas”. Me perguntei, “como assim?”.
A próxima parte pode conter spoiler. Leia por sua conta e risco.
Felizmente, no decorrer do filme essa explicação foi explanada. Há muito tempo atrás, as pessoas comiam órgãos de animais respectivos as partes dos seus corpos que estivessem doentes. Então, se seu fígado estivesse doente você poderia comer um fígado de boi e assim seria curado. A protagonista chegou a levar Shiga a um restaurante com esse tipo de iguaria. Ela comeu um pâncreas. Que nojo. Fim de spoiler
O filme conta com mais dois personagens importantes: Kyoko, melhor amiga da Sakura e um jovem que mais tarde se converterá no melhor amigo de Shiga. Esses dois terão um papel importante na vida do protagonista, o qual não posso me aprofundar nos detalhes.


Conclusão
A princípio, I Want Your Pancreas parece mais uma temática clichê dessas em que o protagonista ou a protagonista tem uma doença que o leva a morte, mas vive cada segundo com tal alegria que ninguém imaginaria umas coisa dessas e antes da temida partida conhece o grande amor de suas vidas.      Em partes é isso mesmo. Entretanto, existe um diferencial, algo que nos faz refletir sobre o andamento das nossas vidas, desaparecendo com qualquer certeza que tenhamos em nossas vidas. Pelo menos por uns dias...
Sakura está sempre sorrindo, enxergando o lado bom da vida. Enquanto nós, muitas das vezes reclamamos, incapazes de ver as pequenas coisas que nos fazem felizes. Afinal, felicidade é acordar todos os dias, ter a chance de consertar nossos erros, ter novas oportunidades, família reunida.
Com formidável personagem aprendemos a aproveitar cada instante como se fosse o último, pois apesar do ser humano se achar senhor de tudo no mundo, não é. Não tem controle sobre o tempo e não sabe o que pode acontecer. Um dia estamos vivos. No outro, quem sabe...
Aproveitando a vibe filosófica deixarei escrita uma das minhas frases preferidas, da autora JoJo Moyes, expressa no livro Como Eu Era Antes de Você.

“Você só vive uma vez.
É sua obrigação aproveitar a vida da melhor forma possível”.
Outra importante lição é se interessar por outras pessoas, não só por você. A pessoa mais improvável pode ser a mais interessante.
Nunca julgue uma pessoa apenas pela aparência, tente conhece-la melhor antes de tirar suas próprias conclusões. Uma pessoa tímida pode ser tímida por vários motivos, não porque é metida.  Devemos nos lembrar de que devemos lapidar o melhor das pessoas.
O final foi surpreendente. Nunca imaginei que o enredo pudesse caminhar para tal solução. Se prestássemos atenção a um determinado detalhe, o final era óbvio. Entretanto, mesmo assim, me pegou de surpresa. Não tenho nada a reclamar das atuações. Em minha opinião, os atores souberam transmitir bem as emoções para o público. Oguri Shun incrível!!!
Sakura é um personagem que guardarei para sempre em minhas lembranças. Ela me ensinou que todos devemos ser Sakuras, influenciando da melhor maneira possível na vidas das pessoas. Parabéns a Miname Hamabi (intérprete de Sakura) por dar vida a uma protagonista tão doce.
 Danger: Próximo parágrafo também pode conter spoiler!
O romance entre Sakura e Shiga não acontece de maneira explícita, mas sim de maneira bem sutil. Dá para ver que há um sentimento especial entre os dois, que vai além da amizade. No entanto, o escritor preferiu deixar essa parte subtendida. Creio que o foco é a amizade entre eles, desenvolvida de forma mágica.
Infelizmente, não vi muitos comentários acerca dessa atração. Talvez as pessoas o deixaram de lado por falta de expectativas em relação à história. Não sabem a preciosidade que estão perdendo...
Vale muito a pena conferir esse j-movie. Tenho certeza de que vocês, leitores vão se envolver com os personagens e suas dificuldades, vão ­­­­­­­­­­­­­­pular de alegria com o crescimento destes, aprenderão lindas lições de vida e principalmente, vão se emocionar no decorrer da trama. Devo lhes advertir que um leve sentimento de tristeza pode se instalar em vocês, tanto ao assistir quanto algum tempo depois de terminado o filme. Ao escrever essa resenha, lembrei de alguns acontecimentos e fiquei um pouco pesarosa, mas não se preocupem. Não é nada pesado, dá para assistir. Garanto que o valor que esse filme agrega é maior que qualquer angústia.
Espero que tenham apreciado a minha resenha. Afinal, me empolguei demais e foi prazeroso escrevê-la. E, também que levem em consideração a minha recomendação. Não vão se arrepender!
Beijos, seus lindos!
Mata Aimashou! (Vamos nos encontrar novamente).
Uma foto fofa de presente para vocês!