sexta-feira, 19 de abril de 2024

Introdução à Moda Feminina Japonesa

Hoje, neste blog, vou falar um pouco sobre a moda japonesa e apresentar alguns de seus estilos e sub-estilos, a maioria deles vista em Harajuku, considerada o centro da moda no Japão


Lolita

Lolita é um estilo que começou na década de 1980 em Harajuku e se expandiu na década de 1990, sendo considerada uma subcultura. Em linhas gerais, as lolitas utilizam vestidos com rendas e rodadas na altura do joelho, com anáguas e acessórios delicados, como laços, cintos, fitas, por exemplo. 

As estampas são as mais variadas, assim como a paleta de cores, que vai do pastel até as mais sóbrias, a depender do sub-estilo ou tema proposto. 

Existem algumas que se vestem de uma única cor, como preto, branco, vermelho, azul ou cor-de-rosa. Outras, se vestem com temática, que varia de acordo com cada sub-estilo, como militar, marinheira ou de kimono. 

Alguns não são oficiais, porém utilizados por algumas pessoas, como Halloween Lolita e Easter Lolita, que se vestem com elementos que remetem a estas datas especiais 

No entanto, os principais sub-estilos são Sweet, Clássico e Gótico, como nas fotos abaixo:




Gyaru

“Gyaru” nada mais é do que a pronúncia japonesa para “girl” (“garota”, em inglês), mas são um grupo de meninas com um comportamento mais punk / grotesco, mesmo aquelas que desejam ser mais fofas, se vestindo como se fossem princesas, as chamadas Hime Gyaru, em que elas mais parecem uma boneca de plástico, de tão artificiais que aparentam. 

As maquiagens utilizadas são bem mais carregadas e os vestidos bem mais chamativos e volumosos, diferente das Lolitas que tem um visual mais delicado. Muitas gyaru fazem tratamento de pele para ficarem mais morenas ou mais claras, quase tão branca quanto a porcelana e usam perucas coloridas que chamam a atenção. 

Os sub-estilos variam de acordo com a temática

Alguns deles são: 

Kogyaru / Kogal: Meninas que se vestem de uniforme escolar japonês mais customizado. 

Mori Gyaru / Mori Girl: As “garotas da floresta”, que possuem um estilo que remete à natureza 

Gothic Gyaru: Garotas no estilo gótico, com roupas e acessórios basicamente pretos, ainda com maquiagem carregada da mesma cor. 

Onee Gyaru: Uma versão mais madura das gyaru, com peças de roupas mais básicas. 




Girly 

Girly significa literalmente “feminino”, “relativo à garota”. É o estilo mais básico voltado para as meninas, com peças de roupas simples e uma paleta de cores nos tons pasteis e com estampas delicadas que podem ser florais, xadrez ou outro detalhe que combine com o visual. 

Os sub-estilos mais conhecidos são: 

Casual: o mais simples, como descrito acima. 

Natural: Usam tecidos de origem natural e possuem temática mais clean, apostando no branco e tons pasteis bem claros 

Retro: Usam cores mais sóbrias e estampas xadrez ou que lembram épocas antigas 

Dark: Quando o preto entra em ação 

Otona Girly: uma versão mais madura desse estilo 

French Girly: Inspirado na moda francesa, usam cores neutras e monocromáticas como preto, branco e cinza 

Sweet Girly: Um sub-estilo mais fofinho, com peças de roupas com rendas , com lacinhos e fitas, sendo o sub-estilo mais popular do girly. 




Kawaii 

Muitos já devem ter ouvido essa palavra, que significa “fofo” em japonês. O estilo é realmente fofo, às vezes, até demais, com decorações e elementos que eu penso serem exagerados, utilizando até estampas com desenhos de anime ou demais personagens. Alguns estilos próprios como Fairy Kei, Decora e Yume Kawaii se enquadram nessa categoria. 

A seguir, vamos ver cada um deles: 

Fairy Kei: Literalmente “estilo fada”, é um estilo bastante colorido e infantil, baseado em fadas, contos de fadas e elementos fantásticos como unicórnios, arco-íris e estrelas. A paleta de cores é toda pastel, e pelas combinações, o visual se torna bem fofo! 

As estampas geralmente são de personagens dos anos 1980, seja de animes dessa época ou de desenhos animados ocidentais, como os My Little Pony. Camisetas com ursinhos fofos também estão incluídos nas opções. 

Além disso, usam também roupas com estampas de bolinhas ou listradas, dependendo do gosto da pessoa 

Entre os acessórios estão: lacinhos, presilhas de cabelo de diferentes formatos e óculos coloridos. A make é bem tranquila e delicada (ou pelo menos, deveria ser) e os cabelos incluem cores chamativas, como pintar (ou usar perucas) de azul ou rosa. Há quem deixe seu cabelo da cor natural, como castanhos ou pretos. 


Decora: É um estilo que surgiu em meados de 2000 cujo nome provém da palavra “decoration” (decoração, em inglês), sendo bastante colorido e espalhafatoso, mostrando a que veio com suas cores e estampas chamativas dos mais variados tipos. É considerado a base do estilo Pop Kei e do sub-estilo Decora Lolita, ou Deco Loli. 


Yume Kawaii: Yume Kawaii é um estilo fofo que surgiu em 2013, sendo um pouco mais casual que o Fairy Kei, cuja temática tem tudo a ver com “sonhos”, como as estrelas, nuvens e elementos celestes, sendo a base para os acessórios e estampas em tons pasteis.  

O estilo em questão foi influenciado pelos desenhos e animes de garotas mágicas da década de 1990, como a Sailor Moon. Algumas se vestem de maneira mais casual, com estampas de animes


Pop Kei 

É um estilo de cores vivas, como rosa-choque, amarelo fluorescente e preto. As estampas podem ser de listras ou bolinhas e o diferencial deste estilo é combinar várias delas, algo que também vemos no Decora. 

Algumas pessoas, às vezes, utilizam tons pasteis em suas combinações, havendo certa similaridade com o Fairy Kei, mas o diferencial do POP é ter cores vibrantes em sua paleta. 

Há quem use meias listradas e chamativas e cabelos coloridos, por vezes com mechas e mais de uma cor.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Historinhas com a dona Xepa

 

O  personagem Xaveco, apesar de secundário (sendo sempre zoado por isso), tem a família mais completa da Turma da Mônica, incluindo a sua avó paterna, dona Xepa, uma senhora que, por conta de sua idade, vive em uma cadeira de rodas para se locomover e confunde os nomes de seus dois netos, Xabéu e Xaveco, gerando comédia nos quadrinhos, pois o mais nunca é lembrado! 

Ela é bem geniosa, e às vezes bate nos outros com sua bengala. Em alguns momentos, entra em conflito com a ex-nora, Xarlene, nos quais vemos seus momentos de braveza, sobrando para seu filho, Xavier Lorota, resolver a situação.

Ainda assim, ela consegue ser alegre e se divertir com a Turma, interagindo com Mônica, Cebolinha, Marina e outros. Apesar de idosa, ela gosta de atividades radicais e com muita agitação, dizendo que Xaveco não tem tanta imaginação para fazer algo com ela, pois só a leva ao campinho. 

Aqui, vamos comentar algumas das histórias em que a avó Xepa é a protagonista. A lista contém spoilers, então leia por sua conta e risco. 


A Avó do Xaveco (Cebolinha nº08, 2007) 

Essa é a história de estreia da dona Xepa, quando ela mandou uma carta para voltar ao Limoeiro. Nela, vemos a falta de memória da idosa e sua língua afiada. Ela não reconheceu o Xaveco e nem a Xarlene, mas estranhamente reconheceu o Cebolinha. 



Ela implicou com a ex-nora, com Magali, e confundiu os netos, deixando Xaveco bravo. O comportamento dela é reprovado por seu filho Xavier, que se estressa e se envergonha com as atitudes da mãe, que até tentou empurrá-lo para a dona Cebola, sem saber que ela era casada.




No fim, descobrimos que tudo não passou de um mal entendido, porque a dona Xepa não queria que os outros sentissem sua falta. Mas é claro que tinha que acabar em confusão (de novo!) 

O roteiro foi elaborado por Emerson Abreu, também responsável por criar a dona Xepa e dar uma família para o Xaveco. Nos quadrinhos, vemos as expressões exageradas e a comédia marcante, características do escritor. 


Adivinha quem é o novo dono da rua? (Cebolinha nº11, 2016)

É a história em que Xaveco pensa ser o dono da rua, finalmente conseguindo deixar sua vida de personagem secundário para trás. A dona Xepa aparece apenas na segunda parte da história, dizendo que a rua é “da sua netinha”, confundindo mais uma vez seus netos. 


A verdadeira dona da rua (Cebolinha 28, 2023)

Esta é a história em que Cebolinha pensa que a dona Xepa é a verdadeira dona da rua, e que, portanto, não pertence à Mônica. No fim, tudo não passa de um mal entendido, pois Dona da Rua era o nome de uma peça de teatro que a dona Xepa encenou quando mais jovem. 

No mais, vemos a doce amizade entre dona Xepa e Cebolinha, e a preferência da idosa por atividades radicais e com adrenalina (Ela topa até mesmo, um plano infalível) 


Antigas novidades (Cebolinha nº03, 2021) 

É uma história que protagoniza a avó Xepa e seu neto Xaveco. De quebra, também aparecem seu pai Xavier e sua mãe, Xarlene! O garoto foi encontrar a tia Anita, irmã gêmea da avó Xepa, que mora no sul. Elas discutem o que aconteceu no carnaval de 1998 e continuam de onde pararam. 

A tia Anita é tão doida quanto a dona Xepa e também confunde Xabéu e Xaveco, para a infelicidade do menino.

Ambas possuem personalidade forte e batem boca, mas, no fundo, se dão bem. A diferença entre elas é que a dona Xepa usa uma cadeira de rodas, enquanto Anita consegue andar normalmente 


A Fórmula da Juventude  (Turma da Mônica nº46, 2023)

É uma história que protagoniza os personagens Franjinha, Xaveco e Dona Xepa. 

A idosa tomou a Fórmula da Juventude, inventada pelo Franjinha, pois a confundiu com um suco de morango, virando criança novamente, sendo apelidada de Xepinha. Assim, ela começou a brincar com as crianças do Limoeiro, como Mônica, Magali e Cascão, tendo um dia cheio de descontração e diversão, como não havia tido faz tempo. 

Um dia com a dona Xepa (Mônica nº46, 2023)

É uma história em que Xaveco pede para Mônica cuidar de sua avó Xepa. No início, a garota não gosta da ideia, mas depois, passam o dia juntos fazendo várias coisas diferentes 

segunda-feira, 18 de março de 2024

[Diário Literário 24] Lendo Turma da Mônica

Recentemente, li Turma da Mônica em suas diferentes fases

São três delas: 


Turma da Mônica Geração 12

Li as duas temporadas, ou seja, os volumes de 01 a 09 que estão disponíveis até agora. A revista é bimestral, mas já estamos em março e não saiu nenhum volume novo ainda este ano. É realmente uma pena que a MSP não dê tanta prioridade para esta série, pois ela tem muito a oferecer ao leitor. 

Do jeito que terminou o volume 09, ainda tem muita água para rolar, e um plot twist que promete, envolvendo os Frufru, me deixando curiosa, além de que as memórias do Sansão ainda não estão completas. 



Turma da Mônica Jovem - Segunda Série 

Li a edição 49, intitulada “De Médico e Louco”, em que os protagonistas voltam ao Mundo do ID, em uma referência à trilogia “Monstros do ID”, da primeira série (edições 15 a 17), sendo a minha preferida. 

Entretanto, na segunda série, sendo um volume único, e com outro roteirista, enfraqueceu o enredo; pela temática, poderia ser melhor explorada, e até mesmo adicionar flashbacks do Licurgo com a doutora, sua ex-namorada. Isso foi algo que eu senti falta, pois o enredo demonstrou estar sem tanta profundidade. 

Não gostei tanto da história, mas não foi de toda ruim. 

Dou uma nota 6,5/10. 



Turma da Mônica Jovem - Terceira Série 

Li os volumes 07 a 16, com destaque para as sagas “Uma luz que se apaga” e “A Ascensão do Limiar”, que são de fantasia e misticismo, com a bruxa Viviane como a vilã, que deseja fazer um acordo com a morte, para devolver sua filha a vida. De qualquer forma, não me conformo com a morte da Ramona, pois gostava muito dela.

O Xaveco surpreendeu nestes arcos, teve uma participação importante e gostei de ver sua avó e seu pai nos quadrinhos. Essa saga, no geral, nos ensina a importância de sabermos lidar com a morte e com o destino.

quarta-feira, 13 de março de 2024

[Resenha] Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo

Informações do filme

Título:  Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo

Data de lançamento: 18/01/2024

Duração: 88 minutos 

Gênero: Ação, Aventura, Amizade e Fantasia 

Temas: Magia 

Produtora: Imagem Filmes / MSP / Sony Pictures / Claro 

Onde assistir: Superflix  (colocar na  Opção 1) / Rede Canais


Minha ficha

Assistido em: março de 2024

Minha nota: 8.75 / 10

O que mais gostei: A magia e o conceito de “Maga Magali” 

O que deixou a desejar: profundidade do tema 


Esse é um filme que eu queria muito assistir e posso dizer que foi muito bom. No longa, temos uma mistura de ação, aventura e magia envolvendo os nossos queridos personagens da Turma da Mônica, com direito a uma participação especial do mestre Maurício de Sousa, como o inspetor do Colégio do Limoeiro 

Além da escola, outro cenário que aparece é o Museu do Limoeiro, que está para ser leiloado. Nas cenas, vemos como a preservação da identidade cultural é importante para um povo, neste caso, os habitantes do bairro. 

Para resolver este problema, Carmem (Giovanna Chaves) e Mônica (Sophia Valverde) se candidatam à presidência do grêmio estudantil, demonstrando um conflito direto entre ambas. Este cenário muda quando Carminha e Licurgo (Mateus Solano) desaparecem, seguidos de vários alunos da turma. 

Portanto, a protagonista, deve, juntamente com Magali (Bianca Paiva), Cebola (Xande Valois), Cascão (Théo Salomão) e Milena (Carol Roberto), cumprir a missão de recuperar seus amigos e derrotar o vilão do caos, que saiu de um espelho, que sugou os personagens para o outro lado, em um portal. 

Magali, em fase de treinamento e membro da Ordem dos Cozinheiros, tal como sua tia Nena, tem um importante papel no desenrolar da história 

O fato de eles atravessarem um espelho, me lembrou muito “Alice Através do Espelho”. Mas, no contexto do filme, eles devem superar os seus temores e unirem forças para se libertarem. Nestes momentos, vemos como cada um possui um medo, como por exemplo, a solidão e a rejeição. Carmem pode ter de tudo, menos a atenção da mãe, Isabelle, tornando-a alguém carente e sensível emocionalmente, muito embora seja conhecida por seu lado mais malicioso e popular, na companhia de Denise (Carol Amaral) 

O Louco se questionando se ele mesmo é doido significa que às vezes, a mente se confunde e, certos pensamentos e acontecimentos são tão surreais que é realmente difícil de acreditar. Além do que, existe uma linha tênue entre a sanidade e a loucura, pois há coisas que simplesmente não possuem explicação, e quanto mais procuramos os motivos disso, mais nos perdemos na loucura. Como diz o escritor Chesterton: “Um louco é alguém que perde tudo, menos a razão” 

O filme também mostra que ninguém é uma pessoa só. Somos compostos de características complexas, algumas das quais não nos orgulhamos. O espelho reflete apenas uma parte da nossa personalidade, e deixa à mostra nossas fraquezas, que devem ser superadas.

Gostaria que tivessem explorado mais pontualmente os medos de cada personagem que atravessou o espelho, para melhor profundidade na caracterização deles, sendo este o único ponto que deixou a desejar em termos de roteiro. O que mais ficou claro, foi o Licurgo, que precisa lidar com a sua própria psique, tentando distinguir o imaginário do real. 

Desejos e impulsos primitivos como o nervosismo de Mônica (sempre confortada por Magali) são retratados nas cenas, ao mesmo tempo em que se demonstra um forte senso de justiça da personagem, sua vontade de fazer o certo e lutar pelo que acredita, na companhia de seus amigos. 

Cada um teve a sua importância para o desfecho desta história e solução dos problemas. Interessante ver que, desta vez, Milena não foi representada como aquela que entende de animais, como em sua versão criança. Na Turma Jovem, ela é a mega inteligente de ciências e da distorção de espaço-tempo. 

Cascão manteve seu padrão nerd e amante dos quadrinhos, assim como seu tio, que tem uma coleção de gibis, sendo esta uma referência à origem do Capitão Feio. 

Durante a trama, vemos a importância da amizade, de confiar nas pessoas que amamos e em nosso próprio potencial, sendo Magali a prova disso. 

Apesar de leve, houve espaço para o romance entre Cebolinha e Mônica (para quem eu torço muito) e um climinha desnecessário entre Jeremias e Denise, um casal que eu não shippo de modo algum, e senti muita falta do Xaveco, para fazer par romântico com a de maria-chiquinhas. #XaveniseSempre🩷Quanto ao Jerê, na minha mente ele pode ficar com a Milena e ser feliz com ela. 

O filme, que conta com uma reviravolta, terminou vago, claramente em sinal de que teremos muito mais a explorar, pois conforme anunciado pela MSP, a Turma da Mônica Jovem terá uma série de quatro longas-metragens. 

Bem, só posso dizer que estou esperançosa para mais aventuras dessa turma tão querida e que marcou a minha infância e adolescência. 


ENREDO, ELENCO, PERSONAGENS E PRODUÇÃO. 

O enredo foi cativante, me prendendo até o final, dando espaço para cada personagem ter o seu momento de brilhar. Senti falta da presença marcante de comédia da Denise, que não tivemos neste longa, pois ela aparece bem pouco, ao lado da Carminha. 

Espero que num próximo filme ela ganhe mais destaque e que o Xaveco apareça. Também espero que em alguma outra oportunidade, apareçam a Ramona e o Nimbus, pois tem tudo a ver com magia, e eles combinam muito juntos! 

Quanto aos personagens que realmente apareceram, posso dizer que o elenco todo está de parabéns pelo trabalho, porque entregaram satisfatoriamente os sentimentos de cada personagem. 

Sophia Valverde e Bianca Paiva já atuaram juntas na novela Chiquititas (2013 - 2015) e nos filmes “A Garota Invisível” (2020) e em sua sequência “Hora de Brilhar” (2022). Desta vez, como Mônica e Magali ambas se saíram muito bem e demonstraram a química de cena que possuem, para darem vida a duas melhores amigas! Adorei vê-las novamente em um longa juntas, sempre têm uma energia boa no ar, sem contar que a Bianca transmitiu muito bem a delicadeza e as inseguranças da Magali neste filme. 

Sophia Valverde é um caso à parte, sou fã dela desde que ela era pequena e cada vez mais melhora em sua atuação. Eu assisti ao filme de As Aventuras de Poliana (2023) e de lá para cá, ela já aprimorou na intensidade de algumas cenas, principalmente porque a Mônica é cabeça quente, e ela representou com louvor. 

Xande Valois entregou bem como Cebola e combinou bem com a Sophia, convencendo como um casal. O primeiro contato com ele foi na produção “Fazendo Meu Filme” (2024), e de um filme para outro, houve melhora, ainda que falte intensidade em algumas cenas pontuais. Quero fazer uma menção honrosa ao Théo Salomão, nosso querido Cascão, cujo trabalho eu não conhecia, mas me encantou de primeira, deu muito certo o escalarem para o papel. 

Mas, nem só de mocinhos vive a história! Estou falando da Carminha Frufru, interpretada pela maravilhosa Giovanna Chaves, que também vi em  “Fazendo Meu Filme” (2024), naturalmente como vilã, porém senti que em TMJ ela foi mais certeira, colocou mais emoção nas cenas de medo, apenas deixando a desejar um tantinho nos momentos de susto. 

Yuma Ono, conhecido pelo seu canal no YouTube, interpretou o DC de forma satisfatória. Contudo, não vou julgar demais a participação dele, pois o personagem não teve muitas cenas e esta foi sua primeira experiência como ator. 

Os demais atores eu não conheço, de forma que não posso julgar com profundidade, mas gostei bastante da atuação deles, com destaque para as atrizes que interpretaram Denise e Milena 

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

[Resenha] As Aventuras de Poliana: o filme

Informações do filme 

Título: As Aventuras de Poliana: o filme

Duração: 93 minutos 

Data de lançamento: 30/11/2023

Gênero: Amizade, Romance, Suspense 

Produtora: Panorâmica Filmes 


Minha ficha

Assistido em: fevereiro de 2024

O que mais gostei: O plano para entregar Germana 

O que menos gostei: Ingenuidade extrema da protagonista 

Minha nota: 8/10 ou 4 estrelas 


Depois de duas temporadas de novela, ainda houve espaço para um filme! Sim, estou falando de “As Aventuras de Poliana”, protagonizado pela doce atriz Sophia Valverde. 

Roteirizado por Íris Abravanel, o longa-metragem foca nos planos para o futuro de Poliana; a garota deseja provar ao pai que ela pode se virar sozinha para estudar no exterior. Desta forma, decide ir trabalhar com seus amigos Kessya (Duda Pimenta) e Luigi (Enzo Krieger) e seu namorado João (Igor Jansen), em um resort durante as férias. 

Lá, eles encontram Léo (Pablo Morais), um rapaz que aparentemente é gente boa e se interessa por Poliana, contudo, possui um caráter duvidoso. 

E Germana (Bárbara França), a maquiavélica neta do dono do resort, que se acha a dona do pedaço, se fazendo de protetora da natureza, quando na realidade, não se importa com ecologia e nem com os moradores da vila local - muitos deles, funcionários do resort, como Cíntia (Larissa Bocchino), que desperta simpatia por João.

A vilã trata Poliana bem pelo fato de a menina ser filha de Otto (Dalton Vigh), entretanto, no fundo, não gosta dela e nem de seus amigos, deixando um clima pesado no local de trabalho e levantando desconfianças sobre seu caráter e as suas reais intenções com seu novo projeto de expansão do estabelecimento. 

Em meio a desentendimentos, principalmente pela ingenuidade extrema de Poliana, os quatro amigos devem ter coragem e estratégia para desmascarar Germana e dar um “final feliz” aos moradores. 

Apesar do cenário nada tranquilo, eles ainda encontram, eles ainda encontram momentos de descontração e romance, com Kessya e Luigi tentando se aproximar mais como um casal (lembrando que ele é extremamente tímido) e Poliana e João já com sua história de amor caminhando com muito afeto e alguns conflitos. 

As lições que podemos tirar do filme são: 

  • A persistência de querer algo 

  • Lutar até o fim pelo que acreditamos, e para fazer o certo 

  • Pensar de maneira positiva em meio às adversidades 

  • Não perder a esperança de dias melhores. 


É uma obra que demonstra valores humanos como a honestidade, a importância de se preservar a verdade e a integridade acima de tudo, e de saber que o bem sempre vence no final das contas. 

Recomendo a todos que desejarem ver um filme nacional, leve e divertido, com uma pitada de suspense e muito romance incluído no pacote! 



ROTEIRO, ELENCO E PERSONAGENS 

O elenco principal já se conhece há anos, portanto, houve muita em cena, mas destaco a interpretação impecável do Igor Jansen: deu para sentir de verdade todas as emoções de seu personagem, desde a felicidade até a angústia, pela ingenuidade da namorada (algo que também me irrita demais nela, e o João simplesmente representou isso, com maestria) 

A amizade de Kessya e Poli foi algo fofo de ver, e as atrizes deixaram isso bem transparente nas cenas. Por sua vez, o ator Enzo Krieger interpretou a timidez de seu personagem de maneira muito convincente. Adorei vê-lo nas telonas e aprovo sim, o romance com a Kessya. A Song Park nunca foi a pessoa certa para ele, sinceramente 😣

Os intérpretes de Léo, Germana e Cíntia eu ainda não conhecia, mas considero participações satisfatórias. 

Como todo roteiro típico de Íris Abravanel para adolescentes, tivemos espaço para a primeira briga, o primeiro ciúmes, as amigas que se ajudam sempre, e coisas triviais da faixa etária. 

Tirando a ingenuidade da Poliana, o resto foi de boas, tal como o clímax da história, contando com uma reviravolta envolvendo a vilã. 

Em geral, foi bem escrito, e por ser um filme, se tratou de algo bem mais conciso, uma coisa boa àqueles que conhecem os longuíssimos enredos da dona Íris. Ela mostrou que sabe como cativar seu público através de seu enredo, desta vez, nos cinemas. 

A trilha sonora foi boa, e fiquei contente em ver uma das canções da novela sendo inseridas no longa; trata-se da faixa “Mais Amor” interpretada por Duda Pimenta, que trata sobre aceitação às diferenças e de espalhar amor.