domingo, 1 de dezembro de 2019

[The Monster Inside of My Bed] Capítulo 8


[POV do Allen]

Estamos ambos sentados na cama jogando xadrez. É estranho que eu não consigo saber como me desculpar pelo que aconteceu mais cedo.
— Xeque-mate! — Eu acordo do meu transe e olho para ela quando ela disse isso.
— Eu não quero continuar. Eu quero dormir — Ela o disse novamente, enquanto estava arrumando sua cama.
Eu quero falar com ela, mas eu continuo pensando que eu já havia cometido muitos erros em relação a ela. Eu sei que eu sou muito mais velho do que ela, então eu devo saber dessas coisas. Que tal isso? Eu não lembro da minha vida passada.
Que tipo de pessoa eu sou?
E a grande questão é: Eu ainda estou vivo?
Talvez eu já tenha morrido e me tornado um fantasma?
Eu olho para ela, e ela já está arrumando seu cobertor, e ela se deita de costas para mim. Eu flutuo para onde está a frente dela. Eu não sei, mas parece que há uma força me puxando para beijar a testa dela.
— Boa noite, Jessica — Eu sussurrei.

[POV da Jessica]

Eu repentinamente abri meus olhos quando ele fez aquilo, mas ele desapareceu da minha vista. Ele me beijou na minha testa.
— Boa noite também, Allen — Eu disse, mesmo sabendo que ele não podia me ouvir.
Eu já deveria estar dormindo, mas depois do que ele fez, parece que eu não consigo fazê-lo. Isso me frustra. Eu estou fechando meus olhos, porém minha mente ainda está desperta.
Tudo se reflete em minha mente, e as acenas que ocorreram há pouco continuam rebobinando em minha cabeça.
Continuo me virando em minha cama e paro. Recordei-me de que ele está embaixo da minha cama e sentirá meus movimentos de cima. Eu pareço uma estátua ou uma pessoa infartada!
Eu não consigo me mexer. lub..dub..lub..dub (Coração batendo rápido). Lá vamos nós de novo
Quando eu acordei... Okay, honestamente, eu não acordei, porque eu não dormi.
Quando eu me virei, ele já estava lá atrás de mim.

O coração se acelera, [[1]]
Cores e promessas,
Como ser corajosa?
Como eu posso te amar, quando estou com medo de cair?
Observando você sozinho,
Certamente, todos os meus pensamentos voam...
Um passo mais perto

Agora mesmo eu estou olhando para ele, e eu senti a palpitação acelerada do meu coração, mas não me importei com isso. Eu apenas continuo olhando fixamente para ele, enquanto que ele também está olhando fixamente para mim.
Há algo em seus olhos? Há algo que ele está dizendo, mas eu não consigo compreendê-lo.
— O que aconteceu aos seus olhos? — Ele me questionou.
— Ah... Isso? Nada — “Não, você é a razão pela qual eu tenho essas olheiras”
— Você não dormiu apropriadamente?
“Sim, eu não dormi por sua causa. Você continua perturbando minha mente”
— Oh, eu realmente dormi apropriadamente — Eu respondi, forçando um sorriso.

[...]

Naquela noite, quando eu estava indo dormir, ele se aproximou de mim e sentou-se em minha cama.
— Você quer que eu te acompanhe, assim você pode dormir apropriadamente?
Lá vem você de novo! Me fazendo ficar sempre confusa. Eu já me questionei sobre isso. “Allen, eu já sou grande, eu já não sou mais aquela menina que não está acostumada a dormir sozinha.
É isso que você pensa de mim? Eu ainda sou a mesma criança?”
Eu não sei por que eu não consigo responder. Eu vi em sua expressão facial que ele não sabia o que fazer. Mas, no final, ele se deitou ao meu lado.
Eu não sei o que me possui. Eu repentinamente deito e abraço seu peito, e eu sei que eu o surpreendi. Ele me abraça, e nada mudou. Continua o mesmo. Fui eu quem mudei.
Eu durmo confortavelmente. Eu acordei e percebi que a nossa posição não mudou. Eu acordei na nossa posição que não se modificou. Eu acordei antes dele, e essa foi a primeira vez que eu o vi dormindo. Geralmente, ou ele acordava antes de mim, ou nós dois acordávamos na mesma hora.
“Você é tão namoradora, Jessica”. Você e um cara dormindo na mesma cama? Se fosse antes, ele seria seu irmão mais velho, quando nós dormimos um ao lado do outro. Mas e agora? Parece que estamos em um relacionamento ou somos casados. Se alguém nos ver agora, vão pensar que está havendo algo entre nós.
Eu ri do que eu estava pensando. Ele acordou devido ao meu movimento, e sentou.
— Ah... eh... Bom dia? — Eu disse, gaguejando — Jessica, sua louca! Você disse isso como uma pergunta!
— Bom dia! — Ele me respondeu sorrindo.
— Jessica, é hora do café da manhã! — Minha mãe berrou da escadaria.
— Sua mãe está te chamando! Você deve ir e comer — Allen disse.
— Okay, mãe! — Eu vou trazer sua comida mais tarde, okay? — Eu corri para a cozinha.

[POV do Allen]

Jessica desceu para tomar seu café da manhã. Eu estou feliz em ver como Jessica está agora. Parece que ela já não é mais aquela garotinha.
Ela imediatamente voltou trazendo uma comida que ela escondeu de seus pais. Eu também voltei para baixo para comer, porque estava indo tomar uma ducha.
E se eu for espiar? Que bastardo, Allen. Você está sendo pervertido, pelo que parece.

~ Ele para. Então, ele continua a comer ~
Já são 18:00, daqui a pouco tempo ela retorna. Eu estou olhando para o exterior da janela do quarto dela. Minutos se passaram e ela ainda não estava aqui, até que um carro parou.
Um cara saiu dele e abriu o lado do passageiro. Eu vi Jessica, e o cara a ajudou.
Eles estão sorrindo um para o outro enquanto conversavam depois que o cara voltou ao carro dele e foi embora. Eu vi Jessica entrando em casa, por isso eu a esperei na porta. Quando ela me viu, ela estava em choque.
— Quem é ele? — Eu perguntei, enquanto ela estava abaixando suas coisas.
— Meu colega de classe.
— O que ele estava fazendo aqui?
— Ele me trouxe para casa
— Por quê?
— Hum... Por nenhuma razão, ele apenas me trouxe para casa.
— Você não sabe como voltar para casa?
Ela se virou para mim e repentinamente deu risada:
— Haha. Tá falando sério? Ou você só está zoando com a minha cara? Ele só quis me trazer de volta.
— Estou falando sério — Eu disse, enquanto estava para ela, e pareceu que ela estava surpresa com o que eu havia dito.
— Por que você está assim? Você está estranho — Ela me respondeu, e foi para a cama.
Eu a estava esperando do lado exterior da porta.
“Por que eu disse aquilo para ela? O que ela pensa de mim agora mesmo? Por que eu estava frustrado ao vê-la com outro cara?”
Um momento depois, a porta se abriu. Ela olhou diretamente para mim, esperando por algo. Entretanto, a minha boca estava selada.
Ela foi direto para a cama e começou a dormir.
Eu quero falar com ela... para me desculpar? Ou para perguntar-lhe por que um cara lhe trouxe para casa? Eu realmente quero que ela se explique a mim?
Eu estava ao lado de sua cama, olhando e desfrutando de sua beleza. Eu não posso conversar com ela, então decidi ir para baixo da cama. Eu não consigo dormir. Isso parece uma eternidade!
Por que eu perguntaria se alguém a trouxe para casa? Primeiro, ela é muito linda. Ela é o tipo de mulher que as pessoas amariam ter. Em segundo lugar, o que eu sou para ela?
Por último, ela já é uma jovem adulta, agora. Não é de se admirar que machos a queiram cortejar.
Eu fui batido por um bloco. Por que eu repentinamente estou surpreso? Por que eu estou falando isso... como se eu tivesse alguma experiência anterior, sobre estar em um relacionamento. Legal.

[1] Tradução da música “Thousand Years”, da cantora Christina Perri.

sábado, 16 de novembro de 2019

[Novel Filipina] The Monster Inside of My Bed


Informações Gerais
Título: The Monster inside my bed
Autor: FreakNaPusa
País: Filipinas
Capítulos: 17
Gênero: Romance Contemporâneo e Fantasia

Créditos de Tradução:
Sharramycats (Inglês)
Traduzido do inglês para o português por: Rebeca Arimi Suzuki

Sinopse:
Como você pode amar alguém se ele é do passado e você é do presente?
Duas pessoas, de duas linhas temporais distintas.
Onde as estações e o tempo são seus inimigos
Teria esse tipo de amor um final feliz?

Sumário


Capítulo 1 – O Monstro na minha cama
Capítulo 2 – Há um monstro
Capítulo 3 – Eu sou amiga do Monstro
Capítulo 4 – Um crush pelo Monstro
Capítulo 5 – Adeus, Allen
Capítulo 6 – De volta para casa
Capítulo 7 – Coração batendo rápido
Capítulo 8 – Confuso
Capítulo 9 – Eu a amo!
Capítulo 10 – O baile de formatura dela
Capítulo 11 – Meu sacrifício
Capítulo 12 – Encarar a Realidade
Capítulo 13 – Decidida
Capítulo 14 – O coração dói
Capítulo 15 – Vestido de casamento
Capítulo 16 – Mil anos
Capítulo 17 – Estou aqui sem você

Data original da postagem: 06/10/2019 às 15:27

[The Monster Inside of My Bed] Capítulo 7 – Coração batendo rápido


Depois do meu primeiro dia de aula na universidade, eu entrei no meu quarto e o tranquei.
— Hey, Allen! Onde está você? — Eu gritei para ele.
 Pst! Não berre! Sua mãe e seu pai te escutarão e virão aqui — Allen me disse.
— Não se preocupe. Já não é mais como antes. Eles já não estão mais sempre aqui — Respondi
— Por que?
— Eu já sou uma pessoa crescida e independente. Não se preocupe. Eles confiam em mim — Eu disse enquanto sorria para ele.
— Por que você me chamou?
— Ai, eu esqueci! Eu comprei algumas roupas para você, então você pode se trocar. Eu não pude fazer isso antes porque eu era muito nova e não podia me dar ao luxo de comprá-las
— Não, precisa, minhas roupas não ficam velhas.
— Oh, por favor!
Ele aceitou e entrou no banheiro. Eu o esperei, então ele saiu do banheiro.
— Oh, minha nossa! Isso realmente combina com você — Eu lhe disse, surpresa.
— Sério? — Ele disse, inseguro.
— Claro que sim! Então, vamos sair.
— Eu não posso.
— Hã? Por que?
— Você se esqueceu? Eu não posso sair da cama.
Eu não o havia respondido até que eu me lembrei:
— Oh, certo, eu me esqueci — Eu sentei na cama, triste.

[POV do Allen]

Ela ficou triste com a minha resposta. Talvez por já ter passado muito tempo, por isso ela se esqueceu.
— Como é seu primeiro dia na universidade? — Eu indaguei, para mudar o assunto. Talvez a tristeza que ela sentia fosse embora.
— Comum, sempre a mesma coisa. Nada especial.
— Bem, este é apenas seu primeiro dia — Eu disse sorrindo.
No dia seguinte, eu escutei que ela havia acordado, por isso, eu saí da cama.
— Oh, Deus!
— Oh, merda! — Nós dissemos simultaneamente.
Eu a vi usando sua roupa íntima; sua calcinha e seu sutiã. Parece que ela vai tomar um banho. Eu rapidamente retornei e me escondi debaixo da cama.
— Estúpido! Idiota! — Eu disse a mim mesmo enquanto batia em minha cabeça.
Ela não é mais a pequena Jessica de antes. Ela já é uma moça. É constrangedor para uma moça ter um homem no mesmo quarto.
— Uhmm... Allen? — Ela me chamou.
— A... Ah, desculpe, Jessica. — Eu timidamente lhe disse.
— Está tudo bem, é minha culpa também, já que eu não te disse de antemão. Eu esqueci que eu tenho um companheiro de quarto.
— Okay, apenas tome seu banho e me diga se eu posso sair.
— Okay.

~ Narração em terceira pessoa ~

— Oh, meu Deus! Eu vou me atrasar! Allen, você pode procurar pelo meu relógio? — Jessica disse, apressada.
— Sim — Respondeu. Ele imediatamente flutuou ao redor do quarto para procurar.
Pelo fato de os dois estarem com pressa, eles não perceberam que iam esbarrar um no outro. O tempo parece ter parado. Eles estão olhando fixamente um para o outro.
As mãos de Allen estão na cintura de Jessica, enquanto que as mãos de Jessica estão nos ombros de Allen.
Eles estão a um centímetro de distância um do outro. Eles podem ambos ouvirem o barulho de suas respirações. Os narizes deles estão tocando e ambos sentem algo: a palpitação rápida de seu coração.
“O que é esse estranho sentimento?” — Eles se questionam.
Depois de um momento, eles voltaram à realidade.
— Desculpe — Allen disse.
— Tudo bem, eu também estou com pressa, como você.
— Aqui está seu relógio.
— Ah, obrigada. Eu irei agora. Te vejo mais tarde — Jessica disse, se despedindo.

[...]

Depois da aula de Jessica, ela foi direto para casa. Ela estava procurando por Allen quando ela entrou em seu quarto.
— Por que você está em casa imediatamente? — Allen percebeu.
— Eu não quero perambular por aí.
— Talvez se você se trancar aqui comigo, seus pais vão decidir migrar de novo.
— Haha! De jeito nenhum! Eu não aceitarei.
— E por que?
— Eu sentirei sua falta. Por que? Você não sentiu minha falta?
— Eu senti sua falta — Allen disse calorosamente.
Ambas as bochechas se tornaram calorosas com o que ouviram.

[...]

De noite, quando estavam dormindo, Jessica repentinamente teve um sonho.
— Jessica, você está bem? — Allen perguntou, preocupado.
— Eu tive um pesadelo muito ruim. — Respondeu Jessica enquanto ofegava.
Allen estava voltando para baixo quando...
— Você irá me acompanhar? — Jessica disse, em voz baixa.
Allen se virou e respondeu àquilo com um sorriso. Ele se sentou ao lado de Jessica, a qual está deitada.
— Bem como nos velhos tempos — Jessica disse sorrindo.
— Como? — Perguntou Allen.
— Assim. Você me vigiando quando eu tenho um pesadelo até que eu caia no sono novamente. Você é a razão pela qual eu consegui sobreviver ficando sozinha no quarto!
— Tem razão. É bom que você não está chorando, diferente de antes. — Ele sorriu. Ele olhou para Jessica, porém viu que ela já estava dormindo.

[...]

No dia seguinte, ambos acordaram juntos na cama, com Jessica abraçando Allen.
Eles se entreolharam até que ambos se sentiram desconfortáveis naquela atmosfera.
Ambos se levantaram apressadamente.
— Desculpe, eu não percebi que você dormiu aqui — Allen explicou.
Jessica coçou sua nuca, sem saber o que dizer. Ela pegou a toalha e foi ao banheiro e disse:
— Ai, eu vou me atrasar!

[...]

— Merda! Você é muito estúpido! Idiota! — Allen disse a si mesmo, coçando sua cabeça, quando Jessica entrou no banheiro.
No banheiro, Jessica está se apoiando na porta enquanto toca em seu coração.
— Coração batendo rápido! Por que meu coração está batendo assim? (lub..dub..lub..dub).

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

[The Monster Inside of My Bed] Capítulo 6 – De volta para casa.


[POV do Allen]

Uma pessoa repentinamente entrou no quarto.
— Muito cansada — Disse uma voz feminina.
Eu olho para os seus pés e vejo que eles não são pequenos. Tenho certeza que essa não é garotinha Jessica.
— Tenho saudade desse lugar! Tenho certeza que nada mudou.
Deitada na cama, ela se levantou e deu a volta por todo o quarto. Eu espiei do lado de fora e vi que ela foi em direção à mesa de estudos da Jéssica e tocou nas coisas da Jessica.
— Como ousa tocar nas coisas da Jéssica!
— Elas ainda estão aqui. As memórias da minha infância — A mulher sussurrou.
Ela estava de costas para mim. Do meu ponto de vista, eu pude ver que ela tinha cabelos longos, enquanto usava jaqueta jeans. Não demorou para que eu a visse tirar a sua jaqueta. E ela jogou aquilo que “devia ficar na cama”
Já que eu estava de costas para ela, aquilo atingiu a minha cara.
— Ouch! — Eu praguejei, e imediatamente me escondi quando ela se virou.
— Quem é? — Ela disse, em choque.
Essa foi por pouco. Isso me deixa nervoso. O que ela está fazendo, e se intrometendo nas coisas dos outros?
Ela é a nova inquilina que vai morar aqui? Jessica realmente não vai voltar?
A noite chegou e ela caiu no sono. Eu sai para ver o rosto dela claramente. A luz da lua ilumina a escuridão do quarto. Brilha em seu rosto, enquanto ela dorme profundamente.
— Ela é linda. — Eu sussurro enquanto deixo minha cabeça próximo do rosto dela para observá-la mais de perto.
Ela tem cílios longos, nariz pontudo e lábios beijáveis. Eu não sei o que deu em mim para eu querer tanto me aproximar dela desde que ela acordou.
— Quem é você? — Ela chorou.
Eu gesticulei para ela manter sua calma, mas de repente sua voz se tornou mais alta.
— Você é um pervertido! Um estuprador! — Ela queria gritar, então eu me movimentei. Eu tapei a boca dela utilizando a minha mão, mas ela me mordeu.
Ela intoleravelmente me mordeu! Que boca!
— Ouch! — Eu gritei
— Ajuda! Ajuda! — Ela berrou.
— Cale a boca! — Eu lhe disse
— Suma! — Ela insistiu.
— Garota maldita, você é a única que deve sair! Esse quarto é da Jessica, não seu.
— Você me conhece?
— Eu estou falando da Jessica, não de você
— Jessica e eu somos a mesma pessoa, porque eu sou ela, seu idiota!
Eu me surpreendi com a repentina revelação. Mas não pode ser. Jessica é apenas uma criança.
— Vo... Você parece familiar. — Ela gaguejou enquanto vagarosamente caminhava em minha direção.
Eu voei para longe dela. Eu não posso acreditar nela!
Eu a vi caminhando em direção à mesa de estudos da Jessica e parecia que ela estava agarrando alguma coisa. Eu enrijeci porque ela estava abraçando um desenho da Jessica, de mim mesmo.
— Não toque nisso! Isso é meu! — Eu estava falando com ela, querendo pegar o papel.
— Isso é meu — Ela disse, enquanto tentava evitar que o papel fosse parar em minhas curiosas mãos. — Então, você é real.  Na verdade, você é real, certo? — Sua voz repentinamente se tornou inexpressiva enquanto estava dizendo aquilo e eu podia ver brilhantes lágrimas em seus olhos.
— Está se referindo a mim? — Eu perguntei.
— Você é real, de verdade! — Ela repentinamente pulou e me abraçou — Você não é apenas um sonho ou imaginação. Não é como eles disseram — Ela acrescentou.
— Jes…Jessica?! — Eu perguntei. Eu apenas queria ter certeza e esclarecer o que estava confuso em minha mente.
— Sim, sou eu. Se lembra? — Ela falou para mim, sorrindo, enquanto suas lágrimas vagarosamente se derramavam em seu adorável rosto.

[POV da Jessica]

— Você nunca mudou — Eu disse a ele. Ainda não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo.
— É realmente você, Jessica? — Ele parecia uma criança perdida.
— Sim, sou eu. — Eu sorri e o abracei.
— Você mudou muito.
— Hmmm... Muitos anos se passaram — Eu expliquei rapidamente, querendo aproveitar o momento.
— Por que você não voltou?
— Depois de um mês meus pais decidiram ficar na América de vez. Eu pedi para eles para voltar por sua causa, porém eles rejeitaram a ideia — Eu expliquei.
— Então você não voltou?
— Eu tentei. Eu contei para eles sobre você, mas eles não acreditaram em mim. Eles me disseram que você era só um amigo imaginário que eu tinha até me acostumar com a cidade e disseram para eu te esquecer. Eu estou realmente arrependida — Me desculpei.
Eu pude ver em seus olhos que ele acreditava em mim e entendi tudo o que havia acontecido.
— Como está? — Perguntei.
— Continuo o mesmo.
— Eu sei. — E ri.
— Por que? — Ele me indagou de forma questionadora, talvez porque eu ri.
— Nada. É só que eu lembrei que eu tinha um crush por você e a coisa mais louca que eu fiz foi te beijar. Você é meu primeiro beijo!
— Eu lembro. Na verdade, você queria ser minha namorada. — Ele riu, com a repentina lembrança.
Eu não respondi. Pensar naquelas coisas que eu fiz no passado se tornava inconveniente nesses momentos. Eu já sou uma adulta, uma mulher completamente crescida.
Eu o observei com absoluta atenção: ele está dando risada, e nada mudou. Ele não envelheceu. Ele ainda tem aquela aparência linda que me fez ficar louca por ele desde que eu era criança.
— Nós ficaremos aqui definitivamente e continuar a minha universidade no país. — Eu lhe disse.
— Sim, isso é bom. Sinto sua falta, Jessica.
— Eu gosto do jeito que você me chama de “Jessica” — Digo isso com um sorriso em meu rosto.

[The Monster Inside of My Bed] Capítulo 5 – Adeus, Allen.


— Okay, querida, boa noite! Durma bem porque você vai acordar cedo para ir à escola amanhã.
— Tenha doces sonhos — O pai dela disse e beijou a testa dela também.
— Sim, mamãe, papai. Boa noite também.
Um momento depois, Allen acordou devido aos barulhos que escutou.
“Espere! É a Jessica?” Allen pensou solenemente.
Allen voou e a viu tendo um pesadelo.
   Acorde! Jessica, acorde!
Jessica acordou chorando e o abraçou apressadamente.
   Por que? O que houve?
   Eu tive um pesadelo — Ela confessou, enquanto chorava
— O que você quer que eu faça?
— Mamãe e papai sempre ficam de vigia em mim até eu dormir.
— É isso? Okay, durma agora e eu te vigiarei — Ele respondeu, bocejando.
Ele se sentou ao lado dela e a observou dormir, forçando a abrir seus olhos enquanto bocejava.
— Boa noite, Allen — Jessica sorriu.
— Boa noite, Jessica — Ele respondeu.

Eu a vi partir através da janela dela. Ela olhou para mim e sorriu antes de entrar no carro com a família dela. Ela disse que ela estava indo à América.
Depois disso, eu olhei o calendário. Ela circulou a data quando estará de volta. Este dia é daqui a um mês.
Eu estou sempre sozinho no quarto dela. Todas as coisas com as quais eu podia brincar, eu já usei. Eu não sei, mas eu acho que eu já me acostumei em tê-la comigo. Diferente de antigamente, ainda que eu passei muitos anos sozinho, eu não estive impaciente assim.
Muitos anos se passaram. Eu pude ver seu quarto, o qual agora, está cheio de poeira. O quarto ficou sujo. O ano em que ela foi embora, era 2000, e agora já é 2012.
Eu fiquei embaixo da cama, escrevendo sobre o chão empoeirado quando eu escutei a porta se abrindo. Alguém entrou no quarto, por isso, eu me escondi.
Quem entrou não foi Jessica, parece que ela é uma empregada, pois limpa o quarto. Eu foi embora quando terminou.
Dias se passaram e eu estou pensando: “Eles não venderam a casa, certo? Se for assim, outra pessoa estará usando essa cama. Parece que a criança não vem mais.”
— Estou entediado — Eu gritei.
Foi quando a porta se abriu de novo.