quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

[Resenha] As Aventuras de Poliana: o filme

Informações do filme 

Título: As Aventuras de Poliana: o filme

Duração: 93 minutos 

Data de lançamento: 30/11/2023

Gênero: Amizade, Romance, Suspense 

Produtora: Panorâmica Filmes 


Minha ficha

Assistido em: fevereiro de 2024

O que mais gostei: O plano para entregar Germana 

O que menos gostei: Ingenuidade extrema da protagonista 

Minha nota: 8/10 ou 4 estrelas 


Depois de duas temporadas de novela, ainda houve espaço para um filme! Sim, estou falando de “As Aventuras de Poliana”, protagonizado pela doce atriz Sophia Valverde. 

Roteirizado por Íris Abravanel, o longa-metragem foca nos planos para o futuro de Poliana; a garota deseja provar ao pai que ela pode se virar sozinha para estudar no exterior. Desta forma, decide ir trabalhar com seus amigos Kessya (Duda Pimenta) e Luigi (Enzo Krieger) e seu namorado João (Igor Jansen), em um resort durante as férias. 

Lá, eles encontram Léo (Pablo Morais), um rapaz que aparentemente é gente boa e se interessa por Poliana, contudo, possui um caráter duvidoso. 

E Germana (Bárbara França), a maquiavélica neta do dono do resort, que se acha a dona do pedaço, se fazendo de protetora da natureza, quando na realidade, não se importa com ecologia e nem com os moradores da vila local - muitos deles, funcionários do resort, como Cíntia (Larissa Bocchino), que desperta simpatia por João.

A vilã trata Poliana bem pelo fato de a menina ser filha de Otto (Dalton Vigh), entretanto, no fundo, não gosta dela e nem de seus amigos, deixando um clima pesado no local de trabalho e levantando desconfianças sobre seu caráter e as suas reais intenções com seu novo projeto de expansão do estabelecimento. 

Em meio a desentendimentos, principalmente pela ingenuidade extrema de Poliana, os quatro amigos devem ter coragem e estratégia para desmascarar Germana e dar um “final feliz” aos moradores. 

Apesar do cenário nada tranquilo, eles ainda encontram, eles ainda encontram momentos de descontração e romance, com Kessya e Luigi tentando se aproximar mais como um casal (lembrando que ele é extremamente tímido) e Poliana e João já com sua história de amor caminhando com muito afeto e alguns conflitos. 

As lições que podemos tirar do filme são: 

  • A persistência de querer algo 

  • Lutar até o fim pelo que acreditamos, e para fazer o certo 

  • Pensar de maneira positiva em meio às adversidades 

  • Não perder a esperança de dias melhores. 


É uma obra que demonstra valores humanos como a honestidade, a importância de se preservar a verdade e a integridade acima de tudo, e de saber que o bem sempre vence no final das contas. 

Recomendo a todos que desejarem ver um filme nacional, leve e divertido, com uma pitada de suspense e muito romance incluído no pacote! 



ROTEIRO, ELENCO E PERSONAGENS 

O elenco principal já se conhece há anos, portanto, houve muita em cena, mas destaco a interpretação impecável do Igor Jansen: deu para sentir de verdade todas as emoções de seu personagem, desde a felicidade até a angústia, pela ingenuidade da namorada (algo que também me irrita demais nela, e o João simplesmente representou isso, com maestria) 

A amizade de Kessya e Poli foi algo fofo de ver, e as atrizes deixaram isso bem transparente nas cenas. Por sua vez, o ator Enzo Krieger interpretou a timidez de seu personagem de maneira muito convincente. Adorei vê-lo nas telonas e aprovo sim, o romance com a Kessya. A Song Park nunca foi a pessoa certa para ele, sinceramente 😣

Os intérpretes de Léo, Germana e Cíntia eu ainda não conhecia, mas considero participações satisfatórias. 

Como todo roteiro típico de Íris Abravanel para adolescentes, tivemos espaço para a primeira briga, o primeiro ciúmes, as amigas que se ajudam sempre, e coisas triviais da faixa etária. 

Tirando a ingenuidade da Poliana, o resto foi de boas, tal como o clímax da história, contando com uma reviravolta envolvendo a vilã. 

Em geral, foi bem escrito, e por ser um filme, se tratou de algo bem mais conciso, uma coisa boa àqueles que conhecem os longuíssimos enredos da dona Íris. Ela mostrou que sabe como cativar seu público através de seu enredo, desta vez, nos cinemas. 

A trilha sonora foi boa, e fiquei contente em ver uma das canções da novela sendo inseridas no longa; trata-se da faixa “Mais Amor” interpretada por Duda Pimenta, que trata sobre aceitação às diferenças e de espalhar amor. 

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

[Resenha] Fazendo Meu Filme

Informações do filme

Título: Fazendo Meu Filme 

Baseado em: Livro homônimo 

Duração: 96 minutos 

Data de lançamento: 14/02/2024

Gênero: Comédia, Romance Contemporâneo, Escolar 


Minha ficha 

Filme assistido em: 24/02/2024

O que mais gostei: Quase tudo, principalmente o romance 

O que faltou: Final aberto. Espero que tenha segundo filme 

Minha nota: 9/10


Confesso que não li o livro homônimo da Paula Pimenta, então, vou dar a minha opinião apenas baseada na experiência com o filme, que me trouxe sentimentos bons. 

Mesmo não conhecendo a história, estava ansiosa para ver o longa-metragem, após saber que a protagonista seria interpretada pela Bela Fernandes, a qual demonstrou toda a sua fofura durante a trama, dando vida à adolescente Fani, que aos 16 anos, passou em um intercâmbio para Londres e tinha um crush pelo seu professor Marquinho (Caio Paduan), até descobrir que ele já era casado com Alice (Pâmela Tomé) sendo essa sua primeira decepção amorosa. 

Em meio a isso, ela descobre estar apaixonada pelo seu melhor amigo Leonardo (Xande Valois), enquanto sua melhor amiga Natália (Júlia Svacinna) gosta de seu irmão, Alberto (Matheus Costa). 

Fani é uma menina descolada e que gosta de curtir o fim de semana com os amigos, seja indo à uma festa ou frequentando um cinema. Ela sempre imaginou a sua vida como se fosse um filme, e seu sonho é se tornar uma famosa cineasta. 

Contudo, de início, ela estava em dúvida se aceitaria ou não o intercâmbio, sendo esse um tema subentendido no longa-metragem: as dúvidas e temores em relação ao futuro. Ainda assim, por insistência e incentivo dos pais, ela acaba topando a ideia

Não podemos esquecer da importância da família, que é o principal alicerce de uma pessoa, principalmente em momentos cruciais e decisões que podem transformar a vida de alguém. 

A mãe da protagonista, teve uma participação relevante no enredo, pois foi a pessoa zelosa, que confortava e aconselhava a filha em alguns momentos de sensibilidade

Responsável e estudiosa, ela fica triste com notas baixas, ao mesmo tempo em que, por ser uma garota muito imaginativa, pensa em alguns fatos de sua vivência como se fosse um filme, a exemplo do Titanic. Isso gera comédia e dá mais leveza ao longa. 

A personagem mostra o quão importante é seguir seus sonhos, lutar pelo que acredita, e por quem ama, antes que seja tarde. Gostei muito de acompanhar o envolvimento dos protagonistas, e a evolução deles de amigos para namorados, sempre demonstrando respeito, cumplicidade e compreensão. 

As poucas vezes em que se desentendiam, tudo se resolvia com uma boa conversa, mostrando que ambos podem se abrir sinceramente um com outro e dizer o que sentem sem medo.

Entretanto, nem tudo é um mar de rosas, e a pedra no sapato de Fani é a patricinha Vanessa (Giovanna Chaves), que ficará com Léo durante um tempo, até ele perceber o verdadeiro caráter dela. 

Foi muito bom ver a protagonista defendendo o amado de Vanessa, revelando que se importa com ele e quer vê-lo feliz, longe de pessoas interesseiras. 

A sorte da mocinha é poder contar com sua amiga Priscilla (Kíria Malheiros) que a apoia em seu relacionamento com Léo. Uma pena não terem explorado mais a personagem, pois a Kíria interpretou com maestria as poucas cenas em que deu as caras. 

De resto, podemos ver o quanto as amizades são verdadeiras nos momentos de dificuldades e apreensão. Ademais, descobrimos que, muitas vezes, a distância intensifica o amor, e dá certeza de que aquela é realmente a nossa pessoa especial. 


ENREDO, ELENCO E PERSONAGENS 

O enredo é típico de adolescente, com a demonstração do primeiro amor e os dilemas propícios desta faixa etária. Posso dizer que foi cativante, leve e divertido, do jeitinho que eu gosto, dando uma nota bem alta para esta produção. 

O elenco foi acertado em cheio, todos se encaixaram em seus devidos papéis, transmitindo verdade no olhar e na maneira de agir. 

O que falar da Belinha? Uma querida! Conheci pela primeira vez o trabalho dela como Filipa Pessoa, na telenovela gigantesca “As Aventuras de Poliana” (2018 - 2020), e logo em seguida, como a personagem surda Carol, no longa “O Melhor Verão das Nossas Vidas” (2020) 

Fiquei contentíssima em ver que ela foi a mocinha novamente, desta vez num papel de destaque, o qual combinou perfeitamente com a personalidade dela. Bela Fernandes entregou tudo, colocando sua energia desde as cenas de timidez até aquelas de alto-astral e de confronto, dando para sentir devidamente cada uma das emoções da Fani. Ela brilhou! 

Giovanna Chaves não larga seu posto de vilã adolescente, desde Cúmplices de Um Resgate (2015 - 2016), novela do SBT em que deu vida à Priscila. 

Anos depois em “O Melhor Verão das Nossas Vidas” (2020), interpretou a maliciosa Heloísa Diniz ou Helô, que nem dava bola para quem tinha um crush nela. 

Mais recentemente, eu a vi atuar em: Um ano inesquecível: Primavera (2023), também como a vilã Alice, a garota popular e chata da turma. Em 2024, apareceu novamente nos cinemas, como a fútil Carminha Frufru em: “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo”, filme que pretendo assistir assim que possível. 

Também este ano, ela foi a nossa querida vilã Vanessa, em “Fazendo Meu Filme”, que, apesar de aparecer pouco, foi bem interpretada, com aquele tipo de gente que sempre cria uma intriga para deixar os protagonistas na bad. 

Adorei ver a Alanys Santos em um filme! Eu a conhecia como a Paola, de “As Aventuras de Poliana”, e foi bom vê-la em uma produção cinematográfica. Deu pra ver a química em cena que ela e a Belinha conservaram desde a novela até esta obra, com entrosamento necessário de duas melhores amigas, que formam um trio inseparável com Nat. 

Apesar de não conhecer o trabalho da atriz Júlia Svacinna, posso dizer que ela foi uma das que mais roubou a cena e se saiu muito bem na atuação. Ela comentou em seu Instagram, a vontade que tinha de realizar a adaptação de um livro em filme e deu para ver o carinho que ela teve ao trabalhar. 

Esta também foi a minha primeira experiência com o ator Xande Valois, mas foi muito satisfatório, fazendo um bom par romântico com a Belinha e me dando uma noção de seu trabalho, e do que vou poder apreciar quando vê-lo como o Cebolinha, na live action “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo” (2024) 

Kíria Malheiros e Pâmela Tomé eu já conhecia da primeira temporada da série Reis (2022), como as personagens Eloá e Lavínia, as quais eu gostei e me identifiquei bastante na época. 

Sobre este filme, ambas brilharam em suas participações especiais, interpretando respectivamente a garota Priscila e Alice, a esposa do professor Marquinho, que só aparece em uma cena. 

O ator Pedro David, que interpretou Rodrigo, também participou do longa-metragem “Ela Disse, Ele Disse”, mas não lembro do personagem dele. Preciso rever para recordar. 

Os demais personagens, como os pais da Fani, o Rafa (que só aparece em uma cena) e algumas outras pessoas da escola foram bem interpretadas, compondo um núcleo harmonioso. 


A trilha sonora foi perfeita, desde as músicas nacionais às internacionais. E “PERFECT”, do Ed Sheeran, combinou muitíssimo com os momentos românticos do casal. 

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

[Resenha] Os deuses do Olimpo: Uma exploração completa da mitologia grega, das divindades e das aventuras dos heróis mais famosos

Informações do livro 

Título:  Os deuses do Olimpo: Uma exploração completa da mitologia grega, das divindades e das aventuras dos heróis mais famosos

Autor: Atlas Hélios 

Páginas: 103

Data de lançamento: 23/08/2023

Onde ler: Amazon Kindle Unlimited 


Minha ficha: 

Lido em: 20 a 22 de fevereiro de 2024

Minha nota: 4/10 ou duas estrelas 

O que não gostei: maior parte repetitiva 

O que valeu a pena: as lições de moral 


Apesar do título atraente, não posso dizer o mesmo do conteúdo apresentado. Esse é o tipo de livro que nos engana pelo seu subtítulo, capa bonita e sinopse cativante, mas deixa a desejar demais em sua essência. 

Em 103 páginas, poderia ter acabado bem antes, pois o excesso de repetição de frases, palavras e informações, tornaram o texto altamente prolixo, entregando uma leitura arrastada. 

Senti muita falta de um texto coerente, conciso e  enxuto, com preposições e conjunções adequadas para continuar a linha de raciocínio apresentada desde o início. Entretanto, a impressão que deu a entender foi de que o autor não conseguiu unir as ideias de um parágrafo para outro e, como solução, simplesmente repetiu o mesmo início de frase: “A mitologia grega…” 

Além disso, muitas seções apresentam os mesmos nomes e fatos, o que foi pura “encheção de linguiça” e poderia ter aproveitado as páginas para elucidar com algo diferente. Demora demais para chegar a ver uma informação relevante e distinta 

Li até o final para ver se a escrita melhorava, contudo, em nada me agradou. Alguns aspectos foram compensatórios, como por exemplo quando se explana quais as lições, valores e virtudes que podemos extrair dos mitos gregos e de seus protagonistas, seja a coragem, a perseverança ou a lealdade. 

A obra também apresenta a inspiração dos mitos em outras áreas, como na psicologia, assim como sua aplicação na cultura, literatura e entretenimento, tópico que iniciou na introdução e terminou no último capítulo. 

Em conclusão, posso dizer que, apesar de algumas passagens realmente terem valido a pena, a maior parte do livro não me prendeu, motivo pelo qual eu dou uma avaliação bem baixa para esta obra. 

Ademais, vi que o autor também escreveu livros abordando outras mitologias até interessantes, a exemplo da chinesa, porém, pelo fato de esta primeira experiência ter sido ruim, não lerei mais nada dele. 

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

[Resenha] Livro infantil: uma mente diferente

Título: Uma mente diferente

Autora: Natasha Meschiatti

Ilustrador: Thassiel Melo 

Páginas: 32

Editora: Tudo! Editora 

Data de lançamento: 18/07/2022 (2º edição) 

Faixa etária indicada: 5 a 9 anos 

Gênero: Cotidiano, Amizade 

Onde ler: Kindle Unlimited 


Minha ficha

Lido em: 22/02/2024 (quinta-feira) 

Minha nota: 10

O que mais gostei: A forma de escrita em rimas 


Este é um livro extremamente fofo, interativo e com um tema interessante: o Transtorno do Espectro Autista (TEA) explicado para crianças, de maneira bastante atrativa, com rimas em cada página se descreve com ternura as características de uma criança autista e como fazer para incluí-la nas atividades com os amigos. 

Recomendo ler com e para as crianças, a fim de que desde a tenra idade, aprendam a conviver com um amigo especial, visto que, em nossa sociedade, o número de autistas cresce no Brasil e no mundo. 

As escolas também devem estar cada vez mais preparadas para recebê-las com carinho e dar a devida atenção para que o aluno com TEA consiga aprender tão bem quanto as demais crianças de sua idade. 

No final do livro, há uma pequena explicação de como funciona o cérebro autista, para melhor compreensão deste tópico. 

No mais, a autora é mãe de um garoto autista, chamado Nikolai, a quem dedica este livro.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

[Resenha] Li em um dia: Percy Jackson e o Cálice dos Deuses

Informações do Livro 

Título: Percy Jackson e o Cálice dos Deuses 

Autor: Rick Riordan 

Parte da série: Percy Jackson e os Olimpianos 

Volume: 01 (trilogia nova)

Páginas: 219 (PDF, não oficial) / 272 (oficial, impressa) 

Editora: Intrínseca 

Ano: 2023

Gênero: Young Adult, Aventura, Cotidiano, Fantasia, Comédia e Romance Contemporâneo

Faixa etária: Juvenil 


Minha ficha

Lido em: 19/02/2024 (segunda-feira) 

Tempo de leitura: 7h26min (das 14h às 21h26min) 

Minha nota: 10

O que mais gostei: As menções aos livros anteriores 

Algo desnecessário (mas gostei, mesmo assim): Zeus contando lorota sobre sua infância. 


RESENHA 

Percy Jackson marcou a minha adolescência, e quando vi que sairia um novo volume de Percy Jackson e os Olimpianos, não pude deixar de conferir, e maratonei o livro, lendo-o inteiro ontem, sem parar, de tão eufórica que estava, e com saudades dos meus personagens queridos. 

Este foi um livro mais tranquilo que os demais escritos pelo autor, no sentido de que o protagonista (graças aos deuses) não recebeu uma sentença de morte logo no início da história. Desta vez, Tio Rick foi bonzinho e deixou essa trozoba para a reta final, quando Percy tem de derrotar o ladrão do cálice 

De novo, um roubo? Sim, ficou provado que os deuses gregos ADORAM perder coisas por aí, e depois jogar a responsabilidade de encontrar o tal objeto, nas costas de um semideus, sem nem ter uma pista de por onde começar a missão. Imagine alguém brotando do nada e dizendo: “Olha, alguém roubou meu cálice, mas não sei quem foi. Só tenho duas suspeitas bem distintas uma da outra e zero certeza de nada e nenhuma pista a mais. Enfim, encontre pra mim e eu te dou uma carta de recomendação”

Imaginou? Então! O fulano distraído é ninguém menos que Ganimedes, o copeiro de Zeus. Tanta coisa para fazer, mas ele fez o favor de perder o Cálice dos Deuses.  

E foi essa a missão que Percy, Annabeth e Grover tiveram que cumprir: achar o bendito do objeto antes que alguém descobrisse e o copeiro se lascasse de vez no Olimpo. E fizeram tudo isso para que o nosso herói pudesse ter uma carta de recomendação para ir à universidade ao lado de sua namorada. 

No meio do caminho encontraram com a deusa da juventude, Hebe, com o seu oposto “Gary” (não é o do Bob Esponja) e com a deusa mensageira, Íris, que não gostou nada de ter perdido seu posto para Hermes. 

Cada um dos deuses interage com o trio, que se mete em confusões, mas conseguem sair da situação com muita criatividade e inteligência. 

É aquele ditado: ainda que não seja a melhor ideia do mundo, é a que tem pra hoje. O importante quando se é um semideus, é sobreviver, o resto a gente resolve depois. 

Mas, vamos falar de coisas boas? Annabeth e Percy estão com 17 anos e namorando. Gostei das cenas que ela interage com Paul, o padrasto de Percy, e com Sally, a mãe dele. 

Foram cenas em família bem fofinhas de acompanhar, e que deram à obra um impacto mais fraternal e intimista, assim como os momentos em que Sally conversa com seu filho, e demonstra estar orgulhosa dele. Não há nada mais lindo de se ler do que isso. 

Outro item no quesito fofura, foi o romance bem leve que encontramos entre o casal Percy e Annabeth, com ela o incentivando e o beijando carinhosamente, concedendo mais sensibilidade em meio à uma intensa aventura. 

Para que o curso flua normalmente, contamos com a destreza de Annabeth, já que Percy continua lento, e expert em irritar os deuses sem querer querendo. 

Grover foi um personagem bem importante e que teve seu devido destaque nesta obra, merecidamente. Interessante registrar que mencionaram seu romance sempre firme com Júniper, uma dríade. Eu, particularmente, gosto da personagem, e ver que autor se lembrou dela, me deixou bem contente. 

Por falar em lembranças, devo dizer que houve menções sobre fatos dos livros anteriores (mais especificamente os dois primeiros), sobre a ida ao Cassino Lótus, o empório da Medusa, a viagem ao Mundo Inferior e o Mar de Monstros, que se trata do Triângulo das Bermudas, para nós, meros mortais. 

Tudo isso me deu uma sensação de nostalgia, lembrando das antigas aventuras ao mesmo tempo em que estava desvendando uma nova, me dando mais vontade de continuar a leitura e descobrir o que viria em seguida, sendo preenchida por sentimentos bons.

Quanto às inovações, tivemos uma filha de Íris em algumas cenas, quando os nossos três heróis precisavam falar com a deusa. Ponto positivo para o escritor, explorar novos semideuses e chalés do Acampamento. 

O enredo em si é cativante, pois consegue unir uma boa narração com riqueza de detalhes nas entrelinhas, que nos faz imaginar as cenas e personagens com precisão de suas ações e características, aliado a um dinamismo excelente na trama, contando com diálogos fluidos e linguagem acessível, até gerando comédia em alguns momentos e fazendo o leitor se identificar as situações dos personagens. 

Dou nota 10, sem dúvidas! Recomendo muito àqueles que desejarem ler algo leve e divertido no fim de semana, e a todos aqueles que gostam de mitologia e de uma bela aventura inclusa no pacote!