sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Surpresas de Natal (Yumeiro Patissiere OVA)

Eram as últimas vendas de Natal (estava melhor do que eu esperava) e todos os meus amigos já haviam ido embora. Eu era a última a fechar a loja e encerrar aquele dia que tinha sido bem corrido. Queria chegar logo em casa e abraçar meus familiares nesta data tão especial (mesmo que às vezes eles me irritem, principalmente a Natsume), em que se comemora com a família e se deseja tudo que há de melhor; amor, carinho, paz, alegrias, esperanças e muita luz!
Eram 10:30 da noite, quando eu finalmente terminei tudo o que restava, e estava voltando para casa. Mandei uma mensagem à minha mãe:
“Estou quase chegando em casa. Vejo vocês em alguns minutos”
Ela devia estar meio ocupada, já que demorou um tempinho para responder:
“Tudo bem, filha. Estamos te esperando”

Não sabia o porquê, mas tinha a sensação de que havia algo de estranho no ar ou coisa do tipo. Pressentimentos, talvez? Mas porque bem na véspera de Natal?  Dali a uma hora e meia já seria Natal, um outro dia...
Cheguei em casa e toquei a campainha, e tive que tocar mais de uma vez (impressão minha ou não queriam que entrasse logo?) E o mais estranho, é que só a minha mãe me atendeu. Quem conhece a minha família sabe que todo mundo adorava fazer a maior festa na porta. Mas naquele dia...
Mesmo assim, falei, com um sorriso no rosto (que nem dava pra disfarçar a felicidade).
Mãe! Cheguei!
Ela esboçou um sorriso
Entrei na sala,  a passos leves, mas estava bem escuro (estava de noite, ok. Mas a sala também estava toda escura, luzes apagadas, o que estava havendo?) e depois de alguns segundos a luz “voltou” e todos gritaram, vindo na minha direção, e olhando pra mim:
SURPRESA!! Feliz Natal, Ichigo! As vozes eram repletas de energia e alegria, em clima de comemoração, o que me deixou mais feliz ainda. O que me surpreendeu é que não só a minha família estava lá (contando com o tio Hikaru, que fazia tempo que não via), como meus amigos também; Rumi-chan, Kana-chan, Andou-kun e Hanabusa-kun. (achei que iam comemor apenas com seus familiares...) Mas estava sentido falta de alguém... (que acho que nem preciso dizer quem é, né? Dispensa comentários!)
Vi que todos estavam reunidos na sala (cheia de enfeites, por sinal. Ah, dava pra sentir cheiro de comida também, que estava na cozinha) Tão logo todos eles vieram me cumprimentar e me abraçar fortemente. (como queria) e com muito amor. Tanto amor que a minha irmã quase me sufocou (ela me aperta ao invés de me abraçar, acredite se quiser) de tão feliz que estava em me ver.
Estávamos te esperando para a véspera de Natal, filha falou a minha mãe, amorosa como sempre
Não vejo a hora de dar meia noite para abrir os presentes! exclamou a Natsume, com aquele ânimo incomparável dela.
Gostou da surpresa, Ichigo-chan? perguntaram a Rumi e o Hanabusa, que àquela altura, eu achava que já eram “alguma coisa a mais”
Muito! respondi, alegremente para meus amigos, que retribuíram com olhares ternos e satisfeitos, e com um sorriso também.
Sabíamos que iria gostar começou o Andou-kun Fizemos isso porque você deu duro o ano inteiro trabalhando e também porque você é a chave que nos une! Queríamos te agradecer pela amiga que você é e sempre foi para todos nós!
Andou-kun... falei, agradecida, com um suspiro, emocionada.
E pra quem gosta de surpresas... Uma a mais nunca é demais, certo? a Kana-chan comentou, docemente
Claro concordei, feliz, e um pouco ansiosa para saber qual seria a surpresa.
Após dizer isso, ouvi passos leves e largos que vinham da cozinha (eu sei exatamente de onde vêm os sons em casa, mas não sei como), e senti (ou pressenti?) que estavam indo bem na minha direção.
Feliz, Natal uma voz inconfundível me disse. Kashino Makoto
Lógico que eu estava imensamente feliz por ele estar bem ali na minha frente, mas de tão surpresas que eu estava, eu me obriguei a encará-lo por alguns segundos, sem entender como aquilo tudo foi acontecer, e não consegui conter as interrogações:
Makoto... Como... Por que... eu hesitava a cada palavra, pronunciando-as pausadamente, claramente demonstrado que estava pasmada e com o coração a mil (só de encará-lo meu coração já disparava).
Shhh... ele me silenciou Não precisa dizer nada
Mas...
Só vim te desejar Feliz Natal, mas é com todo amor, você sabe! ele disse, sincero O mais importante de tudo neste momento esperado, abençoado, iluminado, dentre muitas outras coisas... ele deu uma pausa e tomou fôlego O mais importante é fazer com que a garota que eu amo seja feliz todos os dias da vida dela! ele falou essa última parte com força, com vontade, com todos os sentimentos que poderiam estar em seu coração naquele momento. Por isso, quando ele me fez essa declaração eu o abracei, tão forte como se fosse quebrá-lo, e me emocionei muito, a ponto de lágrimas rolarem de meu rosto. Mas de outro, para mim, aquilo (e toda a surpresa dos meus amigos também) foi a prova que ainda há pessoas com o espírito de Natal, e que cultivam o amor nesta data tão especial.
Isso ficou ainda mais evidente à meia-noite, quando finalmente comemoramos o Natal. Todos ganhamos e trocamos presentes. A Natsume foi a primeira a rasgar pacotes e mais pacotes de presentes (ela deve ter descontado toda a ansiedade neles, pelo que conheço da minha irmã).
Eu também fui presenteada, mas vamos se dizer que o presente que mais gostei, foi um pouco... Diferente do restante. Quando deu meia-noite, Makoto se agarrou a mim daquela maneira arrepiante que amava. No mesmo instante, me beijou de um jeito sôfrego, que me fazia viajar, esquecer-se de tudo e pensar só em nós mesmos (mesmo estando ali na frente de todos).
Ouvimos comemorações de nossos amigos, que diziam algo como:
Até que enfim se beijaram, hein!
“Eles não sabem nem da metade” pensei. Makoto deve ter pensado a mesma coisa quando me lançou um olhar cúmplice, e piscou para mim, sorrindo maliciosamente.
Mas, como Makoto mesmo disse, o mais importante é estar feliz. Concordo plenamente com ele, e só completo:
“Para mim, o mais valioso era estar ali, com meus amigos e parentes (e claro, com ele). Mal sabem eles (ou sabem? Acho que sim!) que a magia do Natal não está em dar presentes, mas em estar presente”

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