domingo, 7 de janeiro de 2018

Prólogo: Sentimentos Confusos

Meu nome é Hinata Ema. Me mudei para a Sunrise Residence há exatamente um ano. Achei que teria um cotidiano normal como qualquer garota de Ensino Médio ao se mudar para uma nova casa. Mas, morando com 13 irmãos, me sinto mexida, cada um me transmite um sentimento diferente.
Curso Administração de Empresas e a maioria das pessoas me diz que eu sou uma boa conselheira, amiga e ouvinte, e por isso, me daria bem trabalhando com Gestão de Pessoas, Psicologia, Pedagogia ou Licenciatura em alguma outra área do conhecimento, ensinando as pessoas e as aconselhando quando necessário. Ironicamente, eu consigo resolver os problemas dos outros, no entanto, não sei lidar com os meus. Quando dizem que a mente humana é complicada, não é apenas maneira de dizer. O cérebro de alguém é a parte mais complexa do corpo, e convenhamos é realmente difícil descobrir o que se passa na mente de determinadas pessoas como... meus irmãos.
Não sei como eu devo agir ou reagir perante cada um deles, se eu devo corresponder. Não quero magoar ninguém que é importante para mim. Eu amo todos, porque são meus irmãos de coração, e minha preciosa família. Mas, a pergunta é: será que é da mesma forma? Será mesmo que o amor que sinto por eles é igual?
Meu cérebro não para de se questionar sobre isso, e o meu coração não consegue se aquietar quando eu vejo um deles vindo em minha direção, ou passando pelo caminho que estou seguindo, seja no corredor de casa, no quinto andar, ou na calçada, no centro da cidade. A batida se torna mais intensa com cada aproximação deles.
Tenho medo de que se eu me envolver com algum deles, o clima no apartamento fique tão estranho a ponto de não falarmos como antes, nas raras noites em que todos jantamos juntos. São momentos preciosos, e não quero que fiquemos evitando uns aos outros porque eu escolhi apenas um deles como meu parceiro. De outro lado, a coragem vem me dizer que eu preciso dar logo uma resposta a eles, ou nunca saberão como eu realmente me sinto. Então, manterei esses sentimentos comigo e futuramente eu mesma me frustrarei por não os ter dito nada enquanto havia tempo. “Um erro, leva a um arrependimento”, e não desejo me arrepender de algo por não ter tentado conquistá-lo, por não experimentar a magia do amor por mim mesma.
 “Indecisão” é a palavra que me define agora e “Coragem” é o que eu preciso ter para enfrentá-los cara a cara, principalmente três deles: Natsume, Azusa e Subaru. Tsubaki parece ter algum sentimento por mim, só que eu não consigo sentir a mesma atração por ele.
Natsume-san me ajudou quando eu mais precisava. Em um momento delicado, no qual eu precisava urgentemente de um conforto para acalmar o meu peito, me fazer sentir importante e querida, depois de saber que eu sou uma filha adotada de Hinata Rintarou.  As palavras de incentivo, sinceras e francas, e aquele beijo terno... Ah, só de lembrar desse beijo já me dá um frio na barriga enorme, e eu fico corada, mas, honestamente, naquele instante, ter os meus lábios tocados pelos dele me reconfortou. Foi uma sensação realmente gostosa.
Azusa-san tem aquele jeito dócil e gentil de se aproximar e compreender as pessoas. Me sinto confortável diante de sua presença, o que me faz desejá-lo ter por perto mais vezes
Já o Subaru-san tem a expressão séria e a determinação que me falta. Por mais que ele não demonstre isso constantemente, ele possui um lado protetor e preocupado com os outros, que me agrada bastante.
Meus sentimentos estão confusos, e ainda assim, necessito confessá-los. Só preciso descobrir a hora certa para isso. 

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