domingo, 18 de fevereiro de 2024

[Resenha] Turma da Mônica: A Série

Informações da série

Título: Turma da Mônica: A Série 

Episódios: 8

Duração por episódio: 22 minutos 

Gênero:  Mistério, Cotidiano e Amizade 

Demografia: Infanto-juvenil 

Onde assistir: Rede Canais 


Minha avaliação: 

Série assistida em: 10/02/2024

Minha nota: 8,75

O que mais gostei: a mensagem sobre autoaceitação nas entrelinhas da série

O que menos gostei: Cenas repetidas 


RESENHA 

Nesta minissérie dos nossos queridos personagens, temos um caso de mistério para resolver: quem jogou um balde de lama na cabeça da Carminha Frufru. A primeira suspeita é a protagonista Mônica. Mas será mesmo que foi ela?


Para descobrir isso, a série é narrada sob pontos de vistas diferentes, contadas por: 

  • Mônica 

  • Magali 

  • Cebolinha 

  • Cascão 

  • Milena 

  • Carmem 


A detetive é a Denise, que chama os personagens um de cada vez para completarem seus pontos de vista e desvendar o mistério, descobrindo COMO, POR QUE e QUEM, ao juntar todas as peças do quebra cabeça. 

Em meio a isso, vemos a mudança de bairro da Carmem, das Pitangueiras para o Limoeiro. Ela estudava com a Penha, a garota francesa mais esnobe que se tem notícia. Confesso que sempre imaginei uma rivalidade entre ambas pelo status social delas, e poder ver algumas cenas que retratam isso foi muito satisfatório. 

Vemos o quanto a Madame Frufru cobra de sua filha a perfeição, para que honre a imagem da família, que depois se rende e compreende os sentimentos de Carminha, levando lição de moral de Milena: “minha mãe diz que vergonha é ter vergonha de quem a gente é”, e fazendo-a cair na real sobre o que realmente importa na vida. 

Sobre este quesito, temos Magali, que deve entender o que mais lhe importa: estar presente em uma festa, ou persistir em seus sonhos ao lado de quem ama. Gostei de ver o quanto Quinzinho a apoia para que se realize profissionalmente no futuro (afinal, ainda são pré-adolescentes)

Não bastasse a confusão toda sobre quem jogou o balde de lama, temos no enredo o surgimento de alguém que quer enlamear tudo e se vingar dos demais ao seu redor. Adivinha quem? Feitoso Araújo, tio do Cascão, também conhecido como Capitão Feio 

Algo que gostei foi que retratam o Feitoso como alguém que adora gibis, coincidindo com a antiga história de como ele se tornou um supervilão: se contaminou com a poeira de uma montanha de gibis, e a partir de então, deseja emporcalhar o mundo, com poeira e lama. 

Nesta série, ele está à paisana, querendo colocar o Cascão contra seus amigos seu plano vingativo, sendo essa uma das coisas que o resto da turma precisa impedir de acontecer. Felizmente, Cascão desiste de ajudar seu tio em seu plano maléfico, por ser um garoto de bom caráter e supera seu medo de água entrando na piscina com a galera. 

O último episódio é o mais emocionante de todos, em que cada um expõe seus sentimentos sobre si mesmos. Isso mostra que cada um de nós possui um segredo ou uma parte que não queremos mostrar aos demais, porém, não devemos ter vergonha destes aspectos, pois faz parte de quem somos de verdade. 


PERSONAGENS, ENREDO E ELENCO 

O elenco é o mesmo de Laços (2019) e Lições (2021), o que foi um ponto positivo, pois podemos ver tanto o crescimento dos personagens quanto dos atores 

Na série, os personagens têm 13 anos, o que já dá margem para um leve romance entre os protagonistas Mônica e Cebolinha. A sutileza dos atores Giulia Benite e Kevin Vechiatto para interpretar tais cenas, deu mais beleza a elas, destacando a pureza da pré-adolescência. 

Na série, vemos que Mônica ainda carrega o Sansão consigo, mas está mais crescida e não bate nas pessoas com ele, apesar de sua personalidade forte. Enquanto isso, Cebolinha só fala errado quando está muito nervoso ou tenso com a situação, e Cascão lava suas roupas a seco. 

A delicada Magali continua meiga, e menos comilona, ao passo que quer realizar seu sonho na gastronomia. Para completar, a personagem Milena e sua mãe entendem tudo de animais, e estão ali para dar lição de moral para os outros. 

Quanto aos personagens secundários, temos a presença de Jarbas, o mordomo de Carminha, que também obedece Denise e faz favores para a turma, enquanto investigam o caso. 

De forma geral, todo o elenco foi bem escolhido para interpretar cada um dos personagens, com a delicadeza da Magali explícita, por exemplo. Quero destacar a participação do ator Gabriel Moreira, que interpretou muito bem as cenas de seu personagem: o Cascão. Desde o sentimento de decepção e dúvida, até a alegria e a coragem do menino. 

Uma ou outra cena dos personagens em geral poderia ser melhor interpretada, mas isso faz parte do processo de crescimento de cada um dos atores. O fato é que, para uma garota como eu, que assiste doramas e filmes asiáticos, o Brasil deixa muito a desejar na intensidade de alguns momentos, na forma de olhar e transmitir os sentimentos com mais naturalidade e precisão. Mas, para os padrões brasileiros, podemos dizer que foi satisfatório e a produção realmente acertou no elenco. 

Estou até mesmo receosa com a segunda temporada que vem por aí, uma vez que vão mudar o elenco, e eu já estou acostumada com essa turma. Vamos ver no que vai dar! 2024 promete muitos lançamentos live action da Turma da Mônica e espero que todos sejam cativantes à sua maneira. 

O enredo em si foi bem estruturado e finalizado, dando vontade de seguir para o próximo episódio, porém, por ser algo narrado por mais de um ponto de vista, algumas cenas foram muito repetitivas durante a trama, sendo que poderiam adicionar mais informações ou só narrar na terceira pessoa aquele fato, ao invés de mostrar a mesma cena várias vezes. 

Apesar disso, a série tem mais pontos positivos do que negativos e vale a pena ser conferida. Recomendo para aqueles que gostam de mistério e que, ao mesmo tempo, desejam algo leve e fluido para ver, com lições sobre amizade e sobre olhar para dentro de si mesmo.

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