terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

[Resenha] Fazendo Meu Filme

Informações do filme

Título: Fazendo Meu Filme 

Baseado em: Livro homônimo 

Duração: 96 minutos 

Data de lançamento: 14/02/2024

Gênero: Comédia, Romance Contemporâneo, Escolar 


Minha ficha 

Filme assistido em: 24/02/2024

O que mais gostei: Quase tudo, principalmente o romance 

O que faltou: Final aberto. Espero que tenha segundo filme 

Minha nota: 9/10


Confesso que não li o livro homônimo da Paula Pimenta, então, vou dar a minha opinião apenas baseada na experiência com o filme, que me trouxe sentimentos bons. 

Mesmo não conhecendo a história, estava ansiosa para ver o longa-metragem, após saber que a protagonista seria interpretada pela Bela Fernandes, a qual demonstrou toda a sua fofura durante a trama, dando vida à adolescente Fani, que aos 16 anos, passou em um intercâmbio para Londres e tinha um crush pelo seu professor Marquinho (Caio Paduan), até descobrir que ele já era casado com Alice (Pâmela Tomé) sendo essa sua primeira decepção amorosa. 

Em meio a isso, ela descobre estar apaixonada pelo seu melhor amigo Leonardo (Xande Valois), enquanto sua melhor amiga Natália (Júlia Svacinna) gosta de seu irmão, Alberto (Matheus Costa). 

Fani é uma menina descolada e que gosta de curtir o fim de semana com os amigos, seja indo à uma festa ou frequentando um cinema. Ela sempre imaginou a sua vida como se fosse um filme, e seu sonho é se tornar uma famosa cineasta. 

Contudo, de início, ela estava em dúvida se aceitaria ou não o intercâmbio, sendo esse um tema subentendido no longa-metragem: as dúvidas e temores em relação ao futuro. Ainda assim, por insistência e incentivo dos pais, ela acaba topando a ideia

Não podemos esquecer da importância da família, que é o principal alicerce de uma pessoa, principalmente em momentos cruciais e decisões que podem transformar a vida de alguém. 

A mãe da protagonista, teve uma participação relevante no enredo, pois foi a pessoa zelosa, que confortava e aconselhava a filha em alguns momentos de sensibilidade

Responsável e estudiosa, ela fica triste com notas baixas, ao mesmo tempo em que, por ser uma garota muito imaginativa, pensa em alguns fatos de sua vivência como se fosse um filme, a exemplo do Titanic. Isso gera comédia e dá mais leveza ao longa. 

A personagem mostra o quão importante é seguir seus sonhos, lutar pelo que acredita, e por quem ama, antes que seja tarde. Gostei muito de acompanhar o envolvimento dos protagonistas, e a evolução deles de amigos para namorados, sempre demonstrando respeito, cumplicidade e compreensão. 

As poucas vezes em que se desentendiam, tudo se resolvia com uma boa conversa, mostrando que ambos podem se abrir sinceramente um com outro e dizer o que sentem sem medo.

Entretanto, nem tudo é um mar de rosas, e a pedra no sapato de Fani é a patricinha Vanessa (Giovanna Chaves), que ficará com Léo durante um tempo, até ele perceber o verdadeiro caráter dela. 

Foi muito bom ver a protagonista defendendo o amado de Vanessa, revelando que se importa com ele e quer vê-lo feliz, longe de pessoas interesseiras. 

A sorte da mocinha é poder contar com sua amiga Priscilla (Kíria Malheiros) que a apoia em seu relacionamento com Léo. Uma pena não terem explorado mais a personagem, pois a Kíria interpretou com maestria as poucas cenas em que deu as caras. 

De resto, podemos ver o quanto as amizades são verdadeiras nos momentos de dificuldades e apreensão. Ademais, descobrimos que, muitas vezes, a distância intensifica o amor, e dá certeza de que aquela é realmente a nossa pessoa especial. 


ENREDO, ELENCO E PERSONAGENS 

O enredo é típico de adolescente, com a demonstração do primeiro amor e os dilemas propícios desta faixa etária. Posso dizer que foi cativante, leve e divertido, do jeitinho que eu gosto, dando uma nota bem alta para esta produção. 

O elenco foi acertado em cheio, todos se encaixaram em seus devidos papéis, transmitindo verdade no olhar e na maneira de agir. 

O que falar da Belinha? Uma querida! Conheci pela primeira vez o trabalho dela como Filipa Pessoa, na telenovela gigantesca “As Aventuras de Poliana” (2018 - 2020), e logo em seguida, como a personagem surda Carol, no longa “O Melhor Verão das Nossas Vidas” (2020) 

Fiquei contentíssima em ver que ela foi a mocinha novamente, desta vez num papel de destaque, o qual combinou perfeitamente com a personalidade dela. Bela Fernandes entregou tudo, colocando sua energia desde as cenas de timidez até aquelas de alto-astral e de confronto, dando para sentir devidamente cada uma das emoções da Fani. Ela brilhou! 

Giovanna Chaves não larga seu posto de vilã adolescente, desde Cúmplices de Um Resgate (2015 - 2016), novela do SBT em que deu vida à Priscila. 

Anos depois em “O Melhor Verão das Nossas Vidas” (2020), interpretou a maliciosa Heloísa Diniz ou Helô, que nem dava bola para quem tinha um crush nela. 

Mais recentemente, eu a vi atuar em: Um ano inesquecível: Primavera (2023), também como a vilã Alice, a garota popular e chata da turma. Em 2024, apareceu novamente nos cinemas, como a fútil Carminha Frufru em: “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo”, filme que pretendo assistir assim que possível. 

Também este ano, ela foi a nossa querida vilã Vanessa, em “Fazendo Meu Filme”, que, apesar de aparecer pouco, foi bem interpretada, com aquele tipo de gente que sempre cria uma intriga para deixar os protagonistas na bad. 

Adorei ver a Alanys Santos em um filme! Eu a conhecia como a Paola, de “As Aventuras de Poliana”, e foi bom vê-la em uma produção cinematográfica. Deu pra ver a química em cena que ela e a Belinha conservaram desde a novela até esta obra, com entrosamento necessário de duas melhores amigas, que formam um trio inseparável com Nat. 

Apesar de não conhecer o trabalho da atriz Júlia Svacinna, posso dizer que ela foi uma das que mais roubou a cena e se saiu muito bem na atuação. Ela comentou em seu Instagram, a vontade que tinha de realizar a adaptação de um livro em filme e deu para ver o carinho que ela teve ao trabalhar. 

Esta também foi a minha primeira experiência com o ator Xande Valois, mas foi muito satisfatório, fazendo um bom par romântico com a Belinha e me dando uma noção de seu trabalho, e do que vou poder apreciar quando vê-lo como o Cebolinha, na live action “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo” (2024) 

Kíria Malheiros e Pâmela Tomé eu já conhecia da primeira temporada da série Reis (2022), como as personagens Eloá e Lavínia, as quais eu gostei e me identifiquei bastante na época. 

Sobre este filme, ambas brilharam em suas participações especiais, interpretando respectivamente a garota Priscila e Alice, a esposa do professor Marquinho, que só aparece em uma cena. 

O ator Pedro David, que interpretou Rodrigo, também participou do longa-metragem “Ela Disse, Ele Disse”, mas não lembro do personagem dele. Preciso rever para recordar. 

Os demais personagens, como os pais da Fani, o Rafa (que só aparece em uma cena) e algumas outras pessoas da escola foram bem interpretadas, compondo um núcleo harmonioso. 


A trilha sonora foi perfeita, desde as músicas nacionais às internacionais. E “PERFECT”, do Ed Sheeran, combinou muitíssimo com os momentos românticos do casal. 

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