domingo, 11 de fevereiro de 2024

[Resenha completa e comparativa] Turma da Mônica Laços: Graphic MSP + Filme Live Action

 

Informações da obra 

Título: Turma da Mônica: Laços 

Baseado nos personagens de: Maurício de Sousa 

Graphic Novel de: Vitor e Lu Cafaggi 

Um filme de: Paris Filmes 

Duração do filme: 96 minutos 

Gênero: Amizade, Cotidiano e Aventura 

Ano: 2013 (Graphic Novel) e 2019 (Filme)


Minha avaliação 

Graphic lida em: 10/02/2024

Filme assistido em: 10/02/2024

Nota da Graphic MSP: 9,5/10

Nota do filme: 8/10


Nesta história que protagoniza os nossos queridos personagens Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão, temos como missão encontrar o Floquinho, que sumiu de casa. 

O enredo é baseado na Graphic Novel ilustrada e roteirizada pelos irmãos Vitor e Lu Cafaggi, porém com bastante diferenças no quesito personagens secundários e inclusão de muitas cenas. 

O filme começa com Cebolinha e Cascão bolando um plano contra Mônica, algo que não tinha no original. A Graphic Novel é mais centrada no Cebolinha e em sua família e na amizade que ele formou com o cachorro ao longo do tempo. 

Os irmãos Cafaggi, com ilustrações delicadas e bom uso das palavras e da sua arte, conseguiram inserir maior sensibilidade na história com os flashbacks do Cebolinha quando conheceu o Floquinho pela primeira vez, comovendo o leitor. Esse aspecto foi algo que senti muita falta no longa metragem: a sensibilidade nas entrelinhas para emocionar quem assiste.

Pensando assim, para a ideia da graphic, os laços não se restringem à amizade dos quatro companheiros, mas ao vínculo que Cebolinha possui com seu cão, algo bem mais explícito nos quadrinhos e mostrando a pureza do amor de uma criança por algo. Parece mais um relato das lembranças de um menino, em meio a uma aventura para recuperar seu precioso amigo. 

Em contrapartida, o longa-metragem transmitiu a ideia de ser puramente uma aventura entre amigos para buscar um cachorro a todo custo, mas sem a emoção necessária. 

A cena semelhante a ambos, é aquela em que Cebolinha fica de cama, triste pelo sumiço do Floquinho. Todavia, a frase: “Esse não é o Cebola que eu conheço”, nos quadrinhos é dita por Cascão, e na live action, proferida por Mônica. 

A parte interessante do início do filme é que, quando a Turma vai distribuir folhetos procurando o Floquinho (outra cena comum em ambas as produções), Maurício de Sousa faz uma participação especial como um jornaleiro que, apesar de não ter visto o cãozinho, se simpatiza com as crianças.

Para dar mais dinamismo à história, os Cafaggi não investiram no quesito familiar dos personagens. Eles saem em busca do Floquinho, acampam na floresta e ninguém se dá conta de início, só no final que a dona Cebola telefona ao seu filho perguntando onde está e se está bem. Mesmo sabendo os motivos, não deixa de ser uma falha (a única, na minha opinião, senão seria perfeito), algo que felizmente a live-action conseguiu suprir adicionando os pais dos outros três personagens (Mônica, Magali e Cascão)  para procurá-los, além de procurar o cachorro também. 

Quanto aos personagens, os que são comuns em ambos são: o homem do saco e um grupo de crianças valentonas, que são um obstáculo para a Turma. Uma delas, inclusive, é interpretada por Isa Nakahara, que fez parte da novela Carinha de Anjo, há anos. Ela está tão mocinha e mudada que eu nem mesmo a reconheci! 

Outro deles, esteve nas mãos de Kaleb Figueiredo, que também esteve em Carinha de Anjo, na época compondo o núcleo adolescente da novela. Neste filme, o personagem de Kaleb que diz a direção para a Turma começar a procurar: o Parque das Andorinhas, neste quesito sendo fiel ao original. 

Em relação aos personagens secundários, Xabéu participa de ambas as produções, entretanto, alguns apareceram apenas em uma delas. Vejamos a seguir: 

No início da graphic, aparecem Carmen, Denise e o pai do Xaveco, porém estes não foram incluídos no filme. Titi e Aninha, que também fazem ponta nos quadrinhos iniciais, dão as caras somente no final do longa-metragem. 

Em compensação, APENAS no filme, temos a presença do Louco, interpretado por Rodrigo Santoro. Achei interessantíssimo e muito inteligente incluírem o Louco na trama, que inicialmente é focada em Cebolinha e o referido personagem só aparece nos gibis dele e contracena apenas com ele, de forma que alguns criaram a teoria de que o Louco só existe na imaginação do Cebolinha, muito embora esteja comprovado pela sua própria estreia de que ele é real, pois se trata de alguém que fugiu do hospício e foi habitar o Limoeiro. Como é de praxe do personagem, ele chamou o garoto de Cenourinha, no filme também. (é nome de comida, dá um desconto) 

Em relação à história em si, vemos a importância da amizade e da união em momentos difíceis. Contudo, em uma das cenas percebemos o quanto Cebolinha é orgulhoso e se acha mais inteligente do que seus amigos, entrando em conflito com Mônica, que naturalmente possui gênio forte. Nesta cena, podemos perceber o potencial dos atores Kevin Vechiatto e Giulia Benite ao interpretarem Cebolinha e Mônica, pois ambos colocaram muita energia ao fazê-lo. Estão de parabéns!

Apesar dos conflitos e desavenças, estão sempre juntos, pois a força da amizade é maior do que qualquer desentendimento. Magali e Cascão estão sempre ali para acalentar os ânimos e foram muito bem interpretados por Laura Rauseo e Gabriel Moreira. 

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