sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Lamp Post


Lamp Post (Poste de luz)
Por Luiza Rose
País: Filipinas

Créditos a SHARRAMYCATS TRANSLATIONS
Traduzido por: Rebeca Suzuki
Link no Wattpad: Lamp Post 

Você deixaria as probabilidades ditarem o seu destino? Poderia o amor verdadeiro conquistar tudo?

Eles acabaram de terminar um com o outro. Eles seguiram caminhos separados tal como ele queria, sem dizer a razão a ela. Tomada por muita dor, ela lhe devolveu o colar a ele, aquele que ele havia lhe dado na noite de sua graduação, pensando que isso a ajudaria seguir em frente.
Dois meses se passaram e Jane não conseguia superar isso. Ela queria apenas saber a razão de Tom deixá-la. Mas, desde aquele dia, ela não havia escutado nada dele. Ela sabia que ele estava feliz com outra garota. Ela já a havia encontrado antes. Seu nome era Karen.
Elas até mesmo haviam tido uma longa conversa para se conhecerem uma a outra o bastante o suficiente para perceber que a outra moça é... adorável.
Já estava no fim da tarde. Jane estava em seu caminho para o supermercado. Enquanto ela estava passando por uma livraria, ela viu alguém que lhe chamou atenção. Alguém familiar a ela: Karen.
Ela sentiu uma dor severa a atingir, ao redor do pescoço de Karen. Repentinamente, ela ficou vulnerável ao frio da noite, e congelou ali mesmo. Uma lágrima caiu de seus olhos.
O calafrio agravou a dor em seu peito. Ela ainda não conseguia acreditar nas coisas que Tom fez a ela. Depois de todos os momentos que compartilharam juntos, ela não podia acreditar que tudo aquilo foi jogado fora, em um único momento.
“Ele não havia me amado pelo menos um pouco, afinal? Se ele me amasse, ele não daria o colar para mais para mais ninguém além de mim. Ele deveria tê-lo mantido com ele e guardado como um tesouro”. Ela julgou ter chorado intensamente.
Jane correu tão rápido quanto possível. Já estava escuro e os trovões já haviam começado a se manifestar. Ela correu pela estrada deserta sem se importar com o grunhido ensurdecedor da noite, Perto de um poste de luz, ela esbarrou em uma pessoa. Alguém com o perfume que ela conhecia muito bem. “Oh, não!”.
Ela começou a fugir novamente, sem olhar para cima, mas antes que ela pudesse dar o segundo passo ele a segurou e disse:
— Pare!
— O quê? — Ela olhou para ele e era realmente ele — O que você quer agora?
Tom não respondeu. Ele não conseguia.
Eles permaneceram em silêncio.
Jane apenas ficou ali chorando, esperando por uma resposta de Tom. Encontrando a sua voz novamente, ela disse:
— O que foi, Tom? Diga!
— Eu... — Ele estava gaguejando. — Ele estava com medo. Com medo de machucar e de ser machucado novamente.
— Bem — Ela desatou seus braços dos dele — Se você não consegue dizê-lo, e se você não ia dizer nada, adeus.
Tem sido sempre assim: Jane perguntando e implorando para Tom, e Tom apenas dizendo frases monossilábicas.
“Esta será a última vez que eu te pergunto, Tom. E eu te deixarei com suas razões. Para sempre”. Ela prometeu a si mesma.
Jane se virou e começou a dar um passo de distância daquele lugar. Longe daquele lugar. Longe daquele homem que a deixou sem um epílogo considerável. Mas Tom a puxou para si e a abraçou tão forte quanto possível. Ela queria impedir suas lágrimas, contudo, a cada vez que tentava fazê-lo, pior se tornava.
Ela queria se soltar, mas se sentia fraca demais para ir contra os braços que a seguravam.
— Isso é o que eu queria há muito tempo, Jane. Eu não consigo evitar senão pensar em você — Tom quase sussurrou em seus ouvidos.
Ela mal podia acreditar no que ele disse. Ela chorou intensamente.
— Eu achei que isso era o melhor. Esse foi o pior sentimento, e isso ainda se agrava, Jane.
— Se é assim, por que você me deixou sem dizer a razão sem nem ao menos me dizer o motivo? Você até mesmo deu o colar a ela!
O abraço de Tom se afrouxou e ele disse:
— Jane, eu... Ela...
— Por que, Tom?
— Você já sabe a razão, e é por causa dos meus pais. Eu...
Ela o empurrou para longe dela.
— Eu sei, mas isso não é o suficiente! — Ela gritou com ele, com toda raiva, amor e ódio ao mesmo tempo.
— Eu... Eu te amo, Jane. Eu dei o colar a ela porque eu não quero te esquecer. Às vezes, eu queria que ela realmente fosse você.
“Sério, Tom? Por que você não consegue provar isso. Por que você não o fará?”. Ela queria gritar mais com ele, mas estava devastada pela fraqueza e tristeza.
— Se você realmente me ama — Ela secou suas lágrimas, e chorou novamente, intensamente — Você deveria ter lutado por isso. Você deveria, porque eu havia estado assim, mas você desistiu de nós. Eu te amo, Tom. Você...
“Você deveria saber muito bem disso”. Ela foi interrompida quando ele abraçou a cintura dela para si e pressionou seus lábios aos dela. Ela estava chocada e brava por um momento, mas, finalmente, ela fechou seus olhos e pousou as suas palmas no amplo peito dele, por conta da afeição que tinha por ele. Um sentimento que ela pode negar a alguém, para todo mundo, menos a ela mesma – o amor dela por esse homem.
A nebulosa noite testemunhava os dois. Começou a chover, o que acentuou a quietude do lugar e familiarizou os dois amantes em sua noite repleta de esperança, modificando as probabilidades que prevê a verdadeira felicidade que chegará a eles, uma noite a qual pareceu ser o único momento em que eles deixaram seus corações se abrirem e completaram a vida à qual eles realmente pertenciam. Para eles, é difícil que o amor deles nunca durasse para uma vida inteira... que o amor deles foi apenas até ali, no poste de luz.

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