terça-feira, 9 de janeiro de 2024

[Resenha] LDK: Two Loves Under One Roof

Informações do filme 

Título: LDK: Two Loves Under One Roof 

Duração: 107 minutos 

Gênero: Romance Contemporâneo, Comédia Romântica, Escolar, Cotidiano

Temas: Triângulo amoroso 

Demografia: Shoujo 

Ano: 2019

País: Japão 

Onde assistir: Ani Hongo Fansub 


Assistido em: 08/01/2024

Minha nota: 10

O que mais gostei: Tudo, principalmente a leveza do enredo 

O que senti falta: A sensibilidade no olhar


Para quem gosta de shoujo, LDK é um daqueles queridinhos, para se guardar no coração com muito carinho e deixar o coração quentinho, com personagens cativantes e momentos marcantes entre eles, que formam um triângulo amoroso.

Kugayama Shusei, ou apenas Shu (Sugino Yosuke) é o mais popular da escola, sendo chamado de “príncipe”. Ele namora Nishimori Aoi (Kamishiraishi Mone), uma garota comum que ninguém pensa ser sua namorada, especialmente seu primo Leon (Yokohama Ryusei), um pouco mais novo do que ele, e que estudou até aquele momento, nos Estados Unidos.

Leon logo entra em conflito com Aoi, criticando-a e provocando-a sempre que pode, até tirando-a do sério. As cenas conflituosas geraram comédia, sendo que, em um destes momentos, me peguei gargalhando demais. Foi aí que me identifiquei com o protagonista: os dois no meio da treta, ela nervosa e o Shu rindo horrores! A cara da Aoi foi de rachar, podem acreditar. 

No começo, Leon não gosta e tampouco admite gostar da mocinha, mas, à medida em que passa a conviver com ela e percebe o quão esforçada e honesta é, ele passa a admirá-la, e o triângulo amoroso se inicia. 

Adorei ver as cenas de incômodo do Shu, que estava visivelmente enciumado ao ver sua garota com seu primo, mas ainda assim, não falava nada - só o olhar já dizia tudo. Essa foi uma das belezas do filme: testemunhar como o ator Sugino Yosuke consegue convencer o espectador apenas pelo olhar, algo raro entre os japoneses, na minha opinião. 

O drama da história fica por conta da decisão do protagonista de ir ou não aos Estados Unidos para fazer sua faculdade: ele quer dar uma vida digna para quem ama, ao mesmo tempo em que não quer se distanciar dela - e nem ela quer isso. 

Especificamente sobre esse quesito, achei que houve o desfecho coerente, com a medida certa de drama da parte do mocinho para resolver suas pendências

A trama apresenta os clichês do estilo shoujo, um deles, nada agradável: as típicas fofocas e intrigas de escola, causando mal-entendidos e prejudicando as pessoas envolvidas na falsa notícia. Assim, podemos refletir o quanto uma informação errada pode arruinar alguém (Felizmente, os cavalheiros não deixaram barato) 

Saindo da esfera amorosa e adentrando na familiar, gostei de saber que a roteirista explorou a relação fraternal entre Shu e Leon, inserindo flashbacks de quando eles eram menores e estudavam no exterior. 

Deu para ver o quanto se importam um com outro e como Leon se inspira em Shu, que sente ser melhor que ele em tudo, motivo pelo qual detesta perder para Shusei até o momento presente, por qualquer coisa que seja. 

A partir daí entendemos o porquê da rivalidade entre ambos, mostrada desde o início do longa-metragem. As lembranças deles na infância, deram um ar de nostalgia e mais emoção à história, majoritariamente marcada por comédia, tocando o coração do espectador. 

Para concluir, este filme é daqueles que entrou nos meus favoritos e que recomendo para aqueles que estão à procura de algo leve e divertido para assistir


ROTEIRO, ELENCO E PRODUÇÃO 

O roteiro está excelente, bem sucinto e com as características essenciais de um shoujo clássico. Foi a minha primeira experiência com esta roteirista, contudo, considero excelente. 

Quanto aos atores, estão de parabéns pelo trabalho realizado. 

Os três principais eu já conhecia de outros trabalhos e fiquei feliz em vê-los juntos na mesma produção. Tiveram química cenográfica suficiente para convencer o espectador, a respeito dos sentimentos de seus respectivos personagens.

Sugino Yosuke é um dos meus atores japoneses favoritos e que recentemente atuou em Barakamon (2023)

Esta é a terceira vez que ele atua como um garoto popular que atrai as garotas. Antes desse filme, ele já tinha executado papéis com essa característica nos dramas: Good Morning Call: Our Campus Days (2017) e Hana ni Kedamono 1 e 2 (2017 / 2019). 

Honestamente, ele fica bem nesse tipo de papel. Aqui, neste filme, Shu era um tanto imponente, mas bastante cavalheiro, carinhoso e cuidadoso, como é típico dos personagens em que Yosuke dá vida. 

A protagonista Kamishiraishi Mone, eu conheço do dorama Koi wa Tsuzuku yo Dokomademo (2020), em que ela interpretou uma enfermeira. Neste longa, ela utilizou seu talento para representar a clássica estudante de ensino médio apaixonada pelo “príncipe” do colégio, executando muito bem sua função. Uma ou outra cena poderia ter sido melhor, principalmente quando os olhares dela se cruzam com o do protagonista (algo que critico em outras obras), mas esta intensidade ela pode aprender com o tempo, lembrando que este longa é de 2019. 

Yokohama Ryusei já atuou em outros doramas cotidianos / shoujo como “Ani Tomo” (Filme / Drama), em que ele interpretou o protagonista fofo e um pouco desajeitado, enquanto neste aqui, ele foi o primo chato e que só depois se apaixona pela mocinha. Foi bom encontrá-lo representando um papel distinto dentro do mesmo estilo, assim, fui capaz de avaliar que ele se sai bem em ambos. 

Os demais personagens também foram bem interpretados, apesar de eu não conhecer os atores. 

Quanto à produção, ainda deixa a desejar se comparada com os padrões coreanos que conhecemos, todavia, para os padrões japoneses, foi satisfatória. 

Quero destacar a trilha sonora em inglês que achei muito fofa e combinou certinho com os momentos dos personagens e seus sentimentos. Milagrosamente, este é um j-movie com mais de uma música, o que já é um grande feito. 

Finalmente, só resta dizer que foi um filme maravilhoso e super indicado aos fãs de shoujo

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