quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

[Resenha] Lulli

Informações do Filme 

Título: Lulli 

Duração: 87 minutos 

Gênero: Romance Contemporâneo, Comédia Romântica, Fantasia, Medicina. 

Ano: 2021

Onde assistir: Netflix 


Lulli (Larissa Manoela) é uma menina que não ouve os demais ao seu redor, nem mesmo o seu namorado Diego (Vinícius Redd) , motivo pelo qual entra em conflito com ele. 

Estudante de medicina, é atrapalhada e desatenta, por não escutar quando necessário, porém esforçada e decidida em seguir o seu sonho profissional 

Após sofrer um acidente por conta de um choque, Luli adquire a habilidade de ler o pensamento de qualquer pessoa que a toca. No início, nem ela acreditava, mas depois, passou a acreditar, assim como seus amigos Vanessa (Amanda de Godoi) e Júlio (Sérgio Malheiros) 

Por conta de seu poder, Lulli descobre que Júlio é gay 

Em outra cena, com Vanessa, ele diz que não se assume homossexual por conta do esporte, que, em sua visão, o vôlei ainda é uma modalidade machista, preconceituosa e com pessoas homofóbicas. Eu discordo completamente desta opinião do personagem, pois uma opção sexual não impede ninguém de fazer algo e vice versa. 

O problema relacionado aos esportes na verdade não se trata de ser ou não gay, mas da ideologia de gênero que permeia o discurso de falsa igualdade com a entrada de atletas trans na categoria feminina. 

Independentemente da escolha pessoal, não podemos negar que se trata de um homem biológico competindo em um espaço para mulheres e, obviamente ele possui mais força física, devido ao seu sexo biológico. 

Portanto, não se trata de homofobia e sim de uma questão lógica e científica. 

Quanto ao sexismo, não acho que o esporte seja machista. A mulher tem sim o seu espaço neste ambiente e Ana Paula Henkel, ex-atleta e medalhista olímpica, está aí para provar. 

Desta forma, podemos perceber que a fala do personagem é completamente infundada, sem nenhum embasamento concreto, utilizada apenas para sustentar uma narrativa propagada pelo marxismo cultural. 

Voltando ao tema principal do filme, Lulli passa a escutar os pensamentos dos outros e assim, sabe o que seus pacientes estão realmente sentindo, e se estão falando a verdade. 

Assim, ela consegue decifrar o diagnóstico de cada um com precisão, impressionando seus colegas de classe. O interessante é que a única pessoa que ela não consegue saber o que está pensando é o seu namorado Diego. 

Achei, no entanto, que a maneira como eles reatam, um pouco corrida demais, porém foram um bom casal e os atores tiveram entrosamento nas cenas, que tiveram a fofura de dois jovens apaixonados. 

Confesso que assisti esse filme por conta do ator Vinícius Redd, pois eu gostei da atuação e participação dele na série Reis, da Record, em que ele interpretou dois personagens na primeira temporada: o sacerdote Hofni e seu filho Ézer. 

Quanto a Larissa Manoela, não tenho críticas em relação ao seu trabalho, continua sendo boa atriz e, neste filme, interpreta uma personagem bem diferente das outras, porém mantendo a dose de comédia típica das histórias em que participa. 

O enredo, neste caso, contudo, é bem simples e sem profundidade, poderia ter explorado mais os dilemas de um universitário e também a situação pessoal / familiar / emocional de alguns pacientes a ponto de a protagonista conseguir atuar como uma conselheira e alguém que alegra e motiva os demais, ao invés de se limitar ao diagnóstico. 

Ou usar o poder para saber como os demais ao seu redor se sentem a fim de descobrir se o caminho está livre para ela e sua amiga Vanessa no amor. 

Entendo que se trata de um filme de romance, porém ela poderia utilizar essa habilidade para ser alguém realmente importante aos outros, como os pacientes do hospital e não para interesses próprios. 

Algo que eu gostei de ver foi o conflito entre Diego e seu pai, um renomado cirurgião. Nestas cenas, vemos algo mais familiar e que acontece com muitos: a pressão na profissão. O pai dele porém, é arrogante e preconceituoso ao falar dos outros, pela posição que tem, mas no final é a Professora Paola (Paula Possani) que salva seu filho. A lição que fica é: nunca subestime ninguém, porque um dia você pode precisar dessa pessoa.

O filme não é de todo ruim, tem coisas boas, mas poderia ter acrescentado um toque de emoção a mais, dada a temática médica e de leitura dos pensamentos. 

No geral, dou uma nota 7, é bom para passar o tempo livre e assistir algo leve e divertido, contanto que tenhamos uma visão mais crítica sobre alguns aspectos abordados no longa-metragem e associando com situações que podem acontecer na realidade. 



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