sábado, 30 de janeiro de 2021

[Resenha] Episódio 4 – Shitteru Wife / Familiar Wife

 

Este episódio foi simples, mas não menos importante. Diria até, que este é o ponto crucial para os verdadeiros conflitos desta trama, com uma reviravolta a seguir.

Como suspeitava, a mãe da Mio ainda vai ter muito espaço, como se mostrou no início deste capítulo. E cada vez mais me convenço de que as lembranças dela são devido ao Alzheimer, uma vez que as memórias dela são seletivas – apenas sobre ele – e muito específicas: ela sabe por exemplo, qual a comida favorita dele. Isto já era um sinal de que ela fazia esse prato para Motoharu comer, o que realmente foi revelado nos flashbacks.

Sobre o romance, foi possível constatar a diferença de comportamento do protagonista com ambas as mulheres: Sayaka e Mio. Ele se dá muito bem com a primeira, com quem é casado nesta “realidade alternativa”. Eles parecem dar apoio um ao outro, mas não possuem interação / intimidade nem diálogo de casal. Aos meus olhos, eles representam a típica paixão fugaz que se esvai com o tempo, e a relação de deles se torna de amizade, sem nada extremamente forte e intenso.

Em contraposição a isto, seu relacionamento com Mio é bem mais verdadeiro, e suas atitudes perante ela demonstram que ele ainda guarda dentro de seu coração, sentimentos por ela. Ademais, mesmo casado com Sayaka, Motoharu continua pensando e lembrando de sua vida conjugal com Mio, dando forte indício de que não a esqueceu e que o amor não acabou.

Neste episódio ficou evidente que o protagonista é o grande culpado pelo término do seu casamento, já que ele sempre dizia que estava cansado e não cumpria com o combinado, como um membro de família. Ele enxergou somente a própria dor, advinda de seu estresse do trabalho, e supôs que apenas ele estava sofrendo, não prestando atenção nos sentimentos e necessidades de sua esposa, que à época, era Mio. O fato que me deixou mais abismada e triste foi que ele nem compareceu ao funeral do então sogro, para dar seu último adeus. Por mais que estivesse cansado, o mínimo que ele deveria fazer é ter consideração pelo falecido e, claro, por Mio – aparentemente, a única família dela eram os próprios pais, sem mencionar de que a partida de um ente querido nos deixa sempre abalados emocionalmente, ainda mais o pai.

Porém, nem em uma situação delicada dessas ele teve compaixão e empatia para se colocar no lugar de Mio e confortá-la, priorizando apenas o seu próprio bem-estar. A lição que podemos tirar das atitudes infelizes de Motoharu é que, muitas vezes, a dor leva ao egoísmo. Acreditem, é verdade.

O ponto positivo foi que ele reconheceu – no tempo presente – seus erros do passado, e que ele mesmo “transformou Mio em um monstro”. Um monstro nada mais é do que algo que em seu interior, possui apenas sentimentos ruins e negativos, e como ele nunca deu lhe deu a devida atenção que precisava e merecia, como um marido ativamente presente e amoroso, ela também se tornou um monstro.

Todos os tristes acontecimentos foram consequências dos atos de Motoharu, fato do qual tomou consciência depois de refletir sobre sua vida. Moral da história: não faça besteiras das quais vá se arrepender posteriormente.

Para finalizar, pressinto um triângulo amoroso chegando por aí. “São as cenas dos próximos capítulos!”

 

Espero que tenham gostado,

Rebeca

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