No dia seguinte, levantamos cedo pensando que continuaríamos a
trabalhar na St. Marie de Paris, mas recebemos uma chamada do Henri-sensei
dizendo que já poderíamos voltar a Londres, pois a professora da St. Marie já
havia melhorado e já estava de volta para assumir suas aulas na instituição.
Fizemos como ele havia pedido e arrumamos nossas coisas para
partir à capital inglesa e voltar à ativa em nossa loja, a “Little Dreams”,
sendo que foi uma viagem bem rápida e tranquila. Mal chegamos e em pouco tempo
a loja estava cheia! As pessoas diziam que sentiram falta de nossas sobremesas
no tempo em que ficamos ausentes, e que estavam felizes por termos retornado.
Agradecemos e ficamos felizes com comentários desse tipo, até porque nós mesmos
estávamos contentes em voltar a fazer nossos “doces especiais”, como eu os
chamo.
Claro que tinha que ter alguém “invadindo” o lugar como de
costume...
— Hahahaha — Koshiro-san dava a sua risada maléfica — Achei que
vocês não iam voltar mais! Sério, nós sabíamos que o comentário dela era bem
intencional, nós apenas dissemos, olhando para ela:
— Ah, até parece!
Depois disso, tudo transcorreu normalmente: Kana-chan e
Rumi-chan me ajudavam a fazer os petit gateau, com frutas variadas e sabores
bem exóticos, sendo que Kana-chan também ajudava seu amado a colocar um “sabor
japonês” nas sobremesas. Hanabusa-kun e sua arte em caramelo, e também sua
simpatia encantavam o público feminino que chegava em nosso estabelecimento.
Que garota resiste aos charmes dele? Kashino ficava quase 100% do tempo na
cozinha, mas ganhava constantes elogios pelas suas sobremesas e por incrível
que pareça tinha admiradoras, mesmo com seu semblante sério.
O dia estava correndo bem, com nossos Espíritos sempre ao nosso
lado e nos auxiliando no que fosse preciso para fazermos sempre o melhor. Até
que percebemos que entre todas as pessoas, havia uma em especial: Minha (quase)
cunhada, Kashino Miyabi
— Olá para vocês! — Ela nos cumprimentou
Depois, ela olhou para Kashino e lhe disse:
— Makoto, vem cá! — Ela ordenou ao irmão, puxando-o pelo braço,
à força. Honestamente, ela poderia estar querendo dar umas de durona e sádica
de sempre, mas dava para ver em seu olhar que o assunto era urgente. Tem
momentos em que não dá para esconder as emoções, elas ficam estampadas no rosto
— Ei, o que você... — ele começou a questioná-la, mas não
terminou a frase.
— Eu te explico logo. — Ela disse, levando-o para fora da loja —
Só vem comigo! Vou te contar o que aconteceu.
Conheço muito bem a Miyabi (até mais do que se imagina) para
saber quando a “coisa está preta” mesmo. Nunca a havia visto tão desesperada
antes...,
Mas como ela mesma disse... Ela irá contar o que realmente aconteceu...
Nenhum comentário:
Postar um comentário