Se eu fosse definir os episódios desta semana em duas palavras, seriam: “amizade” e “compreensão”
Gostei de ver Romeu e Julieta investigando o passado a partir de suas famílias, para entender o que realmente aconteceu, sem mais julgar. Vi que o Romeu está bem mais sensato, tentando buscar a verdade e seguindo a intuição (ele sabe que a Julieta é uma boa pessoa e os Campos também), enquanto sua mãe, Vera está completamente tomada pela raiva e o rancor que sente de Mariana, chegando-se sempre à mesma conclusão de que ela é uma sequestradora.
A Vera hoje também mostrou que se acha a dona da Verdade, com dois pesos e duas medidas, sempre quer ter razão e não escuta ninguém, nem o Bernardo. Sinceramente, se eu fosse ele, já tinha me separado dela faz tempo.
E o rancor que ela possui com a Família Campos faz com que ela problematize até mesmo um projeto social em prol do bairro. A personagem está sendo extremamente egoísta, pensando apenas com a sua lente, sem considerar as opiniões e sentimentos alheios. Confesso que o excesso de brigas envolvendo a Vera tem me cansado bastante, por conta dessa postura dela
O Bernardo, coitado, não consegue dar opinião nenhuma, porque ela acha que está certa sobre absolutamente tudo. Ela pode ter relações com o Vitor e o marido não pode ser amigo do Daniel. Super hipócrita da parte dela.
A presença do Bernardo na inauguração do Restaurante Vila das Flores causou uma torta de climão gigante, e quem apimentou foi a Vera (com a ajuda do Vitor, que ama ver o circo pegar fogo)
Sinceramente, não precisava de tanta rivalidade num dia feliz. Na família da Julieta, parece que só a dona Clara pensa racionalmente, valorizando os atributos profissionais do Bernardo. Não é porque não gostamos da pessoa que não vamos valorizar seus talentos. Isso se chama ter humildade e honestidade intelectual.
O Bernardo é um excelente arquiteto sim, e deveria ser reconhecido como tal. O Daniel já percebeu isso e se deu bem com ele, ambos estão vendo que possuem os mesmos valores e possuem pontos em comum, assim sendo, eu estou adorando ver a evolução dessa amizade ao longo dos capítulos e espero que se fortaleça, até para dar um ar de esperança (de que pode haver sim harmonia entre pessoas de ambos os Lados) em meio à tanta confusão e intrigas na novela.
Agora, chega de falar do Bernardo e da Vera, né? Bem, ainda falando do tema “amizade”, mas mudando de foco, eu gosto bastante da relação que a Lívia tem com a Juli, acho muito bonito o quanto elas se ajudam. Fiquei feliz que o Téo reatou a amizade com a Juli e o Alex com o Romeu, são duas amizades bacanas de acompanhar.
Entretanto, nem todo mundo sabe perdoar, como no caso da Rosalina, que acabou sozinha. Como o universo foi muito bondoso com ela, o Nando começou a se aproximar dela, descobrindo pontos em comum. Achei uma amizade bem legal e interessante de acompanhar, se fosse pelo Nando até rolaria um romance. Uma pena que a Rosalina o dispensou fingindo não saber do que ele falava, por medo do julgamento de seus amigos. Ela é do tipo que se preocupa demais com que os outros pensam e não possui opinião própria. Isso metaforiza o que acontece muito na nossa sociedade atual em que, a juventude, por uma sede de pertencimento a um grupo, abdicam de suas opiniões próprias, a capacidade de pensar fora da caixinha e de questionar os demais em seu círculo de convivência, escondendo seus gostos, preferências e posições.
Por outro lado, no Lado Torre, existe alguém autêntico, chamado Dimitri Monteiro, que teve seu momento de autoconhecimento e percebeu que não combinava com o grupo Pedalzera, saindo de lá e entrando para o grupo de Nath, Ian e Ellen.
Gostei do processo das crianças em aceitarem o Dimitri. É normal desconfiar de quem já aprontou conosco, mas é sempre importante avaliar a mudança de atitude e regeneração de alguém, no caso o Dimitri. Eu sabia (e torcia) que o garoto mudaria de lado cedo ou tarde e fiquei bastante feliz com a decisão do personagem, e espero que demonstrem cada vez mais o amadurecimento dele. Sempre soube de seu bom coração.
A Gláucia possui um filho de ouro e não sabe. Ele seria menos rebelde se ela e o Fred lhe dessem mais carinho e atenção como ele merece. Gostaria muito de ver mais flashbacks da dona Flávia, pois está cada vez mais claro o interesse e o apego que o Dimitri possui por sua avó.
As buscas para a entrada ao Mundo da Imaginação estão bem intrigantes! Como espectadora, quero saber logo o que significa cada um dos símbolos do caderninho do Fausto! Falando nele, eu não gostei nada dele nas cenas do Restaurante, ele foi um grande picareta, fez uma armação para ganhar comida de graça, tudo para prejudicar o Bassânio que, vou te falar, tem uma paciência de Jó!
O Núcleo do Armazém está cada vez melhor com a presença do Bassânio e do Daniel, sendo meu núcleo preferido, seguido das crianças!
Hoje, realmente, o tema da amizade foi bem forte, gostei de como exploraram o assunto em cada núcleo, sendo que a única coisa que ficou no ar, é o motivo das brigas entre as famílias. Ainda que os protagonistas da trama estivessem bastante dispostos e curiosos, seus respectivos avôs não quiseram abrir o jogo, alegando que já faz tempo que tudo aconteceu. Assim, espero que aos poucos, a novela revele mais flashbacks sobre o passado de Hélio, Clara, Leandro, Flávia e Fausto, esclarecendo muitos pontos de interrogação ao espectador
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