[Resenha] King the Land

Informações do drama 

Título: King the Land / Sorriso Real 

Episódios: 16

Duração por episódio: 65 a 77 minutos 

Emissora original: JTBC / Netflix 

Gênero: Romance Contemporâneo / Comédia Romântica / Família / Drama / Amizade / Negócios 

Ano: 2023

Onde assistir: Netflix / Drama Fansubs  / Anime CX 

King the Land, também conhecido como “Sorriso Real”, trata da história da mocinha Cheon Sarang (Im Yoona), admitida como trainee do Hotel King, onde sempre desejou trabalhar. 

Durante os episódios, vemos o crescimento profissional dela, desde o treinamento, passando a ser responsável pelo saguão do Hotel King, até ser membro integrante do King the Land (setor de luxo do grupo King) e do Dream Team (empregada de luxo, só para famílias ricas, incluindo a família do Presidente da Empresa), abrindo o próprio negócio no final das contas. 

Em todas as etapas, ela mostra seu esforço e potencial, atraindo a atenção de uns e a inveja de outros, sendo que durante dois anos seguidos foi nomeada a “Melhor Talento”, título que carregou até o final na empresa. 

Sua personalidade alegre, determinada, espontânea e direta atrai o coração do jovem herdeiro Gu Won (Lee Jun Ho) que muda sua forma de pensar e agir a partir do convívio com ela. 

As verdades que ela lhe diz se fixam na mente dele e, aos poucos, ele muda suas atitudes perante às pessoas ao seu redor, se tornando cada vez mais humano.  

Ao decorrer da trama, vemos o amadurecimento do personagem tanto no âmbito pessoal quanto profissional, partindo de um nobre inconsequente para um vitorioso administrador que valoriza seus funcionários (principalmente os mais antigos) e os trata dignamente, obtendo resultados maiores e de longo prazo com funcionários fiéis ao seu dispor, diferente de sua irmã mais velha, obcecada apenas por poder e dinheiro, pensando apenas a curto prazo, sem nenhuma fidelidade na contratação de funcionários e fazendo planos que mais condizem com a politicagem do que com gestão de negócios, visando apenas seus próprios interesses pessoais, sem escrúpulos para conseguir o quer: chegar ao topo e herdar o grupo King.

Ela não tem uma boa relação com o pai e nem com o Won, de quem sempre teve inveja desde adolescente, descontando sua raiva nele até o momento presente, e fazendo de tudo para prejudicar sua imagem e se mostrar melhor do que ele nos planos para alavancar a empresa. 

Colocando o trabalho acima da empresa, ela renega a atenção ao próprio filho, que cresce carente de atenção, mas possui uma maturidade além da conta para uma criança dessa idade.

O casamento dela também vai mal, tudo porque ela não se enxerga, e só entende o mal que ela faz para si mesma e para os outros, no final da história - antes tarde do que nunca. 

Em contrapartida, Won trata bem o sobrinho e o ensina a ser um menino corajoso e de valor. Foram cenas muito lindas de se acompanhar, de grande aprendizado. Esse garoto foi um personagem que ensinou muito sobre a importância da família, de amor e carinho na formação de uma criança. 

Por falar em crianças, outra que se destaca é a Chorong, filha de Kang Da-eul,  a amiga da Sarang. A menina tem mais juízo do que o pai, a tia e os avós, que deixam a casa uma zona, fazendo a menina sempre reclamar disso à mãe. 

A maternidade é algo essencial às mulheres e cada uma delas ama seu filho à sua maneira. Algumas já se foram, como é o caso da mãe de Sarang e do Ro Woon, um novato da companhia aérea, apaixonado por sua veterana, Pyung Hwa, protegendo-a e defendendo-a em diversos momentos, estando ao seu lado, apoiando-a e consolando-a nas suas dificuldades. 

Não ter a mãe presente aqui na Terra faz falta, mas quem tem espírito elevado sabe que as mães nos olham e torcem por nós mesmo depois que o corpo se vai. Foram cenas emocionantes, dos dois visitando o túmulo da mãe do Ro Woon, que teve um grande significado espiritual e familiar. 

Família é quem cria, está ao seu lado e te acompanha. Por isso, podemos dizer que a família perfeita de Sarang (Im Yoona) é a sua avó que a criou, juntamente com seus amigos, colegas de trabalho e claro, o namorado, pois são aqueles com quem ela sempre pode contar. 

Dizem que as famílias felizes são todas iguais, e as infelizes, são cada uma à sua maneira. Não tem maneira melhor de definir a situação do protagonista, cuja mãe mereceu uma segunda chance de se retratar e se redimir com ele, para que pudesse seguir a própria vida em paz. Às vezes, o passado nos prende e persegue, mas nunca é tarde para escrever um brilhante futuro, com um sorriso real no rosto. 

Dito isso, podemos concluir que, com este k-drama, aprendemos muito sobre sentimentos, emoções, sobre não ter arrependimentos, fazer o certo e valorizar o que realmente importa. 

Roteiro, elenco e personagens

O roteiro foi bem elaborado, de forma objetiva e cativante, sendo um ponto positivo da produção. Cada personagem teve sua respectiva característica marcante, e desenvolveu um amadurecimento legal de acompanhar ao longo dos episódios, e recebendo o devido final. Como se diz: “A gente colhe o que planta” 

Os atores foram todos bem escolhidos para interpretar cada personagem, pois souberam transmitir todas as suas emoções. Me diverti muito com as cenas do Sr No, assistente do Won, e as duas amigas da Sarang! Eles animavam o ambiente e gargalhei muito em vários momentos! 

E, convenhamos, o Sr No pode encher o saco do Won, mas ele sempre foi um amigo fiel e estava lá nas horas mais importantes, demonstrando a sua lealdade. 🙂

O Ro Woon foi uma fofura à parte e o ator soube expressar muito bem essa essência dele, com muita delicadeza, e se tornou um dos meus personagens preferidos. Adorei as cenas deles com a Pyong Hwa, eram de plena cumplicidade, carinho e fofura. 

O casal principal dispensa comentários, foi tudo de bom! Ri muito com eles também, adorei a evolução do relacionamento entre eles desde o início ao fim, e até da relação do Won com a avó da Sarang - no fim, ele foi aprovado. 

Em outros momentos, também ficava com o coração quentinho, e muito feliz com o namoro deles! Foram momentos marcantes que guardo com carinho no coração. 

Me apaixonei pelas crianças que fizeram a Chorong e o sobrinho do Won, talentos à parte. A atriz que fez a irmã mais velha do protagonista está de parabéns, fiquei com agonia dela só de aparecer na tela, de tão malvada que foi durante a trama. 

O ator que fez o pai também merece ser mencionado. Ele interpretou um personagem calculista e fechado para o amor, mas na verdade, era apenas um velho carente de felicidade, de ver seus sonhos se realizarem, e receber um pouco de carinho, já que não pode ficar com / fazer nada pela única mulher que amou de verdade em sua vida; a sua segunda esposa e mãe do Won. 

Conclusão 

Recomendo a todos aqueles que apreciam uma boa comédia romântica, e/ou que desejem algo leve e divertido de acompanhar, ao mesmo tempo em que podemos extrair valiosas lições em suas entrelinhas, com direito a flashbacks para compreender os personagens e seus comportamentos com mais profundidade. 

Espero que os que assistam, desfrutem tanto quanto eu! 

Beijos  e até a próxima indicação, 

Rebeca