sexta-feira, 15 de novembro de 2019

[The Monster Inside of My Bed] Capítulo 3 – Eu sou amiga do Monstro.


Quando eu voltei da escola para casa, eu fui direto para o meu quarto.
— Querida, as crianças da vizinhança querem brincar com você.
— Eu não quero, mamãe, pois brincarei no meu quarto.
Eu imediatamente coloquei a minha lancheira em minha cama e a abri. Ainda há algumas sobras. Eu planejei dá-las para Allen. Eu coloquei o sanduíche debaixo de minha cama.
Um tempo depois, uma mão rapidamente o pegou, o que me faz ficar surpresa, mas também me fez ficar encantada.
— Oi?
Nenhuma resposta
— Olááá??
Nada ainda.
Eu pensei em um plano para ver o monstro de novo. Eu tirei sanduíches e os deixei cair. Gradualmente, uma mão saía e eu retirava mais daqueles sanduíches, mas ele ainda insistia em estender a mão para isso.
— Te peguei! — Eu o surpreendi e dei risada da reação dele.
— Merda! — Ele disse, irritado.
— Eu só queria ser sua amiga.
— Você! Criança, eu não tenho tempo para você.
— Você quer que eu te ajude a se lembrar de suas memórias perdidas?
Aquelas palavras chamaram a atenção de Allen e fizeram com que ele não fosse embora e falasse comigo.
— Como eu me lembrarei do meu passado? — Allen perguntou seriamente.
— Deixe-me repetir: Você realmente não se lembra de nada?
— Hum... Pessoas, diferentes pessoas e um quarto. Estas são as coisas das quais me lembro quando eu fui dar uma espiada lá fora várias vezes.
— Eh... Quem são eles e como você chegou lá?
— Eu não os reconheci, então eu não sei.
— Ah! Olhe para as roupas antiquadas que você está vestindo. É formal, e é como um terno como se fossem as roupas que o Jack do Titanic estava usando. Ou mesmo um estilo de roupas da época de Jose Rizal. [1]
— Como eu ia saber?
— Em que ano você nasceu?
— Ano?
— Sim. Hoje é dia 26 de agosto de 2012 — Eu apontei meu dedo indicador no calendário.
— Qui... Quinze...1531
— Hã?
— Sim. É 1531. Eu vi isso no calendário antes.
— Wow! Isso foi há um longo tempo atrás! Isso foi na sua casa?
— Não. Isso foi na casa do antigo dono desta cama.
— Então, desde aquela época você já morava nessa cama? — Eu perguntei, chocada. — Sério! Quantos anos você tem?
— Eu não faço ideia — Allen respondeu, consternado.
Desde aquele dia, eu tenho voltado cedo para casa. Ele sempre me vê, e eu o ensino coisas que ele não sabe. Mesmo que eu sempre estivesse no quarto, eu nunca estava entediada porque eu tinha um companheiro para brincar.
— Espere! Eu pensei em algo para fazer — Eu disse enquanto estávamos brincando de “Cobras e Escadas”
— O quê? Jogar cartas, de novo?
— Haha. Não.
— Eh? O quê?
— Nós devemos tirar uma foto — Então, eu tirei a câmera da divisória.
Eu o aproximei de mim e apertei o botão da câmera.
— Hã? Você não está aqui? Então, você não pode ser capturado pela câmera? — Eu disse, fazendo biquinho.
— O que é isso?
— Isso é uma câmera. Se você a apertar um pouquinho, depois de um momento, você se verá na tela.
— Aha! —  Foi como se uma lâmpada iluminasse a minha mente — Eu irei te desenhar.
— O quê?
— Usando este lápis. Eu não sou muito boa, mas eu vou aprender a te desenhar. — Eu sorri para ele.
Toda noite, eu tentava expressá-lo através de meus desenhos. É uma das coisas que me deixam ocupada todo dia e noite.
Um dia, minha mãe repentinamente entrou em meu quarto.
— Rápido, Allen! Esconda-se!

[...]

— Você está conversando com alguém?
— Não, mamãe.
— Você não quer experimentar sair? Tem crianças que querem brincar com você.
— Eu não quero, eu me sinto bem aqui.
— Tem certeza?
— Sim, mamãe. — Eu sorri para ela.

[...]

— Allen, você já pode sair. Mamãe já não está mais aqui.
Allen emergiu lá debaixo.
— Eu tenho uma ideia? Por que você não vai à escola comigo?
— Eu não consigo sair dessa cama.
— Hã? Por que?
— Eu não sei. Você acha que eu escolheria sofrer aqui se eu pudesse sair?
— Você tem razão. Isso é muito ruim. — Eu disse, desanimada.

Nota: Jose Rizal foi um nacionalista e polímata Filipino durante o final do Período Colonial Espanhol nas Filipinas.

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