sexta-feira, 8 de novembro de 2019

[Mahoutsukai no Konyakusha] Filimina 2


—— A partir de agora, vamos falar a respeito de minha história. Vamos contá-la ao meu gosto, esta minha história.
Meu nome é Filimina via Adina [1]
Eu sou a primeira filha da Casa de Adina, uma nobre família com um alto padrão social residindo na Capital Real, apesar de que você não precise saber de coisas desse tipo.
Não é como se eu fosse algo complicado, porque o meu nome [agora] é diferente do nome que a [“eu” anterior tinha]. Simplesmente isso não é necessário na história que eu estou prestes a te contar.
Depois de falar até aqui, eu acho que você deve entender por agora. Eu aposto que não preciso te perguntar: “Você sabe algo sobre reencarnação?”
Reencarnação, em outras palavras, nascer de novo, e em minha vida anterior, eu era uma mulher nascida em uma família ordinária em um país chamado Japão do planeta denominado Terra. A propósito, a minha idade quando morri, era prestes a completar 30 anos.
Quem se esqueceria disso? Não, eu nem sequer poderia esquecer.
Na realidade, devido à recessão empresarial, eu fui demitida na “Era Glacial” para encontrar um emprego. Consequentemente, eu acabei tendo que procurar emprego pela primeira vez em anos. E, enquanto estava caminhado de noite, eu encontrei um ladrão de bolsas.
“Como se eu fosse me livrar da minha bolsa!” Talvez eu mesma estivesse errada de demonstrar aquele tipo de coragem desnecessária. Daquele jeito, eu fui arrastada por um carro e arruinei a mim mesma. Essa vida da [“eu”] anterior.
A “eu” nascida neste mundo se deu conta de que [“eu”] tinha 3 anos de idade, quando sofri de uma febre alta em uma epidemia e percorria por entre a interseção da vida e da morte por uma semana.
Até mesmo meu pai, o Chefe Administrativo de Grimoire no Palácio Real, o qual sempre tinha uma face inexpressiva que ele chama de “sorriso”, permaneceu dizendo “desta vez eu realmente estava com medo de morrer”, de novo e de novo, até agora.
Certo, durante aquela febre extremamente alta, eu acabei lembrando de [mim].
Enquanto gemia devido à febre alta, eu desesperadamente tentava me debater, devorar e fazer de mim, algo somente meu. Do contrário, eu com certeza seria a única a ser engolida por [mim] e enlouquecer.
E então, a “eu” de 3 anos de idade, ganhou contra a [“eu”] de 30 anos, e também venceu a doença. Meu eu, você mandou bem!
Com isso e aquilo acontecendo, a formação do meu eu de agora, que sou eu com 3 anos, de repente se deu conta disso tudo. Que este mundo, uma vez foi um mundo de fantasia, denominado como o mundo da espada e da magia.
Contudo, não é como se eu pudesse fazer nada a respeito disso. Eu tenho pensado e desejado ver isso. Mas, no fim das contas, eu era meramente uma criança de 3 anos de idade.
Desde que eu era mais nova, eu desejava ser chamada de “prodígio”, e tentei ler grimório.
Já que o meu amado pai é parte da elite que trabalha muito duro no Palácio Real como o Chefe Administrativo de Grimoire, nessa mansão nós temos muitas coleções valiosas de grimório em si, e se eu quiser lê-los?
Conclusão: Não conseguia lê-los de maneira nenhuma. Ao invés disso, eu estava levando bronca da minha babá, que estava dizendo:  
— Você não pode brincar por aí com isso, okay?
Então, vamos tentar segurar uma espada. E isso se foi sem eu dizer nada.
— O que você, uma Ojou-sama da Casa Adina, está fazendo? — Eu fui repreendida novamente por minha babá. O meu pai, que geralmente tem um coração grande, disse:
— Talvez o comportamento dela lembre a mim — Ele sorriu sarcasticamente e até mesmo minha mãe disse, silenciosamente:
— Filimina é realmente uma garota danadinha — Disse, enquanto franzia o cenho e parecia preocupada.
Para receber até mesmo esse tipo de reação, você poderia desejar ser um trapaceiro ou ter um harém inverso? A resposta é “não”.
Em primeiro lugar, minha aparência anterior estava no nível mediano-alto, e, por dentro eu era uma mulher na casa dos30 anos completamente medíocre. Apesar de que eu fiquei desesperada porque acabei reencarnando em um mundo diferente, modéstia à parte, eu tenho feito uma coisa absurda
Assim, no fim, eu cresci e fui criada como tal. A sensação de estar deslocada, causada por ter uma mulher na casa dos 30 anos em meu interior, somente pode ser resolvida dizendo que alguém é uma garota madura, a qual sempre se esforça até o limite.
Isso certamente é graças ao trabalho do meu pai.
Chefe Administrativo de Grimoire, precisamente esse título, é uma patente oficial àquele que administra o grimório. Minha família Adina tem sucedido esse título por gerações, do qual o meu pai pertence à 14° Geração.
Usando uma técnica especial, o Chefe Administrativo de Grimoire transcreve cada carta preenchida com poder mágico contida no grimório e guarda em segurança os livros gastos. Nem chamativo, nem simples, esse é um trabalho extremamente honroso que reconhecido até mesmo pelo Rei de nosso país.
E como a próxima líder da família, eu já decidi que a 15° Geração de Chefe Administrativo de Grimoire, não seria eu, mas, sim, o meu irmãozinho, que é 3 anos mais novo que eu, Fernand, o qual eu também já autorizei.
Ah, desculpe-me... Eu desviei do assunto.
De qualquer forma, com tais circunstâncias, eu fui reconhecida pelas pessoas ao meu redor como uma garota que naturalmente seria mais madura do que as demais crianças da minha faixa etária, e eu também já havia conseguido me comportar como uma.
Esse meu eu com aparência de criança e mente de uma adulta (embora apenas seja mediana).
Vamos ser francos: Durante a minha infância, eu era muito, muito popular. Bem, você poderia dizer que isso era uma benção.
Em meio àquela confusão, até mesmo eu que é uma medíocre e uma figura extremamente mediana, tinha uma razão para ser popular naquela época.
Afinal, isso era porque, mais do que qualquer outra pessoa, eu era uma [adulta], em meio às crianças.
Sendo gentil com todos, sugerindo coisas com um moderado nível para não ser intrometida e, em qualquer momento quando alguém fosse bem-sucedido, eu os parabenizaria: “OO é incrível!”, e do contrário, se alguém falhasse, eu os consolaria: “Se isso é OO, você com certeza ficará bem. Eu também não sou tão boa nisso, então, vamos praticar juntos?
Já que eu estava imitando o tom de uma mãe, a disparidade com o meu eu verdadeiro se tornou ainda mais intenso. Entretanto, modéstia à parte, eu acho que eu fiz um bom trabalho agindo desse jeito em meio às crianças.
Eu, que havia conseguido assegurar a posição de uma “onee-san”, sempre havia feito o papel de supervisionar as crianças que vinham à minha casa para uma festa do chá.
Às vezes correndo juntos por aí, às vezes os contrariando, às vezes lendo livros juntos (nessa idade eu era incomparável nesse quesito, em outras palavras, eu o lia em voz alta para eles).
—— E essa era eu: uma garota muito, muito boa.

Nota:
[1] Firimina via Adina (フィリミナ・ヴィア・アディナ)

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