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A partir de agora, vamos falar a respeito de minha história. Vamos contá-la ao
meu gosto, esta minha história.
Meu
nome é Filimina via Adina [1]
Eu
sou a primeira filha da Casa de Adina, uma nobre família com um alto padrão
social residindo na Capital Real, apesar de que você não precise saber de
coisas desse tipo.
Não
é como se eu fosse algo complicado, porque o meu nome [agora] é diferente do
nome que a [“eu” anterior tinha]. Simplesmente isso não é necessário na
história que eu estou prestes a te contar.
Depois
de falar até aqui, eu acho que você deve entender por agora. Eu aposto que não
preciso te perguntar: “Você sabe algo sobre reencarnação?”
Reencarnação,
em outras palavras, nascer de novo, e em minha vida anterior, eu era uma mulher
nascida em uma família ordinária em um país chamado Japão do planeta denominado
Terra. A propósito, a minha idade quando morri, era prestes a completar 30
anos.
Quem
se esqueceria disso? Não, eu nem sequer poderia esquecer.
Na
realidade, devido à recessão empresarial, eu fui demitida na “Era Glacial” para
encontrar um emprego. Consequentemente, eu acabei tendo que procurar emprego
pela primeira vez em anos. E, enquanto estava caminhado de noite, eu encontrei
um ladrão de bolsas.
“Como se eu fosse me livrar da minha
bolsa!” Talvez eu mesma estivesse
errada de demonstrar aquele tipo de coragem desnecessária. Daquele jeito, eu fui
arrastada por um carro e arruinei a mim mesma. Essa vida da [“eu”] anterior.
A
“eu” nascida neste mundo se deu conta de que [“eu”] tinha 3 anos de idade,
quando sofri de uma febre alta em uma epidemia e percorria por entre a interseção
da vida e da morte por uma semana.
Até
mesmo meu pai, o Chefe Administrativo de Grimoire no Palácio Real, o qual
sempre tinha uma face inexpressiva que ele chama de “sorriso”, permaneceu dizendo
“desta vez eu realmente estava com medo
de morrer”, de novo e de novo, até agora.
Certo,
durante aquela febre extremamente alta, eu acabei lembrando de [mim].
Enquanto
gemia devido à febre alta, eu desesperadamente tentava me debater, devorar e
fazer de mim, algo somente meu. Do contrário, eu com certeza seria a única a
ser engolida por [mim] e enlouquecer.
E
então, a “eu” de 3 anos de idade, ganhou contra a [“eu”] de 30 anos, e também
venceu a doença. Meu eu, você mandou bem!
Com
isso e aquilo acontecendo, a formação do meu eu de agora, que sou eu com 3
anos, de repente se deu conta disso tudo. Que este mundo, uma vez foi um mundo
de fantasia, denominado como o mundo da espada e da magia.
Contudo,
não é como se eu pudesse fazer nada a respeito disso. Eu tenho pensado e
desejado ver isso. Mas, no fim das contas, eu era meramente uma criança de 3
anos de idade.
Desde
que eu era mais nova, eu desejava ser chamada de “prodígio”, e tentei ler
grimório.
Já
que o meu amado pai é parte da elite que trabalha muito duro no Palácio Real
como o Chefe Administrativo de Grimoire, nessa mansão nós temos muitas coleções
valiosas de grimório em si, e se eu quiser lê-los?
Conclusão:
Não conseguia lê-los de maneira nenhuma. Ao invés disso, eu estava levando
bronca da minha babá, que estava dizendo:
—
Você não pode brincar por aí com isso, okay?
Então,
vamos tentar segurar uma espada. E isso se foi sem eu dizer nada.
—
O que você, uma Ojou-sama da Casa Adina, está fazendo? — Eu fui repreendida novamente
por minha babá. O meu pai, que geralmente tem um coração grande, disse:
—
Talvez o comportamento dela lembre a mim — Ele sorriu sarcasticamente e até
mesmo minha mãe disse, silenciosamente:
—
Filimina é realmente uma garota danadinha — Disse, enquanto franzia o cenho e
parecia preocupada.
Para
receber até mesmo esse tipo de reação, você poderia desejar ser um trapaceiro ou
ter um harém inverso? A resposta é “não”.
Em
primeiro lugar, minha aparência anterior estava no nível mediano-alto, e, por
dentro eu era uma mulher na casa dos30 anos completamente medíocre. Apesar de
que eu fiquei desesperada porque acabei reencarnando em um mundo diferente,
modéstia à parte, eu tenho feito uma coisa absurda
Assim,
no fim, eu cresci e fui criada como tal. A sensação de estar deslocada, causada
por ter uma mulher na casa dos 30 anos em meu interior, somente pode ser
resolvida dizendo que alguém é uma garota madura, a qual sempre se esforça até
o limite.
Isso
certamente é graças ao trabalho do meu pai.
Chefe Administrativo de Grimoire, precisamente esse título, é uma patente oficial
àquele que administra o grimório. Minha família Adina tem sucedido esse título
por gerações, do qual o meu pai pertence à 14° Geração.
Usando
uma técnica especial, o Chefe Administrativo de Grimoire transcreve cada carta
preenchida com poder mágico contida no grimório e guarda em segurança os livros
gastos. Nem chamativo, nem simples, esse é um trabalho extremamente honroso que
reconhecido até mesmo pelo Rei de nosso país.
E
como a próxima líder da família, eu já decidi que a 15° Geração de Chefe
Administrativo de Grimoire, não seria eu, mas, sim, o meu irmãozinho, que é 3
anos mais novo que eu, Fernand, o qual eu também já autorizei.
Ah,
desculpe-me... Eu desviei do assunto.
De
qualquer forma, com tais circunstâncias, eu fui reconhecida pelas pessoas ao
meu redor como uma garota que naturalmente seria mais madura do que as demais
crianças da minha faixa etária, e eu também já havia conseguido me comportar como
uma.
Esse
meu eu com aparência de criança e mente de uma adulta (embora apenas seja
mediana).
Vamos
ser francos: Durante a minha infância, eu era muito, muito popular. Bem, você
poderia dizer que isso era uma benção.
Em
meio àquela confusão, até mesmo eu que é uma medíocre e uma figura extremamente
mediana, tinha uma razão para ser popular naquela época.
Afinal,
isso era porque, mais do que qualquer
outra pessoa, eu era uma [adulta], em meio às crianças.
Sendo
gentil com todos, sugerindo coisas com um moderado nível para não ser
intrometida e, em qualquer momento quando alguém fosse bem-sucedido, eu os parabenizaria:
“OO é incrível!”, e do contrário, se
alguém falhasse, eu os consolaria: “Se
isso é OO, você com certeza ficará bem. Eu também não sou tão boa nisso, então, vamos praticar juntos?
Já
que eu estava imitando o tom de uma mãe, a disparidade com o meu eu verdadeiro
se tornou ainda mais intenso. Entretanto, modéstia à parte, eu acho que eu fiz
um bom trabalho agindo desse jeito em meio às crianças.
Eu,
que havia conseguido assegurar a posição de uma “onee-san”, sempre havia feito o papel de supervisionar as crianças
que vinham à minha casa para uma festa do chá.
Às
vezes correndo juntos por aí, às vezes os contrariando, às vezes lendo livros
juntos (nessa idade eu era incomparável nesse quesito, em outras palavras, eu o
lia em voz alta para eles).
——
E essa era eu: uma garota muito, muito boa.
Nota:
[1]
Firimina via Adina (フィリミナ・ヴィア・アディナ)
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