segunda-feira, 26 de junho de 2023

O que eu mais gostei em “A Infância de Romeu e Julieta” nesta semana na Prime Video (23/06/2023)

Sinceramente, vou começar pelo Romance. Ainda que eu queira que a Mari e o Dani reatem a relação e se casem novamente até o final da novela, estou adorando a aproximação da Telma com o Daniel, tanto pessoal quanto profissionalmente, pois desta forma já há motivos para a Mariana acordar para a vida e assumir seus sentimentos logo, além de ser mais racional no momento de fechar negócios, sem se apegar ao lado pessoal e perder uma oportunidade. 

Quando temos uma oportunidade, devemos abraçá-la, ou, do contrário, outra pessoa o fará. Na verdade, “a fila anda” é o ditado popular que mais se aplica à Mariana, que nunca aproveita oportunidade nenhuma, nem pra ver o Daniel com bons olhos, como um homem normal que está querendo ser gentil, e ao invés disso, fica se lamentando por conta de seu passado e quer se convencer a todo custo que o casamento terminou, sendo que só chegou ao fim porque o Dani respeitou a vontade e o sentimento dela depois de tudo que ela passou na prisão. 

10 anos depois, nem pra ela demonstrar gratidão e carinho por toda a gentileza dele em relação à ela, só vive na defensiva e não olha para quem se importa com ela, de tão tensa o tempo todo! 

Quando ela finalmente se tocar que está perdendo o homem da vida dela para a Telma, já será tarde. Olhando sob outro aspecto, as consequências do relacionamento entre ambos, o Daniel seria um bom futuro e possível padrasto para as filhas da Telma, que merecem alguém carinhoso e compreensivo que cuide delas! 

Também, se isso ocorrer, Julieta será “meia-irmã” das três garotas, como ela e Lívia já perceberam. Isso abafaria um pouco a rivalidade entre Lado Vila e Lado Torre, afinal, família é sempre família, independente do lugar onde moramos. Falando em tretas, o Patrick obcecado em vingar-se do Lado Torre o tempo inteiro, já está me dando nos nervos! Concordo com a Julieta, em ser mais pacífica, ou a guerra não terá fim. Está tão errado aquele que começa quanto quem continua. 

A Karen também não tem vergonha na cara, apronta e fala aquilo que lhe convém sem levar em conta as emoções dos outros. Agora, lá vai o Patrick iludido achando que pode investir em seu romance com a Juli, quando ela já deixou claro milhões de vezes que não quer nada além da AMIZADE com ele! 

Tenho certeza que a Karen fez isso porque ela quer uma chance com o Romeu (ela já demonstrou isso em várias outras cenas durante os episódios passados) e de que esta parte do enredo é só para enrolar a história e atrapalhar o casal principal, como sempre acontecem nas novelas. Quero só ver como será a reação da Julieta em relação ao Patrick, não vai dar nada bom, disso eu tenho certeza! 

Na verdade, eu torço pelo casal Patrick e Karen, pois já houve várias cenas de ambos se encontrando vezes em episódios passados, ele possui uma personalidade alto-astral que contrasta e complementa a de Karen, mais introspectiva. 

Quem sabe com a convivência Karen não se abra mais em relação aos sentimentos e problemas e o Patrick pare com a birra com os moradores do Lado Torre, achando que são todos iguais 

Ainda falando de romance, eu pessoalmente apoio Lívia e Téo, acho que eles devem continuar sendo um casal. É muito fofo como eles se ajudam e se entendem (quando há uma desavença, eles conversam e rapidamente se resolvem) É uma relação gostosa, saudável de um primeiro amor entre dois adolescentes. 

Há os fãs que shippam Lívia e Alex, por serem de lados e personalidades opostas. Apesar de não ser daquelas que aprova o casal, eu penso que, com a aceitação e a aproximação de Lívia, Alex ainda pode se transformar em alguém mais amoroso, cavalheiro e ameno, melhorando sua personalidade e tirando seu lado vingativo e competitivo ao extremo, de tão vaidoso, a ponto de querer sempre ser o melhor de todos. Também espero que, até o final da novela, ele melhore a sua relação com seu irmãozinho Ian, o garoto não merece ser tão maltratado assim como vem sendo em muitos momentos desde o início da novela (não especificamente esta semana) 

Por falar em casais, eu estou amando o casal Pórcia e Bassânio, que retratam aquele amor à moda antiga, que nasce e cresce lentamente, a partir de uma amizade genuína, de uma admiração mútua que logo se transforma em amor. 

O detalhe é que Bassânio é semi-analfabeto e Pórcia é surda-muda, havendo dificuldades na comunicação, porém, nos episódios desta semana pudemos ver Bassânio aprendendo libras e falando em sinais com sua amada, comunicando-se bem melhor com ela, em diálogos fluidos, deixando-a bastante feliz. 

Agora quero ver como vai ficar o drama dos pombinhos, já que o Fausto afastou a filha de Bassânio, por achar que ele não terá o que oferecer a ela. Eu, por outro lado, acho que ser pipoqueiro é uma profissão digna como outra qualquer, e que o que deve sempre valer é o caráter de alguém e isso, ele tem de sobra! 

A relação de Bassânio e Pórcia mostra que, quando amamos alguém, não existem barreiras que nos impeçam de vivenciá-lo (neste caso, a comunicação) e que, quando amamos alguém de verdade, não são necessários muitas palavras, apenas um olhar e/ou um gesto são suficientes para demonstrar o amor. 

Saindo da esfera romântica e rumando para a familiar, estou adorando ver a inversão de pensamento entre Victor e Bernardo, culminando em conflitos com seus respectivos pais. Eu já esperava, mas ainda assim, me impactou ver a cena em que o Bernardo se demite da Holding dos Monteiro. O ator Fábio Ventura está de parabéns por seu trabalho, colocou intensidade adequada na cena, demonstrando a indignação de Bernardo em relação às decisões de seu pai, Leandro Monteiro. 

O Bernardo é o personagem mais sensato em minha humilde opinião. Ele consegue enxergar que nem sempre seu pai está certo, independente do mérito de ele ser um grande homem de negócios. Ele consegue ver que há implicações e razões no Lado Vila com cautela, contrapondo com a rivalidade exacerbada entre Leandro e Hélio, sendo o motivo da briga entre os dois, o maior mistério da novela! 

Sinto que o Bernardo vai ser uma peça chave na pacificação do Bairro de Castanheiras, uma vez que entende os dois lados da moeda, ao contrário de Fausto que, desejando ganhar algo em troca para ascender na vida, fala mal de Hélio para Leandro e vice-versa, botando ainda mais lenha na fogueira. Eu não gosto dele por conta disso, não ajuda em nada, apenas cria maior animosidade, mas aparentemente, o Fausto é adepto daquela frase: “No meio da briga entre duas pessoas, eu fico do lado da briga” 

Por ora, quem deve surtir algum efeito pacífico é o Enzo (marido da Amanda que mora do Lado Vila e trabalha na Holding), ideia que ele mesmo defende dizendo que a família deles pode ser um exemplo para os demais. O dilema de Amanda e Enzo, sobre seu emprego na Holding demonstra como conflitos interpessoais, quando fora de controle, podem trazer consequências a terceiros que não tem culpa no cartório nem relação direta com as brigas. 

Entretanto, o fato de Leandro empregar Enzo em sua empresa, demonstra profissionalismo, pois o contratou por competência, independente de questões pessoais. Só espero que esta fidelidade continue entre ambos, porque eu tenho um mal-pressentimento: do mesmo jeito que Leandro negociou com Telma e mexeu com sua família e amigos, cedo ou tarde a mesma situação chegará para Enzo, que para a sorte do inteligente e malicioso Leandro, é tão bem-intencionado quanto ingênuo. 



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