segunda-feira, 18 de maio de 2020

[Primeiras Impressões] “My Poseidon” e o enredo cativante

Quando eu vi a sinopse, a primeira coisa que me atraiu foi a Mitologia Grega, e o fato de ele ser a reencarnação de Poseidon. Mas conforme fui assistindo, o enredo me cativou de tal forma que me sinto cada vez mais imersa na história, por inúmeros motivos, para além da temática principal.

Nessa resenha, apontarei as minhas “Primeiras Impressões” com base nos 12 primeiros episódios da trama, a respeito do enredo de um modo geral, os personagens e os sentimentos que me causam, sem deixar de lado a minha caraterística analítica presente em muitos de meus textos.

 

Ye Hai é protagonista da história e o mocinho que se apaixona primeiro pela sua amada. Herdeiro de uma grande empresa, a Han Hai, ele faz o tipo charmoso e “tranquilão”, mas mostra um lado preocupado e humano.

É a reencarnação do deus do mar, porém, ironicamente, não sabe nadar. Entra em conflito com seu irmão por questões de família e profissionais, contudo, no fundo, ambos se amam e se respeitam.

Esse é o tipo de homem que me cativa por ser atencioso e compreensivo, por ser o gentleman que salva a mocinha quando necessário, e me arranca risadas em determinados momentos, ao ver os conflitos no estilo “gato e rato” com a mesma. Meu coração fica bem alegre ao testemunhar a fofura deles juntos!

Como “Poseidon” ele é bem filosófico e poético, e me faz apaixonar mais ainda por ele. 

Ye Tian: É o irmão mais velho de Ye Hai, a quem se dirige carinhosamente como “Xiao Hai” (Xiao é uma forma afetiva de se referia a alguém, semelhante a ~ chan em japonês).

Tem uma ligação especial com o mais novo, e o compreende na medida do possível, mas não tolera ou admite a postura irresponsável de Ye Hai, deixando-o nervoso e estressado.

Possui uma personalidade serena, porém estrondosa em determinadas ocasiões, quando demonstra maior firmeza e convicção em sua fala. É sério, responsável e analítico, motivo pelo qual dirige a empresa que herdou de seu falecido avô.

Como herdeiro e Gerente Geral da Han Hai, é um líder bem enfático e convicto de seus planos e objetivos, seguindo sempre o Plano Estratégico da empresa, e esclarecendo o que pretende fazer nas reuniões com sua equipe de trabalho, para uma melhor tomada de decisão, de forma inteligente e cautelosa.

Abordarei mais sobre “Administração de Empresas” em outra postagem específica para este assunto.

Para mim, é um personagem cativante e bem construído, e admito, o que eu mais gosto de ver em cena. Acho o comportamento dele em todos os momentos bastante condizente com a situação, e o ator consegue expressar bem cada um dos traços da personalidade dele.

É o tipo de irmão mais velho que eu gostaria de ter, se fosse possível.

An Fei: É a mocinha da história, que não se lembra de ser Anfitrite no passado, e nem se recorda de ter vivido algo relacionado à Mitologia Grega, por isso é relutante à ideia de que ela e o protagonista estão destinados e/ou se conhecem na outra vida.

Formada em Geologia Marinha, entra para a equipe do “Experimento Poseidon”, liderada pelo seu amigo de infância e pesquisador Mo Liang.

Sua personalidade é bastante determinada e decidida e nunca foge do que acredita ser correto, mesmo correndo riscos. Ao mesmo tempo em que é séria e contida, consegue me arrancar gargalhadas ao assistir. As cenas do casal principal dão a leveza para o enredo, e aliviam até mesmo meu estado de espírito.

A única coisa que não gosto na personalidade dela é o fato de que ela permanece muito na defensiva em relação ao Ye Hai, e não assume seus sentimentos como deve, porque já provou diversas vezes no decorrer da trama que ela se importa e muito com ele! 😉 Às vezes parece que ela aceita mais a aproximação do Mo Liang do que do Ye Hai, mas também... Quem resiste a um amigo tão amorzinho assim?

Por falar nisso...

 

Mo Liang é o amigo de infância de An Fei e o rapaz da friendzone, que já cativou tanto meu coração quanto o protagonista, e às vezes eu o acho bem mais fofo e encantador do que o Ye Hai. Sinceramente, o protagonista é TUDO DE BOM, mas o Mo Liang faz o meu coração derreter de um jeito indescritível.

Além de tudo, ele é super inteligente e analítico do jeito que eu gosto.

Estou vendo que nos próximos capítulos, esse triângulo amoroso vai se intensificar ainda mais, ou seja, vou ficar com o coração dividido daqui para frente, como eu sempre fico quando o personagem secundário é cativante! 😉

Além dos personagens cativantes, o enredo diferenciado, me conquistou completamente, por quatro aspectos:

 

1.    Referências da Mitologia Grega

Tanto na composição da cenografia quanto nas entrelinhas do enredo, podemos enxergar a presença de referências diretas ou indiretas à Mitologia Grega, sendo um diferencial capaz de dar um toque especial ao telespectador.

Em mais de um episódio, é mostrado o Templo de Poseidon e as cenas se passam em Atenas, referindo-se a aspectos do deus do mar.

Quanto às falas dos personagens, nos quais se percebe a sagacidade da roteirista ao elaborá-las, vocês, leitores, podem conferir uma postagem anterior a essa aqui no blog, intitulada: “My Poseidon” e as Referências da Mitologia Grega”

 

2.    Inserção de elementos da cultura popular

Durante os episódios, são mencionados alguns filmes antigos, que condizem com o enredo de forma geral. Achei incrível como a roteirista consegue juntar vários elementos no mesmo enredo. Desde a mitologia grega e a cultura clássica, até a inserção daquilo que está no imaginário popular, ao mencionar filmes e séries de ficção ou documentários, relacionando-os ao conteúdo do drama.

"A Enseada" (2007)

A protagonista vai ao cinema com o Prof. Kang, seu colega de trabalho, assistir o antigo documentário intitulado “A Enseada”, que retrata como os golfinhos são caçados e massacrados. Não por acaso, no começo da história, a protagonista teve que salvar os golfinhos de caçadores, e logo após alguns episódios, quando foi para a Grécia pela segunda vez, ela se dispôs a ajudar um golfinho ferido.

Em outro momento da trama, Ye Hai se depara com um outdoor que anuncia o filme de ficção científica “O Homem da Terra”. Não consegui encontrar uma conexão específica para este item, mas como o drama também aborda ficção científica, foi uma boa estratégia se recordar de um longa metragem nesse gênero.

Em uma de suas conversas com Mo Liang, An Fei menciona o filme “Naia contra o Rei dos Dragões”, uma animação chinesa que ganhou prêmio em 1980. Ela faz menção ao longa metragem possivelmente se referindo a um rival ou a um problema que eles precisam enfrentar no Laboratório para alcançar o sucesso do Experimento.

Ao chegar na Grécia (pela segunda vez), com Ye Hai na forma de “Poseidon”, em determinada conversa com o assistente de Ye Hai, a protagonista menciona a série de animação “Cavaleiros do Zodíaco”, famosa por ser inspirada na Mitologia Grega.

 

3.    Tecnologia avançada

Em um mundo de constantes mudanças e inovações com a tecnologia cada vez mais presente e se fazendo necessária na vida das pessoas e empresas, para o melhoramento de sistemas e processos, abordar essa temática em um drama é algo bastante interessante, inovador e ousado.

Significa trazer à tona as possibilidades de soluções de problemas a partir da utilização da tecnologia avançada, e de certa forma, faz com o que o espectador crie interesse por saber mais sobre o assunto e as novas tendências que nos cercarão nestes e nos próximos anos.

Muito apesar de algumas falas dos personagens serem ficção científica, não podemos negar que a Tecnologia 4.0 já é uma realidade e está batendo na nossa porta, tal como a energia a hidrogênio que vem sendo cada vez mais discutida.

Cabe a nós sabermos nos adaptar às novas tecnologias, nos atentando a tudo que nos cerca, tal como a necessidade do mercado de trabalho, para uma mão de obra especializada e qualificada.

Uma vez que um dorama nos dá a oportunidade de conhecer mais sobre esses assuntos, abrimos novos horizontes e nos atualizamos academicamente de maneira eficiente.

Como disse Lewis Carroll: “Tudo tem uma moral se você simplesmente notar”. Levando a mensagem dessa frase ao assunto, tudo tem um propósito e um significado, basta saber extrair o melhor da situação. E, se podemos reconhecer as vantagens de assistir uma ficção e ter vontade de aprender mais, por que não se arriscar? 😉

 

4.    Clichês na medida certa

Um elemento que me chamou muita atenção foi o fato de o enredo ser pautado por uma narrativa extremamente inovadora e ainda assim conseguir dosar, inserindo alguns clichês bem fofinhos (e que nós amamos), nas entrelinhas da mesma, como por exemplo: amigos de infância que se gostam e não se confessam, casal principal que se encontra do nada, sem nunca terem se visto na vida, mocinho que salva a protagonista, triângulo amoroso fofinho e o casal principal morando na mesma casa.

Por falar nisso, aposto que a convivência de ambos fará aumentar mais ainda a intimidade e o amor deles, já que agora moram sob o mesmo teto – e de quebra, tem a tia da protagonista, para deixar o clima ainda mais divertido! –

A trama também consegue misturar em sua composição, diferentes gêneros que se completam e promovem uma harmonia gostosa para a narrativa

 

1.    Romance

O Romance é percebido principalmente pelo triângulo amoroso da protagonista, que nos primeiros episódios é bem sutil, mas depois se intensifica.

Afinal, o Mo Liang é tão cavalheiro que não deixa a protagonista sozinha nem por um segundo, e a protege sempre que pode! Depois perguntam por que dorameira sofre! ‘hahah

 

2.    Comédia

A mocinha da trama é simplesmente hilária e o Ye Hai com esse jeito despreocupado e meio inconsequente dele, me arrancam muitas risadas! São nesses momentos que meu coração fica leve, tamanha diversão que me causa.

 

3.    Mistério

Desde o início da trama, é revelado que os pais do protagonista morreram num naufrágio por conta de uns piratas. Com o desenrolar da história, fatos sobre o falecimento de seus pais e sobre o passado da família de Ye Hai vão sendo revelados, me fazendo prender à história, e deixando com um gostinho de “quero mais”!

 

4.    Ficção Científica

O principal objetivo do “Experimento Poseidon”, é criar um sistema de abastecimento de energia de hidrogênio.  

Apesar de alguns elementos do drama terem um aspecto de ficção científica, percebe-se que no enredo houve uma pesquisa cuidadosa sobre as fontes de energia alternativas e renováveis de energia, sendo que o hidrogênio é uma alternativa em ascensão na atualidade

Um dos maiores desafios dos cientistas foi descobrir como armazená-lo, considerando-se que:

O hidrogênio tem a menor densidade no estado gasoso e o segundo ponto de ebulição de todas as substâncias conhecidas, fazendo com que se tenha dificuldades para armazená-lo no estado gasoso ou líquido.”

No entanto, hoje já existem métodos para tal finalidade.

Segundo estudos, há 5 formas principais de se armazenar hidrogênio, que são compreendidas por:

ü  Reservatórios de Gás Hidrogênio Comprimido;

ü  Reservatórios para Hidrogênio Líquido;

ü  Hidretos Metálicos;

ü  Adsorção de Carbono;

ü  Micro-esferas.

A forma mais utilizada e pesquisada é a armazenagem através de hidretos metálicos, sistema no qual o hidrogênio é absorvido por metais. A China lidera as a produção de materiais para armazenamento de hidrogênio e bateria NI-MH desde 2005, quando ultrapassou o Japão, sendo o maior produtor de armazenagem da substância no mundo, representando cerca de 60% da produção global.

 A partir de 2006, a produção de armazenagem de hidrogênio da China, cresceu em um ritmo mais lento, cuja capacidade produtiva em 2014 foi de “apenas” 38,000 toneladas, refletindo o fato de que as empresas responsáveis pela produção de materiais voltados ao armazenamento de hidrogênio não expandiram a sua capacidade produtiva.

De acordo com uma matéria recente publicada em setembro de 2019, a China produz 22 milhões de toneladas de hidrogênio anualmente, número que representa 1/3 da produção global.

No mês de agosto de 2019, o site “Renewable Energy World”, divulgou o prognóstico de produção chinesa dessa substância. Estima-se o setor de combustível de hidrogênio cresça em um ritmo acelerado, e que, até 2050, o hidrogênio represente 10% da rede de energia da China, com uma produção de aproximadamente 60 milhões de toneladas.

Nas próximas postagens, abordarei mais sobre a Tecnologia Avançada, as fontes alternativas de energia e Administração de Empresas


Fontes consultadas: 

AMBIENTE BRASIL. “Armazenamento de Hidrogênio”. Acesso em: 18/05/2020. Disponível em: https://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/celula_combustivel/armazenamento_de_hidrogenio.html

CLEAN TECH GROUP. “Hydrogen in China”. Publicado em: 24/09/2019. Acesso em 18/05/2020. Disponível em: https://www.cleantech.com/hydrogen-in-china/

RENEWABLE ENERGY WORLD. “Hydrogen is expected to account for 10% of China’s energy network by 2050” Publicado em: 26/08/2019. Acesso em: 18/05/2020. Disponível em: https://www.renewableenergyworld.com/2019/08/26/hydrogen-is-expected-to-account-for-10-of-chinas-energy-network-by-2050/#gref

SOLAR TERMAL MAGAZINE. “The Market for Hydrogen Storage in China”. Acesso em: 18/05/2020. Disponível em: https://solarthermalmagazine.com/the-market-for-hydrogen-storage-in-china/

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