Quando eu vi a sinopse, a
primeira coisa que me atraiu foi a Mitologia Grega, e o fato de ele ser a
reencarnação de Poseidon. Mas conforme fui assistindo, o enredo me cativou de
tal forma que me sinto cada vez mais imersa na história, por inúmeros motivos,
para além da temática principal.
Nessa resenha, apontarei as
minhas “Primeiras Impressões” com base nos 12 primeiros episódios da trama, a
respeito do enredo de um modo geral, os personagens e os sentimentos que me
causam, sem deixar de lado a minha caraterística analítica presente em muitos
de meus textos.
Ye Hai é
protagonista da história e o mocinho que se apaixona primeiro pela sua amada.
Herdeiro de uma grande empresa, a Han Hai, ele faz o tipo charmoso e
“tranquilão”, mas mostra um lado preocupado e humano.
É a reencarnação do deus do
mar, porém, ironicamente, não sabe nadar. Entra em conflito com seu irmão por
questões de família e profissionais, contudo, no fundo, ambos se amam e se
respeitam.
Esse é o tipo de homem que me
cativa por ser atencioso e compreensivo, por ser o gentleman que salva a
mocinha quando necessário, e me arranca risadas em determinados momentos, ao
ver os conflitos no estilo “gato e rato” com a mesma. Meu coração fica bem
alegre ao testemunhar a fofura deles juntos!
Como “Poseidon” ele é bem filosófico e poético, e me faz apaixonar mais ainda por ele.
Ye Tian: É o
irmão mais velho de Ye Hai, a quem se dirige carinhosamente como “Xiao Hai”
(Xiao é uma forma afetiva de se referia a alguém, semelhante a ~ chan em
japonês).
Tem uma ligação especial com o
mais novo, e o compreende na medida do possível, mas não tolera ou admite a
postura irresponsável de Ye Hai, deixando-o nervoso e estressado.
Possui uma personalidade
serena, porém estrondosa em determinadas ocasiões, quando demonstra maior
firmeza e convicção em sua fala. É sério, responsável e analítico, motivo pelo
qual dirige a empresa que herdou de seu falecido avô.
Como herdeiro e Gerente Geral da Han
Hai, é um líder bem enfático e convicto de seus planos e objetivos, seguindo
sempre o Plano Estratégico da empresa, e esclarecendo o que pretende fazer nas
reuniões com sua equipe de trabalho, para uma melhor tomada de decisão, de
forma inteligente e cautelosa.
Abordarei mais sobre
“Administração de Empresas” em outra postagem específica para este assunto.
Para mim, é um personagem
cativante e bem construído, e admito, o que eu mais gosto de ver em cena. Acho
o comportamento dele em todos os momentos bastante condizente com a situação, e
o ator consegue expressar bem cada um dos traços da personalidade dele.
É o tipo de irmão mais velho que eu gostaria de ter, se fosse possível.
An Fei: É a
mocinha da história, que não se lembra de ser Anfitrite no passado, e nem se
recorda de ter vivido algo relacionado à Mitologia Grega, por isso é relutante
à ideia de que ela e o protagonista estão destinados e/ou se conhecem na outra
vida.
Formada em Geologia Marinha,
entra para a equipe do “Experimento Poseidon”, liderada pelo seu amigo de
infância e pesquisador Mo Liang.
Sua personalidade é bastante
determinada e decidida e nunca foge do que acredita ser correto, mesmo correndo
riscos. Ao mesmo tempo em que é séria e contida, consegue me arrancar
gargalhadas ao assistir. As cenas do casal principal dão a leveza para o
enredo, e aliviam até mesmo meu estado de espírito.
A única coisa que não gosto na
personalidade dela é o fato de que ela permanece muito na defensiva em relação
ao Ye Hai, e não assume seus sentimentos como deve, porque já provou diversas
vezes no decorrer da trama que ela se importa e muito com ele! 😉 ♥ Às
vezes parece que ela aceita mais a aproximação do Mo Liang do que do Ye Hai,
mas também... Quem resiste a um amigo tão amorzinho assim?
Por falar nisso...
Mo Liang é o
amigo de infância de An Fei e o rapaz da friendzone, que já cativou
tanto meu coração quanto o protagonista, e às vezes eu o acho bem mais fofo e
encantador do que o Ye Hai. Sinceramente, o protagonista é TUDO DE BOM, mas o
Mo Liang faz o meu coração derreter de um jeito indescritível.
Além de tudo, ele é super
inteligente e analítico do jeito que eu gosto.
Estou vendo que nos próximos
capítulos, esse triângulo amoroso vai se intensificar ainda mais, ou seja, vou
ficar com o coração dividido daqui para frente, como eu sempre fico quando o
personagem secundário é cativante! 😉 ♥
Além dos personagens
cativantes, o enredo diferenciado, me conquistou completamente, por quatro aspectos:
1. Referências
da Mitologia Grega
Tanto na composição da
cenografia quanto nas entrelinhas do enredo, podemos enxergar a presença de
referências diretas ou indiretas à Mitologia Grega, sendo um diferencial capaz
de dar um toque especial ao telespectador.
Em mais de um episódio, é
mostrado o Templo de Poseidon e as cenas se passam em Atenas, referindo-se a
aspectos do deus do mar.
Quanto às falas dos
personagens, nos quais se percebe a sagacidade da roteirista ao elaborá-las,
vocês, leitores, podem conferir uma postagem anterior a essa aqui no blog,
intitulada: “My Poseidon” e as Referências da Mitologia Grega”
2. Inserção
de elementos da cultura popular
Durante os episódios, são
mencionados alguns filmes antigos, que condizem com o enredo de forma geral. Achei
incrível como a roteirista consegue juntar vários elementos no mesmo enredo.
Desde a mitologia grega e a cultura clássica, até a inserção daquilo que está
no imaginário popular, ao mencionar filmes e séries de ficção ou documentários,
relacionando-os ao conteúdo do drama.
A protagonista vai ao cinema
com o Prof. Kang, seu colega de trabalho, assistir o antigo documentário intitulado
“A Enseada”, que retrata como os golfinhos são caçados e massacrados. Não por
acaso, no começo da história, a protagonista teve que salvar os golfinhos de
caçadores, e logo após alguns episódios, quando foi para a Grécia pela segunda
vez, ela se dispôs a ajudar um golfinho ferido.
Em outro momento da trama, Ye
Hai se depara com um outdoor que anuncia o filme de ficção científica “O Homem
da Terra”. Não consegui encontrar uma conexão específica para este item, mas
como o drama também aborda ficção científica, foi uma boa estratégia se
recordar de um longa metragem nesse gênero.
Em uma de suas conversas com
Mo Liang, An Fei menciona o filme “Naia contra o Rei dos Dragões”, uma animação
chinesa que ganhou prêmio em 1980. Ela faz menção ao longa metragem
possivelmente se referindo a um rival ou a um problema que eles precisam
enfrentar no Laboratório para alcançar o sucesso do Experimento.
Ao chegar na Grécia (pela
segunda vez), com Ye Hai na forma de “Poseidon”, em determinada conversa com o assistente
de Ye Hai, a protagonista menciona a série de animação “Cavaleiros do Zodíaco”,
famosa por ser inspirada na Mitologia Grega.
3. Tecnologia
avançada
Em um mundo de constantes
mudanças e inovações com a tecnologia cada vez mais presente e se fazendo
necessária na vida das pessoas e empresas, para o melhoramento de sistemas e
processos, abordar essa temática em um drama é algo bastante interessante,
inovador e ousado.
Significa trazer à tona as
possibilidades de soluções de problemas a partir da utilização da tecnologia
avançada, e de certa forma, faz com o que o espectador crie interesse por saber
mais sobre o assunto e as novas tendências que nos cercarão nestes e nos
próximos anos.
Muito apesar de algumas falas
dos personagens serem ficção científica, não podemos negar que a Tecnologia 4.0
já é uma realidade e está batendo na nossa porta, tal como a energia a
hidrogênio que vem sendo cada vez mais discutida.
Cabe a nós sabermos nos
adaptar às novas tecnologias, nos atentando a tudo que nos cerca, tal como a
necessidade do mercado de trabalho, para uma mão de obra especializada e
qualificada.
Uma vez que um dorama nos dá a
oportunidade de conhecer mais sobre esses assuntos, abrimos novos horizontes e
nos atualizamos academicamente de maneira eficiente.
Como disse Lewis Carroll:
“Tudo tem uma moral se você simplesmente notar”. Levando a mensagem dessa frase
ao assunto, tudo tem um propósito e um significado, basta saber extrair o
melhor da situação. E, se podemos reconhecer as vantagens de assistir uma
ficção e ter vontade de aprender mais, por que não se arriscar? 😉
4. Clichês
na medida certa
Um elemento que me chamou
muita atenção foi o fato de o enredo ser pautado por uma narrativa extremamente
inovadora e ainda assim conseguir dosar, inserindo alguns clichês bem fofinhos
(e que nós amamos), nas entrelinhas da mesma, como por exemplo: amigos de
infância que se gostam e não se confessam, casal principal que se encontra do
nada, sem nunca terem se visto na vida, mocinho que salva a protagonista,
triângulo amoroso fofinho e o casal principal morando na mesma casa.
Por falar nisso, aposto que a convivência de ambos fará aumentar mais ainda a intimidade e o amor deles, já que agora moram sob o mesmo teto – e de quebra, tem a tia da protagonista, para deixar o clima ainda mais divertido! –
A trama também consegue
misturar em sua composição, diferentes gêneros que se completam e promovem uma
harmonia gostosa para a narrativa
1. Romance
O Romance é percebido
principalmente pelo triângulo amoroso da protagonista, que nos primeiros
episódios é bem sutil, mas depois se intensifica.
Afinal, o Mo Liang é tão
cavalheiro que não deixa a protagonista sozinha nem por um segundo, e a protege
sempre que pode! Depois perguntam por que dorameira sofre! ‘hahah
2. Comédia
A mocinha da trama é
simplesmente hilária e o Ye Hai com esse jeito despreocupado e meio
inconsequente dele, me arrancam muitas risadas! São nesses momentos que meu
coração fica leve, tamanha diversão que me causa.
3. Mistério
Desde o início da trama, é
revelado que os pais do protagonista morreram num naufrágio por conta de uns
piratas. Com o desenrolar da história, fatos sobre o falecimento de seus pais e
sobre o passado da família de Ye Hai vão sendo revelados, me fazendo prender à
história, e deixando com um gostinho de “quero mais”!
4. Ficção
Científica
O principal objetivo do “Experimento
Poseidon”, é criar um sistema de abastecimento de energia de hidrogênio.
Apesar de alguns elementos do drama terem um aspecto de
ficção científica, percebe-se que no enredo houve uma pesquisa cuidadosa sobre
as fontes de energia alternativas e renováveis de energia, sendo que o
hidrogênio é uma alternativa em ascensão na atualidade
Um dos maiores desafios dos
cientistas foi descobrir como armazená-lo, considerando-se que:
“O hidrogênio tem a menor densidade no estado
gasoso e o segundo ponto de ebulição de todas as substâncias conhecidas,
fazendo com que se tenha dificuldades para armazená-lo no estado gasoso ou
líquido.”
No entanto, hoje já existem
métodos para tal finalidade.
Segundo estudos, há 5 formas
principais de se armazenar hidrogênio, que são compreendidas por:
ü Reservatórios
de Gás Hidrogênio Comprimido;
ü Reservatórios
para Hidrogênio Líquido;
ü Hidretos
Metálicos;
ü Adsorção
de Carbono;
ü Micro-esferas.
A forma mais utilizada e
pesquisada é a armazenagem através de hidretos metálicos, sistema no qual o hidrogênio
é absorvido por metais. A China lidera as a produção de materiais para
armazenamento de hidrogênio e bateria NI-MH desde 2005, quando ultrapassou o
Japão, sendo o maior produtor de armazenagem da substância no mundo, representando
cerca de 60% da produção global.
A partir de 2006, a produção de armazenagem de
hidrogênio da China, cresceu em um ritmo mais lento, cuja capacidade produtiva
em 2014 foi de “apenas” 38,000 toneladas, refletindo o fato de que as empresas
responsáveis pela produção de materiais voltados ao armazenamento de hidrogênio
não expandiram a sua capacidade produtiva.
De acordo com uma matéria
recente publicada em setembro de 2019, a China produz 22 milhões de toneladas
de hidrogênio anualmente, número que representa 1/3 da produção global.
No mês de agosto de 2019, o site “Renewable Energy World”, divulgou o prognóstico de produção chinesa dessa substância. Estima-se o setor de combustível de hidrogênio cresça em um ritmo acelerado, e que, até 2050, o hidrogênio represente 10% da rede de energia da China, com uma produção de aproximadamente 60 milhões de toneladas.
Nas próximas postagens, abordarei mais sobre a Tecnologia Avançada, as fontes alternativas de energia e Administração de Empresas
Fontes consultadas:
AMBIENTE BRASIL. “Armazenamento
de Hidrogênio”. Acesso em: 18/05/2020. Disponível em: https://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/celula_combustivel/armazenamento_de_hidrogenio.html
CLEAN
TECH GROUP. “Hydrogen in China”. Publicado em: 24/09/2019.
Acesso em 18/05/2020. Disponível em: https://www.cleantech.com/hydrogen-in-china/
RENEWABLE
ENERGY WORLD. “Hydrogen is expected to account for 10% of China’s energy
network by 2050” Publicado em: 26/08/2019. Acesso em: 18/05/2020.
Disponível em: https://www.renewableenergyworld.com/2019/08/26/hydrogen-is-expected-to-account-for-10-of-chinas-energy-network-by-2050/#gref
SOLAR TERMAL MAGAZINE. “The Market for Hydrogen Storage in China”. Acesso em: 18/05/2020. Disponível em: https://solarthermalmagazine.com/the-market-for-hydrogen-storage-in-china/
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