Hoje venho trazer mais uma resenha de um drama da temporada.
Fofinho, leve, e com mensagens valiosas em suas entrelinhas, “Horimiya”
surpreende o telespectador aquecendo nossos corações através do dia-a-dia de
personagens cativantes que, assim como todo ser humano, esconde um segredo.
Acho que esse foi o ponto mais forte desta trama; trazer à
tona este realismo, até de forma bastante filosófica no início deste primeiro
episódio: o fato de que todos nós possuímos um lado que não desejamos ser
vistos pelos demais, e aquilo que a pessoa conhece a nosso respeito, se trata
apenas de uma parte de nossa personalidade e/ou cotidiano.
Para seus colegas de classe, Hori é a garota perfeita, calada
e controlada e que leva uma vida de uma adolescente normal. Mas ninguém sabe
que, na verdade, ela faz todos os afazeres domésticos, cuida de seu irmãozinho
Sota e dá bronca quando necessário.
Muitas vezes, as pessoas nos julgam ou tiram conclusões
precipitadas – ainda que sem maldade – pelo que elas enxergam de nós, sem saber
dos “bastidores”, de tudo que enfrentamos e dos motivos que levaram a isto. Se
a pessoa não se abre sobre determinado assunto, significa que ela não se sente
confortável em o fazer, e cabe a nós respeitarmos.
Quando realmente sentimos bem em compartilhar nossas
particularidades com alguém, confiando nela, nos sentimos com o coração mais
leve, e a mente mais tranquila. E, a partir de então, é natural desejarmos que,
os assuntos que contamos e os momentos que passamos sejam algo especial apenas
com esta pessoa (pode ser no sentido fraternal ou romântico). Quem nunca teve
um amigo para quem contou seus segredos ou seus sentimentos mais íntimos?
A interação entre o casal é algo bem gostoso de acompanhar e
nos leva a uma reflexão. Às vezes pensamos que ninguém nos entende nem sabem
quem somos de verdade, sem nos darmos conta de que nós também não conhecemos
nada a respeito do indivíduo em questão.
Os protagonistas estudam na mesma sala, mas não tinham
intimidade alguma. Essa é a maior prova de que, conviver ou “ver” todo dia a
mesma pessoa não significa ser capaz de conhecer ou estabelecer laços
profundos. As pessoas se aproximam por diferentes circunstâncias, até mesmo por
acaso, como no caso de Hori e Miyamura.
Esta história, tal como várias outras do mesmo estilo, aborda
a temática de que “os opostos se atraem”, uma vez que, aparentemente ambos não
tem nada a ver um com o outro, mas, na realidade, possuem mais em comum do que
se imagina: os dois possuem uma sensibilidade que não é vista por ninguém e têm
uma personalidade reservada.
Ao mesmo tempo em que Miyamura parece ser do tipo que não se
aproxima das pessoas, ele consegue demonstrar seu lado gentil com Sota, que lhe
chama carinhosamente de “Onii-chan”. Em contrapartida, Hori que é sempre
compreensiva com todos, é capaz de repreender seu irmãozinho, se a situação lhe
exigir.
Podemos dizer então que, de certa forma, Sota é alguém
imprescindível ao enredo, pois faz os mais velhos revelarem suas reais
personalidades e comportamentos, distantes dos olhos alheios, além de ser o
cupido desta relação acontecer.
A partir da aproximação dos protagonistas, podemos notar um
novo sentimento surgindo em seus corações e, no entanto, Miyamura pensa que
eles não formam um bom casal, depois de escutar de um amigo, que ele e Hori não
tinham nada a ver. O importante a se destacar nesta cena é não se deixar levar
apenas pelos comentários alheios, e confiar sempre em suas próprias emoções e
intuições. Estou ansiosa para os próximos capítulos!
Comparação com o mangá
Li o primeiro capítulo do mangá original a fim de compará-lo
com o drama, e posso dizer que está sendo uma adaptação realmente boa. O
roteiro do primeiro episódio, está bastante fiel à obra homônima, mantendo a
essência da história e ainda assim adicionando maior sensibilidade na
elaboração da trama.
A começar pelo fato de que o drama se iniciou com a
protagonista dizendo que todos temos algo que não desejamos mostrar, levando a
um ponto bastante reflexivo e dando um “toque especial” que não existe no mangá.
Algo que achei legal foi o fato de apresentarem fidelidade à
história sem estereotipar o personagem exatamente igual às cenas de quadrinhos
/ animes, como muitas produtoras costumam optar por fazer, deixando-os com uma
característica exagerada que não me agrada. No mangá por exemplo, a Hori bate
no Miyamura e se exalta demais, enquanto que no drama ela conseguiu ser firme e
demonstrar a braveza de uma maneira mais leve e delicada, sendo um ponto positivo
aos roteiristas da produção audiovisual.
Uma diferença de enredo entre o drama e o mangá é o fato de
que, neste último, é a própria Hori que pede a Miyamura para que compre os ovos
que estavam em promoção, ao passo que no drama, o garoto se oferece para buscar
o pequeno Sota na escolinha, e compra os ovos sem Hori saber, surpreendendo-a.
O motivo de o protagonista ter se oferecido é que o amigo Toru
queria se confessar para Hori, engatando já o indício de um triângulo amoroso
logo no primeiro episódio. Pelo visto, as coisas fluirão bem mais depressa do
que na obra original. Apesar disso, o enredo está tomando um rumo bastante
prazeroso de assistir, apresentando a fofura típica dos shoujos, promovendo
desta forma, o toque da pureza e da inocência do primeiro amor, que eu tanto gosto
de ver nas telinhas.
Espero que tenham gostado da indicação
Até a próxima,
Rebeca
Obrigada Rebeca, sua resenha muito me interessa. ❤
ResponderExcluirEu que agradeço pela visita, comentário, apreço e carinho!
ExcluirEspero te encontrar mais vezes por aqui