sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

[Primeiras Impressões] Horimiya

 

Hoje venho trazer mais uma resenha de um drama da temporada. Fofinho, leve, e com mensagens valiosas em suas entrelinhas, “Horimiya” surpreende o telespectador aquecendo nossos corações através do dia-a-dia de personagens cativantes que, assim como todo ser humano, esconde um segredo.

Acho que esse foi o ponto mais forte desta trama; trazer à tona este realismo, até de forma bastante filosófica no início deste primeiro episódio: o fato de que todos nós possuímos um lado que não desejamos ser vistos pelos demais, e aquilo que a pessoa conhece a nosso respeito, se trata apenas de uma parte de nossa personalidade e/ou cotidiano.

Para seus colegas de classe, Hori é a garota perfeita, calada e controlada e que leva uma vida de uma adolescente normal. Mas ninguém sabe que, na verdade, ela faz todos os afazeres domésticos, cuida de seu irmãozinho Sota e dá bronca quando necessário.

Muitas vezes, as pessoas nos julgam ou tiram conclusões precipitadas – ainda que sem maldade – pelo que elas enxergam de nós, sem saber dos “bastidores”, de tudo que enfrentamos e dos motivos que levaram a isto. Se a pessoa não se abre sobre determinado assunto, significa que ela não se sente confortável em o fazer, e cabe a nós respeitarmos.

Quando realmente sentimos bem em compartilhar nossas particularidades com alguém, confiando nela, nos sentimos com o coração mais leve, e a mente mais tranquila. E, a partir de então, é natural desejarmos que, os assuntos que contamos e os momentos que passamos sejam algo especial apenas com esta pessoa (pode ser no sentido fraternal ou romântico). Quem nunca teve um amigo para quem contou seus segredos ou seus sentimentos mais íntimos?

A interação entre o casal é algo bem gostoso de acompanhar e nos leva a uma reflexão. Às vezes pensamos que ninguém nos entende nem sabem quem somos de verdade, sem nos darmos conta de que nós também não conhecemos nada a respeito do indivíduo em questão.

Os protagonistas estudam na mesma sala, mas não tinham intimidade alguma. Essa é a maior prova de que, conviver ou “ver” todo dia a mesma pessoa não significa ser capaz de conhecer ou estabelecer laços profundos. As pessoas se aproximam por diferentes circunstâncias, até mesmo por acaso, como no caso de Hori e Miyamura.

Esta história, tal como várias outras do mesmo estilo, aborda a temática de que “os opostos se atraem”, uma vez que, aparentemente ambos não tem nada a ver um com o outro, mas, na realidade, possuem mais em comum do que se imagina: os dois possuem uma sensibilidade que não é vista por ninguém e têm uma personalidade reservada.

Ao mesmo tempo em que Miyamura parece ser do tipo que não se aproxima das pessoas, ele consegue demonstrar seu lado gentil com Sota, que lhe chama carinhosamente de “Onii-chan”. Em contrapartida, Hori que é sempre compreensiva com todos, é capaz de repreender seu irmãozinho, se a situação lhe exigir.

Podemos dizer então que, de certa forma, Sota é alguém imprescindível ao enredo, pois faz os mais velhos revelarem suas reais personalidades e comportamentos, distantes dos olhos alheios, além de ser o cupido desta relação acontecer.

A partir da aproximação dos protagonistas, podemos notar um novo sentimento surgindo em seus corações e, no entanto, Miyamura pensa que eles não formam um bom casal, depois de escutar de um amigo, que ele e Hori não tinham nada a ver. O importante a se destacar nesta cena é não se deixar levar apenas pelos comentários alheios, e confiar sempre em suas próprias emoções e intuições. Estou ansiosa para os próximos capítulos!

 

Comparação com o mangá

Li o primeiro capítulo do mangá original a fim de compará-lo com o drama, e posso dizer que está sendo uma adaptação realmente boa. O roteiro do primeiro episódio, está bastante fiel à obra homônima, mantendo a essência da história e ainda assim adicionando maior sensibilidade na elaboração da trama.

A começar pelo fato de que o drama se iniciou com a protagonista dizendo que todos temos algo que não desejamos mostrar, levando a um ponto bastante reflexivo e dando um “toque especial” que não existe no mangá.

Algo que achei legal foi o fato de apresentarem fidelidade à história sem estereotipar o personagem exatamente igual às cenas de quadrinhos / animes, como muitas produtoras costumam optar por fazer, deixando-os com uma característica exagerada que não me agrada. No mangá por exemplo, a Hori bate no Miyamura e se exalta demais, enquanto que no drama ela conseguiu ser firme e demonstrar a braveza de uma maneira mais leve e delicada, sendo um ponto positivo aos roteiristas da produção audiovisual.  

Uma diferença de enredo entre o drama e o mangá é o fato de que, neste último, é a própria Hori que pede a Miyamura para que compre os ovos que estavam em promoção, ao passo que no drama, o garoto se oferece para buscar o pequeno Sota na escolinha, e compra os ovos sem Hori saber, surpreendendo-a.

O motivo de o protagonista ter se oferecido é que o amigo Toru queria se confessar para Hori, engatando já o indício de um triângulo amoroso logo no primeiro episódio. Pelo visto, as coisas fluirão bem mais depressa do que na obra original. Apesar disso, o enredo está tomando um rumo bastante prazeroso de assistir, apresentando a fofura típica dos shoujos, promovendo desta forma, o toque da pureza e da inocência do primeiro amor, que eu tanto gosto de ver nas telinhas.

 

Espero que tenham gostado da indicação

Até a próxima,

Rebeca

 

2 comentários:

  1. Obrigada Rebeca, sua resenha muito me interessa. ❤

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    1. Eu que agradeço pela visita, comentário, apreço e carinho!
      Espero te encontrar mais vezes por aqui

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